O método de interpretação da escritura no Tratado Teológico Político de Spinoza

Made available in DSpace on 2015-05-14T12:11:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 832006 bytes, checksum: 760efc93758220732f08c94f1493639d (MD5) Previous issue date: 2013-06-27 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === The purpose of this dissertati...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Dantas, Ivonaldo Correia
Other Authors: Persch, Sérgio Luís
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal da Paraí­ba 2015
Subjects:
Online Access:http://tede.biblioteca.ufpb.br:8080/handle/tede/5640
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Método
Interpretação
Escritura
Natureza
Spinoza
Method
Interpretation
Scripture
Nature
CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
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Interpretação
Escritura
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Spinoza
Method
Interpretation
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Nature
CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Dantas, Ivonaldo Correia
O método de interpretação da escritura no Tratado Teológico Político de Spinoza
description Made available in DSpace on 2015-05-14T12:11:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 832006 bytes, checksum: 760efc93758220732f08c94f1493639d (MD5) Previous issue date: 2013-06-27 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === The purpose of this dissertation is to present the method of Scriptural interpretation described in the seventh chapter of the Theological-Political Treatise. According to its preface, Spinoza describes a new and free method of Scriptural interpretation, from which he investigates the issues relative to this interpretation, and that, throughout his argument, leading him to conclude in favor of the absolute freedom of reason and the separation between philosophy and theology. The method for the interpretation of Scripture allows to develop all the arguments necessary for the reader accept the conclusion of the Spinoza s Treatise, that freedom of thinking is beneficial to the state and the religion itself. For Spinoza, the method is an instrument that uses the mind to investigate the truth. The method for the interpretation of Scripture is the same for the interpretation of nature, as Spinoza says. The method requires certain requirements which the reader of the Treatise must be followed to properly interpret Scripture. The first requirement is the criterion of ex sola Scriptura, in others words, only accept information extracted from Scripture itself and its history. The object and the criteria of the method focus on Scripture, so over several chapters, the Treatise shows that many things that claim of Scripture are just prejudices. In the interpretation of Spinoza, the interpreter is revealed in another role, that of researcher. Before it was a usurper, when the performers took advantage of the prejudices of the vulgar to usurp the meaning of the biblical texts for their own benefit. The interpretive question of Spinoza focuses on the meaning and not the supposed truth of the texts. Then, the old pressuposition, that the Revelation contained in sacred texts guarantees the narrations truth, is entirely abandoned. Spinoza establishes a new presupposition: the appropriate knowledge for the language and the history of the text. Using the same method for the interpretation to the nature and to the Scripture, the philosopher demonstrates that they underlie distinct sciences, respectively, philosophy and theology, and that both are distinct from each other and that do not submit to one another. Therefore, since only the actions of men are the reason for his social judgment, free thinking is not only lawful but beneficial. === O objetivo desta dissertação é apresentar o método de interpretação da Escritura descrito no sétimo capítulo do Tratado Teológico Político. Segundo o seu prefácio, Spinoza descreve um método novo e livre de interpretação da Escritura, a partir do qual ele investiga as questões que se relacionam com essa interpretação e que, ao longo da sua argumentação, levam-no a concluir em favor da absoluta liberdade da razão e da separação entre a filosofia e a teologia. O método de interpretação da Escritura é aquilo que permite desenvolver toda a argumentação necessária para que o leitor do Tratado aceite a conclusão de Spinoza, que a liberdade de pensar é benéfica ao Estado e à própria religião. Para Spinoza, método é um instrumento que a mente usa para investigar a verdade. O método de interpretação da Escritura é o mesmo de interpretação da natureza, conforme diz Spinoza. O método requer certas exigências que o leitor-destinatário do Tratado deve observar para interpretar adequadamente a Escritura. O primeiro requisito é o critério de ex sola Scriptura, ou seja, não se admitem outros dados senão aqueles extraídos da própria Escritura e da sua história. O objeto e o critério do método se concentram na Escritura, por isso, ao longo de vários capítulos, o Tratado demonstra que muitas coisas que se afirmam da Escritura são apenas preconceitos. Na interpretação de Spinoza, o intérprete se revela num outro papel, o de investigador. Antes era de usurpador, quando os intérpretes se aproveitavam dos preconceitos do vulgo para usurpar o sentido dos textos da Bíblia em benefício próprio. A questão interpretativa de Spinoza se concentra no sentido e não na suposta verdade dos textos. É por isso que o antigo pressuposto de que a Revelação contida nos textos sacros garantia a verdade das coisas que narrava é totalmente abandonado. Spinoza estabelece como pressuposto o conhecimento adequado da língua e da história do texto. Usando o mesmo método de interpretação para a natureza e para a Escritura, o filósofo demonstra que elas fundamentam ciências distintas, respectivamente, a filosofia e a teologia, e que ambas são distintas entre si e que não se submetem uma à outra. Logo, desde que apenas as ações dos homens sejam o motivo do seu julgamento social, o livre pensar é não só lícito como benéfico.
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According to its preface, Spinoza describes a new and free method of Scriptural interpretation, from which he investigates the issues relative to this interpretation, and that, throughout his argument, leading him to conclude in favor of the absolute freedom of reason and the separation between philosophy and theology. The method for the interpretation of Scripture allows to develop all the arguments necessary for the reader accept the conclusion of the Spinoza s Treatise, that freedom of thinking is beneficial to the state and the religion itself. For Spinoza, the method is an instrument that uses the mind to investigate the truth. The method for the interpretation of Scripture is the same for the interpretation of nature, as Spinoza says. The method requires certain requirements which the reader of the Treatise must be followed to properly interpret Scripture. The first requirement is the criterion of ex sola Scriptura, in others words, only accept information extracted from Scripture itself and its history. The object and the criteria of the method focus on Scripture, so over several chapters, the Treatise shows that many things that claim of Scripture are just prejudices. In the interpretation of Spinoza, the interpreter is revealed in another role, that of researcher. Before it was a usurper, when the performers took advantage of the prejudices of the vulgar to usurp the meaning of the biblical texts for their own benefit. The interpretive question of Spinoza focuses on the meaning and not the supposed truth of the texts. Then, the old pressuposition, that the Revelation contained in sacred texts guarantees the narrations truth, is entirely abandoned. Spinoza establishes a new presupposition: the appropriate knowledge for the language and the history of the text. Using the same method for the interpretation to the nature and to the Scripture, the philosopher demonstrates that they underlie distinct sciences, respectively, philosophy and theology, and that both are distinct from each other and that do not submit to one another. Therefore, since only the actions of men are the reason for his social judgment, free thinking is not only lawful but beneficial. O objetivo desta dissertação é apresentar o método de interpretação da Escritura descrito no sétimo capítulo do Tratado Teológico Político. Segundo o seu prefácio, Spinoza descreve um método novo e livre de interpretação da Escritura, a partir do qual ele investiga as questões que se relacionam com essa interpretação e que, ao longo da sua argumentação, levam-no a concluir em favor da absoluta liberdade da razão e da separação entre a filosofia e a teologia. O método de interpretação da Escritura é aquilo que permite desenvolver toda a argumentação necessária para que o leitor do Tratado aceite a conclusão de Spinoza, que a liberdade de pensar é benéfica ao Estado e à própria religião. Para Spinoza, método é um instrumento que a mente usa para investigar a verdade. O método de interpretação da Escritura é o mesmo de interpretação da natureza, conforme diz Spinoza. O método requer certas exigências que o leitor-destinatário do Tratado deve observar para interpretar adequadamente a Escritura. O primeiro requisito é o critério de ex sola Scriptura, ou seja, não se admitem outros dados senão aqueles extraídos da própria Escritura e da sua história. O objeto e o critério do método se concentram na Escritura, por isso, ao longo de vários capítulos, o Tratado demonstra que muitas coisas que se afirmam da Escritura são apenas preconceitos. Na interpretação de Spinoza, o intérprete se revela num outro papel, o de investigador. Antes era de usurpador, quando os intérpretes se aproveitavam dos preconceitos do vulgo para usurpar o sentido dos textos da Bíblia em benefício próprio. A questão interpretativa de Spinoza se concentra no sentido e não na suposta verdade dos textos. É por isso que o antigo pressuposto de que a Revelação contida nos textos sacros garantia a verdade das coisas que narrava é totalmente abandonado. Spinoza estabelece como pressuposto o conhecimento adequado da língua e da história do texto. Usando o mesmo método de interpretação para a natureza e para a Escritura, o filósofo demonstra que elas fundamentam ciências distintas, respectivamente, a filosofia e a teologia, e que ambas são distintas entre si e que não se submetem uma à outra. Logo, desde que apenas as ações dos homens sejam o motivo do seu julgamento social, o livre pensar é não só lícito como benéfico. 2015-05-14T12:11:52Z 2014-08-13 2013-06-27 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis DANTAS, Ivonaldo Correia. O método de interpretação da escritura no Tratado Teológico Político de Spinoza. 2013. 148 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal da Paraí­ba, João Pessoa, 2013. http://tede.biblioteca.ufpb.br:8080/handle/tede/5640 por -8305327606432166393 600 600 600 600 -539602068144939234 -672352020940167053 2075167498588264571 info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal da Paraí­ba Programa de Pós-Graduação em Filosofia UFPB BR Filosofia reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB instname:Universidade Federal da Paraíba instacron:UFPB