O imaginário cristõa seiscentista: uma análise histórico-simbólica da obra O Peregrino de John Bunyan

Made available in DSpace on 2015-04-17T15:01:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1210293 bytes, checksum: 130b9c7cbdca13b9398ef10a92dc2a15 (MD5) Previous issue date: 2011-07-08 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === The purpose of this research is...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Oliveira Neto, Estevão Domingos de
Other Authors: Gomes, Eunice Simões Lins
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal da Paraí­ba 2015
Subjects:
Online Access:http://tede.biblioteca.ufpb.br:8080/handle/tede/4168
Description
Summary:Made available in DSpace on 2015-04-17T15:01:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1210293 bytes, checksum: 130b9c7cbdca13b9398ef10a92dc2a15 (MD5) Previous issue date: 2011-07-08 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === The purpose of this research is to investigate the symbolic-mythological imaginary of seventeenth century Puritan Protestantism, based on the work of John Bunyan, The Pilgrim. The study was developed within the Graduate Program in Sciences of Religions at the Federal University of Paraíba (UFPB), in the research line Religion, Culture and Symbolic Production, by Research and Study Group in Anthropology and the Imaginary (GEPAI). The objective is to identify the mythical and imaginary roots of the Christian imaginary which are present in such work. The historical context in which such work was produced with all religious, philosophical and political conflicts are described. The approach offers elements to realize the mythic-ideological dimension present in John Bunyan s speech. He was a preacher of the Gospel (pastor), forged in an atmosphere of great tension, representative of Protestantism dissent known as Puritan . He used the resource of allegory as a support for the metaphors. The work narrates the trajectory of a Christian towards the Heavenly City. The symbolic-mythological element is present in all the work. This paper aims to bring near the allegory present in the work to the Christian Protestant imaginary. The work was originally published in 1678. The author was in prison for twelve years, and it was during this time that he wrote this, which is his masterpiece. The plot of this novel mingles to the symbolic interpretation. The theoretical analysis adopted is the Theory of the Imaginary by Gilbert Durand. The cultural imaginary consists of a dynamic system, organizer of images, mixture of mythical fragments generated by the human imagination and does not constitute of a secondary element of man s thinking, but in the very matrix of this thought. As a second Theoretical reference is Joseph Campbell, with his work about The Hero Adventure. The proposal is to identify the pilgrim journey in the work of Bunyan with the thesis of the conception of the mythological hero in Campbell. The myths are manifested in the symbolic acts, whose function is to put the man in a relationship of meaning with the world, with the other self and with his own self. There is a logic in all the imaginary mythological building process, in such a way that its phenomenology can be investigated and explained. Methodologically, the research consists in a descriptive and bibliographical study, associated with the studies of the imaginary according to Durand, and the hero adventure according to Campbell. The experience described by Bunyan illustrates our own experience. To tell the truth, all of us are pilgrims in this world, all of us walk in the direction of what is there and beyond, in one way or another, may it be in the plurality of how we feel, perceive and believe, may it be in the singularity of our inner beliefs. === A proposta desta pesquisa consiste em investigar o imaginário simbólico-mitológico do protestantismo puritano do século XVII, tomando como base a obra O peregrino de John Bunyan. O estudo foi desenvolvido dentro do Programa de Pós-Graduação em Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), na linha de pesquisa Religião, Cultura e Produção Simbólica, do Grupo de Estudo e Pesquisa em Antropologia do Imaginário (GEPAI). O objetivo é identificar as raízes míticas e imaginárias do imaginário cristão que estão presentes na referida obra. O contexto histórico da produção da referida obra com todos os seus conflitos religiosos, filosóficos e políticos são descritos. A abordagem oferece elementos para se perceber a dimensão mítico-ideológica do discurso de John Bunyan. Era um ministro do evangelho (pastor), forjado num ambiente de grande tensão, representante da dissidência protestante conhecida por puritana . Usa o recurso da alegoria como suporte para as metáforas. A obra narra a trajetória de Cristão rumo à Cidade Celestial. O elemento simbólico-mitológico está presente em toda a obra. Este trabalho procura aproximar a alegoria da obra e o imaginário cristão protestante. A obra foi publicada originalmente em 1678. O autor esteve na prisão por doze anos, tendo nesta época escrito esta sua obra prima. O enredo da obra mescla-se à interpretação simbólica. A fundamentação teórica adotada para a análise é a Teoria do Imaginário de Gilbert Durand. O imaginário cultural consiste de um sistema dinâmico, organizador de imagens, formado pelo amálgama de fragmentos míticos gerados pela imaginação humana e não se constitui num elemento secundário do pensamento do homem, mas na própria matriz deste pensamento. Como segunda referência teórica está Joseph Campbell, com o seu trabalho sobre A aventura do herói. A proposta é identificar a jornada do peregrino da obra de Bunyan com a tese da concepção do herói mitológico de Campbell. Os mitos são manifestos nos atos simbólicos, cuja função é colocar o homem em relação de significado com o mundo, com o outro e consigo mesmo. Há uma lógica em todo o processo de construção do imaginário mitológico, tanto que a sua fenomenologia pode ser pesquisada e explicada. Metodologicamente, a pesquisa consiste de um estudo descritivo e bibliográfico, associado aos estudos do imaginário segundo Durand, e da aventura do herói segundo Campbell. A experiência descrita por Bunyan ilustra a nossa própria. Na verdade, todos somos peregrinos neste mundo, todos caminhamos na direção do que está ali e além, de um modo ou de outro, seja na pluralidade dos modos de sentir, perceber e crer, seja na singularidade das convicções internalizadas.