Summary: | Introduction: Among the main causes of disability associated with stroke, are: impairment of voluntary movements, spasticity, pain and loss of selective activity of muscles responsible for trunk control. The use of interferential current (IFC) in stroke patients has been recently reported in the literature for managing pain and spasticity. Aims: 1. to identify the evidence from studies evaluating the effects of IFC in patients with central neurological diseases (a systematic review); 2. To determine the short-term effect of IF associated with kinesiotherapy on pain of stroke patients; 3. To investigate the short term effects of IFC associated with kinesiotherapy on motor performance and functional gains of the trunk of patients with stroke. Methods: 1) A systematic review of clinical trials on 8 databases (Medline, Scopus, Science Direct, Web of Science, CINAHL, Scielo, Cochrane Central Register and PEDro) was conducted by two investigators by using the following key-words: interferential current OR interferential current therapy OR interferential electrical stimulation OR interferential electrical stimulation therapy OR interferential therapy OR interferential stimulation. The Cochrane collaboration tool was used for methodological quality analysis. 2 and 3) A randomized, double-blinded, placebo-controlled, crossover-type clinical trial was performed. 36 stroke patients were recruited and randomly included in one of two groups: active IFC group (IFC application + kinesiotherapy of trunk) and placebo IFC group (30 minutes of placebo IFC + kinesiotherapy of trunk). Both groups received 10 session of treatment, twice a week, for 60 minutes, with 05 sessions at each treatment group and a washout period of one week between treatments. Results: 1) 2004 studies were found, but only two were included based on the proposed inclusion criteria. After one single session, IFC was effective in reducing pain and spasticity and at improving balance, gait and range of motion of stroke patients. 2 and 3) there was improvement in pain during movement, pain catastrophizing and reaching of the affected member, when comparing pre and post treatment averages. There was no change in fatigue, self-esteem, motivation, trunk control, posture, flexibility and muscle tone in both groups. Conclusion: IFC might have influenced the improvements in trunk control and motor performance of stroke patients when associated with kinesiotherapy. It is recommended that new studies with a higher number of sessions be conducted to better clarify the effects of IFC associated with kinesiotherapy. === Introdução: Entre as principais causas de incapacidades do AVE podemos citar: o comprometimento dos movimentos voluntários, a espasticidade, a dor e a perda da atividade seletiva dos músculos responsáveis pelo controle do tronco. O uso da corrente interferencial (CI) em pacientes com AVE tem sido reportado recentemente na literatura científica, na prática isolada, no tratamento da dor e na espasticidade. Objetivos: 1. Identificar a evidência dos estudos que avaliaram os efeitos da CI em pacientes com doenças neurológicas centrais (revisão sistemática); 2. Determinar o efeito da CI associado a cinesioterapia na dor dos pacientes com AVE; 3. Investigar a performance motora e ganhos funcionais do tronco dos pacientes com AVE após aplicação de CI associado a cinesioterapia. Método: 1) busca sistemática de estudos em 8 bases de dados (Medline, Scopus, Science Direct, Web of Science, CINAHL, Scielo, Cochrane Central Register e PEDro) realizada por dois investigadores, através dos descritores interferential current OR interferential current therapy OR interferential electrical stimulation OR interferential electrical stimulation therapy OR interferential therapy OR interferential stimulation. Para avaliação metodológica desses estudos, foi utilizada a ferramenta da Colaboração Cochrane. 2 e 3) Ensaio clínico randomizado, controlado por placebo e duplamente encoberto, do tipo crossover. Foram recrutados 36 pacientes com AVE, que foram aleatoriamente incluídos em um dos dois grupos de estudo: grupo CI Ativa (aplicação de CI por 30 minutos + cinesioterapia de tronco) e grupo CI Placebo (placebo da CI + cinesioterapia de tronco). Ambos os grupos receberam intervenção por 10 sessões, duas vezes por semana, 60 minutos, sendo 05 sessões para cada forma de tratamento e um período de washout de uma semana. Resultados: 1) Foram encontrados 2004 estudos, porém apenas dois artigos foram incluídos por seguirem os critérios de inclusão propostos. Após administração única, a CI mostrou-se eficaz na redução da dor, da espasticidade e na melhora do equilíbrio, da marcha e da amplitude de movimento de ombro de pacientes pós AVE. 2 e 3). Houve melhora na dor em movimento, catastrofização da dor e no alcance para o lado acometido quando comparadas as médias pré e pós-tratamento. Não houve alteração da fadiga, da autoestima, da motivação, do controle de tronco, da postura, da flexibilidade e do tônus em ambos os grupos. Conclusão: A CI pode ter influenciado a melhora do tronco e performance motora de pacientes pós AVE associado a cinesioterapia. Recomenda-se, assim, a realização de novos estudos com um maior número de sessões para melhor esclarecer os efeitos da CI associada a cinesioterapia. === São Cristóvão, SE
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