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Previous issue date: 2011-07-27 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === The metabolic syndrome (MS) consists of a set of metabolic abnormalities, initially described
in adults, but also found in the pediatric population. Its features includes: obesity, systemic
arterial hypertension, dyslipidemia, glucose intolerance and insulin resistance. All these
factors are related to the genetic issues, to the feeding behavior and habits of life. The Creactive
protein (CRP), a marker of inflammatory activity, has been relating as a predictor of
cardiovascular disease, and presents interrelations with some of the metabolic syndrome
criteria. Even though this syndrome does not have consensus on its diagnosis in children and
adolescents, it adapts on those criteria used for adults. This study aimed to analyze the
frequency and its characteristics of the metabolic syndrome in obese and non-obese children
and adolescents, correlating them with the CRP, food intake and insulin resistance. Two
groups were selected, matched by age and sex: one of 65 children and adolescents between
eight and fifteen years old, obese; and the other with 30 non-obese. They excluded from the
sample of patients with endocrine disorders and the use of drugs that interfere in the
intermediary metabolism. Anthropometrics measurements were also realized: weight, height,
corporal mass index (BMI) and waist circumference, in addition to the measuring blood
fissure. Biochemical measurements were also realized, the ultra-sensitive test to analyze the
CRP and the determination of the insulin resistance, calculated by Homeostasis Model
Assessment (HOMA-IR). Among the various proposals to the definition of the metabolic
syndrome, was selected the one adapted by Cook et al. A questionnaire of frequency of food
consumption was applied and processed the data by the Dietsys Program. The average value
of the obese group was the age of 10,61 (#1,8) years and BMI of 28,18 (#4,13) kg/m2; already
the average value of the non-obese group was the age of 10,8 (#2,1) years and BMI of 17,79
(#2,2) kg/m2. The frequency of the metabolic syndrome was 49% in obese and 6% in nonobese,
no significant difference between sex, age or pubertal staging and the SM. In the obese
group, the CRP, abdominal circumference, systemic blood pressure, BMI and the stacks of
triglycerides, were significantly higher. Yet there were differences between LDL, fasting
glucose, HOMA-IR and low levels of HDL. Comparing the mean food consumption among
these groups, there was significant difference among the variables: calories, potassium,
sodium, protein, fiber, zinc, magnesium. When applying the linear regression model was
found a linear relationship between CRP (independent variable) and BMI (dependent
variable) with p-value = 0, 0000. The same was not verified by HOMA-IR index, or with
other components of MS. The metabolic syndrome seems to have obesity as epiphenomena,
from which its other components are associated. CRP levels correlate directly with obesity,
using BMI, which may be cast on criteria in the diagnosis of MS in this population. The
insulin resistance index measured by HOMA-IR is not the parameter of metabolic syndrome
in children and adolescents. === A Síndrome Metabólica (SM) consiste em um conjunto de anormalidades metabólicas,
descritas inicialmente em adultos, mas encontrada também na população pediátrica. As suas
características englobam: obesidade, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, intolerância
à glicose e resistência insulínica. Todos esses fatores estão relacionados a questões genéticas,
de comportamento alimentar e de hábitos de vida. A Proteína C Reativa (PCR), um marcador
de atividade inflamatória, vem sendo relacionada como preditor de doenças cardiovasculares,
e apresentam interrelações com alguns dos critérios da síndrome metabólica. Apesar desta
síndrome não ter consenso em seu diagnóstico em crianças e adolescentes, faz-se a sua
adaptação daqueles critérios utilizados para os adultos. Este estudo teve o objetivo de analisar
a frequência e as características da síndrome metabólica em crianças e adolescentes obesos e
não obesos, correlacionando-as com níveis de PCR, consumo alimentar e resistência
insulínica. Selecionaram-se dois grupos, pareados por sexo e idade: um de 65 crianças e
adolescentes entre oito e quinze anos, obesos, e o outro com 30 não obesos. Foram excluídos
da amostra portadores de endocrinopatias e uso de fármacos que interferissem no
metabolismo intermediário. Realizaram-se as medidas antropométricas de peso, altura, índice
de massa corporal (IMC) e circunferência de cintura, além da verificação da pressão arterial.
Também se realizaram as dosagens bioquímicas, o ensaio ultra-sensível para análise do PCR e
a determinação da resistência insulínica, calculada pelo Homeostasis Model Assessment
(HOMA-IR). Dentre as diversas propostas para definição da síndrome metabólica,
selecionou-se aquela adaptada por Cook et al. Aplicou-se um questionário de frequência de
consumo alimentar e processaram-se os dados pelo programa Dietsys. O valor médio do
grupo de obesos foi: idade de 10,61(±1,8) anos e IMC de 28,18(±4,13) kg/m², já no grupo dos
não obesos, idade média de 10,8 (±2,1) anos e IMC de 17,79 (±2,2) kg/m². A frequência de
síndrome metabólica foi de 49% nos obesos e de 6% nos não obesos, não havendo diferença
significativa entre sexo, idade ou estadiamento puberal e a SM. No grupo de obesos, os
valores de PCR, circunferência abdominal, pressão arterial sistêmica, IMC e as médias de
triglicerídeos, foram significativamente maiores. Ainda houve significância estatística entre
LDL, glicemia de jejum, HOMA-IR e baixos níveis de HDL. Comparando as médias de
consumo alimentar entre esses grupos, houve diferença significativa entre as variáveis:
calorias ingeridas, potássio, sódio, proteínas, fibras, zinco e magnésio, apresentando-se
maiores no grupo obeso. Ao se aplicar o modelo de regressão linear múltiplo foi encontrada
uma relação linear entre PCR (variável independente) e IMC (dependente) com p-valor =
0,0000. O mesmo não foi verificado com índice HOMA-IR, ou com os outros componentes
da SM. A Síndrome Metabólica parece ter a obesidade como epifenômeno, a partir da qual os
seus outros componentes se associam. Os níveis de PCR se correlacionam diretamente com a
obesidade, por meio do IMC, podendo integrar o elenco de critérios no diagnóstico da SM
nessa população. A resistência insulínica medida pelo índice HOMA-IR não se constitui
parâmetro de síndrome metabólica na criança e no adolescente.
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