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Previous issue date: 2011-09-30 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The present work defines and analyzes the spatial configuration of the Landless
Workers Movement (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST) in the
Northeast in the year of 2007. It seeks to understand the existing relation between the
MST and the development capitalist in Brazil and in the region. It maintains that the
distribution/spatial organization of the MST in the Northeast is a reflection of the
broader movement of social reproduction own way determined by taking the capitalist
accumulation in Brazil.. Following the method of political economy, the MST is
interpreted as a political representation of the conflict between social classes forged in
the midst of the development process of national capitalism. The movement of social
reproduction materialized spatial forms of social relations representative in each period
and place. The settlements are taken as spatial forms that represent a moment of the
process of social reproduction. But its configuration space, a concept that in this work
allows geographically captures the social reality, no more than the appearance of the
process of social reproduction. We must overcome such appearance falling within the
relationships and social conflict implied therein. The spatial configuration of the MST
in the Northeast has the main feature of the merger that is spots close to achieving
activity centers of agricultural capitalist in the Northeast. It is understood that the MST
is a political expression of the class of expropriated. This social group is analyzed in
political economy from the strength-of-class work. In a capitalist society is the capital
who commands the force-of-work. Brazilian social formation in the manner specified
taking the capitalist accumulation brought the formation of an army of marginal
strength-of-work that can not be absorbed by the capitalist circuit. The very process of
capitalist accumulation that leverage the existence of such an army. The import of
technology and capital goods needed for the acceleration of industrialization, provoked
a rising in the organic composition of capital and reduced the amount of labor
employed. This mechanism formatted a labor market that focuses on population centers
of capitalist accumulation. The strength-of-work not consumed in the production
process that occurs in such clusters is the social basis on which it raises the political
expression of the MST. The spatial configuration of the MST in Northeast follows,
therefore, the distribution of agricultural capitalist activity in the region. === O presente trabalho define e analisa a configuração espacial do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Nordeste no ano de 2007. Busca
compreender a relação existente entre o MST e o desenvolvimento capitalista no Brasil
e na região. Sustenta que a distribuição/organização espacial do MST no Nordeste é um
reflexo do movimento mais geral de reprodução social determinado pela maneira
própria que toma a acumulação capitalista no Brasil. Seguindo o método da economia
política, o MST é interpretado como uma representação política do conflito entre classes
sociais forjadas no bojo do processo de desenvolvimento do capitalismo nacional. O
movimento de reprodução social materializa formas espaciais representante das relações
sociais existentes em cada período e lugar. Os assentamentos são tomados como formas
espaciais que representam um momento do processo de reprodução social. Mas a sua
configuração espacial, conceito que no presente trabalho permite capturar
geograficamente a realidade social, não representa mais do que a aparência do processo
de reprodução social. É preciso superar tal aparência relevando as relações e o conflito
social nela implícito. A configuração espacial do MST no Nordeste tem como principal
característica as manchas de concentração que se aproximam dos pólos de realização da
atividade agrícola capitalista no Nordeste. Entende-se que o MST é uma expressão
política da classe dos expropriados. Esse grupo social é analisado na economia política a
partir da categoria força-de-trabalho. Em uma sociedade capitalista é o capital que
comanda a força-de-trabalho. Na formação social brasileira a maneira especifica que
toma a acumulação capitalista engendrou a formação de um exército marginal de forçade-
trabalho que não consegue ser absorvido pelo circuito capitalista. É o próprio
processo de acumulação capitalista que alavanca a existência desse exército. A
importação de tecnologia e bens de capital necessária à aceleração da industrialização,
provocou a elevação da composição orgânica do capital e reduziu a quantidade de mãode-
obra empregada. Esse mecanismo formatou um mercado de trabalho que concentra
população nos pólos de acumulação capitalista. A força-de-trabalho não consumida nos
processo de produção que ocorrem em tais pólos é a base social sobre a qual se levanta
a expressão política do MST. A configuração espacial do MST no Nordeste segue, por
isso, a distribuição da atividade agrícola capitalista na região.
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