Verdade em obra: arte e poesia na filosofia de Martin Heidegger

Made available in DSpace on 2015-05-14T12:11:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1047503 bytes, checksum: 230ab0e07e1af73b32377f25c5f1c2eb (MD5) Previous issue date: 2011-10-24 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === This essay aims to understand...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Fernandes, Larissa Sousa
Other Authors: Cordeiro, Robson Costa
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal da Paraí­ba 2015
Subjects:
Art
Online Access:http://tede.biblioteca.ufpb.br:8080/handle/tede/5600
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Arte
Poesia
Verdade
Obra de arte
Heidegger
Art
Poetry
Truth
Work of art
CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
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Fernandes, Larissa Sousa
Verdade em obra: arte e poesia na filosofia de Martin Heidegger
description Made available in DSpace on 2015-05-14T12:11:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1047503 bytes, checksum: 230ab0e07e1af73b32377f25c5f1c2eb (MD5) Previous issue date: 2011-10-24 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === This essay aims to understand how the thoughts about art and poetry are articulated in Martin Heidegger's (1889 1976) philosophy, by reading the lectures The origin of the work of art and Hölderlin and the essence of poetry. In Heidegger s work, art and poetry are analized totally separated from aesthetics appreciation and the literary critics, because the philosopher takes distance of dealing with art as a human Being's object of subjective appreciation. In Heidegger's fundamental ontology the work of art is seen in its own being. Allowing the work of art s Being a work of art, that it'll appear in its essence. The work of art, more than a subject of consideration, is seen here as a favored place where truth happens. The work of art is the place where truth happens, characterizing itself by not being covered. That happens because in the work of art a conflict between World and Earth. presents itself The world appears as an historical world, and the earth as the inhuman. in essence These are two opposing forces facing each other in a essential conflict in the work of art where one rises and shows up itself in the presence of the other. The truth appears in the strife of this conflict, essentially in the work of art. The truth as the uncovered being allows the being to show itself as it is. This way of unveiling the being is what the greeks called Téchne, an authentic production where the Being presents itself. Art is also found in the Téchne sphere, and the poetry, as the being s unveiled composition by the word, is, to Heidegger, a higher way of Téchne because it projects the human Being to the opening where is inlightment and concealment. By the poetic saying the being is named for the first time. Such naming is an unveiled say, which is only possible to be said by that ones hearing the Being, which are, according to Heidegger, the poets. They mediate an original relationship that long ago was lost, because they put themselves between the ones who waves the being's truth, the gods, and the ones to whom, for having a constituted language, these waves are accessible, the men. The poets are the guardians of these waves and have the mission of announcing them to an historical people, founding the poetic dwelling between men. === A presente dissertação busca compreender de que modo se articula o pensamento acerca da arte e da poesia na filosofia de Martin Heidegger (1889-1976), mediante a leitura das conferências A origem da obra de arte e Hölderlin e a essência da poesia. A analítica acerca da arte e da poesia em Heidegger se dá de maneira totalmente desvinculada da apreciação estética e da crítica literária, pois o filósofo se distancia de qualquer maneira de lidar com a arte enquanto objeto de apreciação subjetiva do ser humano. Na ontologia fundamental de Heidegger, a obra de arte é vislumbrada em seu puro deixar-ser. É deixando que a obra seja obra, que esta poderá mostrar-se em sua essência. A obra, mais que uma coisa no sentido de um mero objeto para apreciação, é tratada aqui como lugar privilegiado do acontecimento da verdade. A obra de arte se configura como lugar do acontecimento da verdade, se caracterizando como o não-estar-encoberto do ente. Isto ocorre por que pela obra se apresenta um mundo em conflito com a terra. O mundo aparece como mundo histórico e a terra como o inumano em sua essência. Estas são duas forças opostas que se confrontam num combate essencial na obra de arte no qual um eleva-se e mostra-se tal qual é perante o outro. É na contenda deste combate que a verdade aparece essencializando-se na obra de arte. A verdade como não-encobrimento do ente proporciona a este último apresentar-se tal qual é. Este modo de apresentar o ente é o que os gregos chamavam Téchne, isto é, uma pro-dução autêntica onde o ser do ente se presenta. A arte também encontra-se no âmbito da Téchne, e a poesia, enquanto composição desveladora do ente pela palavra é, para Heidegger, o modo mais elevado da Téchne na medida em que projeta o ser-humano para o aberto no qual se encontra clareira e encobrimento. Pelo dito poético o ente é nomeado pela primeira vez. Tal nomear é um dizer desvelador, que só é possível de ser dito por aqueles que estão na ausculta ao ser, que, segundo Heidegger, são os poetas. Estes intermedeiam uma relação originária que há muito se perdeu, pois se colocam entre os que acenam para a verdade do ente, os deuses, e aos que, por serem constituídos de linguagem, tais acenos podem ser acessíveis, os homens. Os poetas são os guardiões destes acenos e possuem por missão anunciá-los a um povo histórico, fundando o habitar poético entre os homens.
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In Heidegger s work, art and poetry are analized totally separated from aesthetics appreciation and the literary critics, because the philosopher takes distance of dealing with art as a human Being's object of subjective appreciation. In Heidegger's fundamental ontology the work of art is seen in its own being. Allowing the work of art s Being a work of art, that it'll appear in its essence. The work of art, more than a subject of consideration, is seen here as a favored place where truth happens. The work of art is the place where truth happens, characterizing itself by not being covered. That happens because in the work of art a conflict between World and Earth. presents itself The world appears as an historical world, and the earth as the inhuman. in essence These are two opposing forces facing each other in a essential conflict in the work of art where one rises and shows up itself in the presence of the other. The truth appears in the strife of this conflict, essentially in the work of art. The truth as the uncovered being allows the being to show itself as it is. This way of unveiling the being is what the greeks called Téchne, an authentic production where the Being presents itself. Art is also found in the Téchne sphere, and the poetry, as the being s unveiled composition by the word, is, to Heidegger, a higher way of Téchne because it projects the human Being to the opening where is inlightment and concealment. By the poetic saying the being is named for the first time. Such naming is an unveiled say, which is only possible to be said by that ones hearing the Being, which are, according to Heidegger, the poets. They mediate an original relationship that long ago was lost, because they put themselves between the ones who waves the being's truth, the gods, and the ones to whom, for having a constituted language, these waves are accessible, the men. The poets are the guardians of these waves and have the mission of announcing them to an historical people, founding the poetic dwelling between men. A presente dissertação busca compreender de que modo se articula o pensamento acerca da arte e da poesia na filosofia de Martin Heidegger (1889-1976), mediante a leitura das conferências A origem da obra de arte e Hölderlin e a essência da poesia. A analítica acerca da arte e da poesia em Heidegger se dá de maneira totalmente desvinculada da apreciação estética e da crítica literária, pois o filósofo se distancia de qualquer maneira de lidar com a arte enquanto objeto de apreciação subjetiva do ser humano. Na ontologia fundamental de Heidegger, a obra de arte é vislumbrada em seu puro deixar-ser. É deixando que a obra seja obra, que esta poderá mostrar-se em sua essência. A obra, mais que uma coisa no sentido de um mero objeto para apreciação, é tratada aqui como lugar privilegiado do acontecimento da verdade. A obra de arte se configura como lugar do acontecimento da verdade, se caracterizando como o não-estar-encoberto do ente. Isto ocorre por que pela obra se apresenta um mundo em conflito com a terra. O mundo aparece como mundo histórico e a terra como o inumano em sua essência. Estas são duas forças opostas que se confrontam num combate essencial na obra de arte no qual um eleva-se e mostra-se tal qual é perante o outro. É na contenda deste combate que a verdade aparece essencializando-se na obra de arte. A verdade como não-encobrimento do ente proporciona a este último apresentar-se tal qual é. Este modo de apresentar o ente é o que os gregos chamavam Téchne, isto é, uma pro-dução autêntica onde o ser do ente se presenta. A arte também encontra-se no âmbito da Téchne, e a poesia, enquanto composição desveladora do ente pela palavra é, para Heidegger, o modo mais elevado da Téchne na medida em que projeta o ser-humano para o aberto no qual se encontra clareira e encobrimento. Pelo dito poético o ente é nomeado pela primeira vez. Tal nomear é um dizer desvelador, que só é possível de ser dito por aqueles que estão na ausculta ao ser, que, segundo Heidegger, são os poetas. Estes intermedeiam uma relação originária que há muito se perdeu, pois se colocam entre os que acenam para a verdade do ente, os deuses, e aos que, por serem constituídos de linguagem, tais acenos podem ser acessíveis, os homens. Os poetas são os guardiões destes acenos e possuem por missão anunciá-los a um povo histórico, fundando o habitar poético entre os homens. 2015-05-14T12:11:44Z 2012-11-05 2011-10-24 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis FERNANDES, Larissa Sousa. Verdade em obra: arte e poesia na filosofia de Martin Heidegger. 2011. 94 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal da Paraí­ba, João Pessoa, 2011. http://tede.biblioteca.ufpb.br:8080/handle/tede/5600 por -8305327606432166393 600 600 600 600 -539602068144939234 -672352020940167053 2075167498588264571 info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal da Paraí­ba Programa de Pós-Graduação em Filosofia UFPB BR Filosofia reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB instname:Universidade Federal da Paraíba instacron:UFPB