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Previous issue date: 2014-11-03 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Would be possible to understand capitalism as religion? In categorical landmarks of modernity, based on rationalization and secularization, relate economics and religion is a nonsense. The capitalism is a secular system economic, so unrelated with religion. However, if critique of capitalism as religion not reduced to a simple metaphor, is necessary to find alternative concepts that capture the theoretical strength of this articulation. What kind of analytical framework reveals the limits of instrumental reason in make explicit the religious functioning of capitalism? The critical depth of capitalism as religion comes precisely from the intriguing junction between rational analyses of the structural functioning of capitalism (fetish) with the subjective dimension that drives as motivation (spirit). Even being a rational and non-religious system, which submits the human life to domestic laws destitute of any human sense, the capitalism develops not intentionally in the human interaction an operating structure based on sacrificial mythical-religious. The Human relationships are mediated by merchandise where the consumption takes on a central aspect in the meaning of the life and the symbolic reproduction of society. In the production and distribution of goods, the violence process, which explores, excludes and kills, is the same that generates fascination and adhesion. The visible expression of this spirit is no longer in traditional religious institutions, but in capitalism itself. Benjamin asserts that capitalism replaces the religion. Is a critique of a system of blaming the victims and the capitalists themselves, in that it never accumulate infinite and fully. Is a complaint of mythical elements that generate religious legitimacy to the fascination that hidden the barbarism. The theologians of DEI School also articulate his theory with critical purpose, in a theological approach that search to discern and criticize the idolatry in the world today. Looking for to understand the producing mechanisms of death placing the blame the victims as necessary sacrifice in the name of the hope of redemption. The theological discernment of capital idolatry supposes a kind of theological reason of non-confessional character, which surpassing the limits of modern epistemology, explains the contradiction of the presuppositions of modern western civilization. Reveals the role of the mythical-theological thinking in the hiding of the sacrificial character and seductive of the capitalism spirit. At the same time, emphasizes the necessary overcoming of positivistic interpretation of religion by criticizing reductionism of modern epistemology in the identification of instrumental reason with the human rationality. Renews the analytical tools from the spiritual setting of Capitalism and sees the loopholes of its overcoming. === Seria possível compreender o capitalismo como religião? Nos marcos categoriais da Modernidade, baseada na racionalização e na secularização, relacionar economia e religião é um contrassenso. O capitalismo é sistema econômico secular, portanto sem relação com religião. Entretanto, se a crítica do capitalismo como religião não se reduz a uma simples metáfora, é necessário encontrar conceitos alternativos que captem a força teórica desta articulação. Que tipo de quadro analítico desvela os limites da razão instrumental em explicitar o funcionamento religioso do capitalismo? A profundidade crítica de capitalismo como religião advém justamente da junção intrigante entre a análise racional do funcionamento estrutural do capitalismo (fetiche) com a dimensão subjetiva que o impulsiona como motivação (espírito). Mesmo sendo um sistema racional e não-religioso, que submete a vida humana a suas leis internas desprovidas de qualquer sentido humano, o capitalismo desenvolve não-intencionalmente na interação humana uma estrutura de funcionamento com fundamento mítico-religioso sacrificial. As relações humanas são mediadas pelas mercadorias, em que o consumo adquire um aspecto central na significação da vida e na reprodução simbólica da sociedade. Na produção e distribuição de mercadorias, o processo de violência que explora, exclui e mata é o mesmo que gera fascínio e adesão. A expressão visível deste espírito não está mais nas tradicionais instituições religiosas, mas no próprio capitalismo. Benjamin afirma que o capitalismo substitui a religião. É uma crítica de um sistema de culpabilização das vítimas e dos próprios capitalistas, na medida em que estes nunca acumulam de modo infinito e pleno. É uma denúncia dos elementos míticos que geram legitimação religiosa para o fascínio que oculta a barbárie. Os teólogos da Escola do DEI também articulam sua teoria com finalidade crítica, numa abordagem teológica que procura discernir e criticar a idolatria no mundo de hoje. Buscam entender os mecanismos de produção de morte com a culpabilização das vítimas como sacrifício necessário em nome da esperança de redenção. O discernimento teológico de idolatria do capital supõe um tipo de razão teológica de caráter não-confessional que, superando os limites da epistemologia moderna, explicite a contradição dos pressupostos da civilização moderna ocidental. Revela o papel do pensamento mítico-teológico na ocultação do caráter sacrificial e sedutor do espírito do capitalismo. Ao mesmo tempo, enfatiza a necessária superação da interpretação positivista da religião ao criticar o reducionismo da epistemologia moderna na identificação da razão instrumental com a racionalidade humana. Renova o instrumental analítico da configuração espiritual do Capitalismo e vislumbra as brechas de sua superação.
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