Summary: | The area of this study is located in the Northern sector of the Sergipana Belt. The Serra do Brejo batholith (BSB) is associated to the Serra Catu magmatism, which is assigned by the regional literature as a post-tectonic plutonism, aged ~ 617 Ma. The BSB is an E-W elongated body, ~ 111 km2, that truncates the NW-SE regional structures. The aim of this work is to provide geological, petrographic and geochemical data for the BSB in order to identify its features and better understand the significance of this magmatism in the context of the Sergipana Belt. Field work, sample collection, petrographic description of the main rock types, and geochemical studies were performed. Three lithologic facies have been identified: (i) Granitic, (ii) Syenitic/mafic Syenitic and (iii) Enclaves. At the microscope the most prominent feature is the significant phaneritic texture, sometimes exhibiting magmatic foliation, and subhedral crystals of alkali feldspar (orthoclase and microcline) albite or oligoclase. Mafic mineralogy includes diopside, hornblende and biotite, besides the presence of titanite, apatite and, in some samples, zircon. The Enclave Facies was interpreted as an autholit phase, by presenting the same mineralogy as the host rocks. The geochemical data shows that these rocks compositions are comprised between 60-70% SiO2, except for the Enclave Facies that ranges hom 43-45% SiO2 (corresponding to gabbro peridotite) to 52-55% of SiO2 (corresponding to gabbro and diorite). In classification diagrams, these samples show alkaline and sub-alkaline signatures, typical of shoshonitic associations. They have
metaluminous and peraluminous character and, in Pearce diagrams (Rb vs. Nb +Y), the samples are positioned predominantly in the field of granites that originate in volcanic arc environments, been concentrated in the field of post tectonic granites. It is concluded that the magmas forming the rocks studied (trachytic and basaltic) has signed orogenic, and yet puts up after the peak of the orogeny that affected the Sergipana Belt. === A região alvo deste estudo localiza-se na parte norte da Faixa Sergipana. O Batólito Serra do Brejo (BSB) está associado ao magmatismo tipo Serra do Catu, que é atribuído pela literatura regional ao plutonismo pós-tectônico, com idade em torno de 617 Ma. O BSB constitui-se um corpo alongado E-W, com ~111 km2, e que trunca as estruturas regionais dominantemente NW-SE. O principal objetivo do trabalho foi gerar dados geológicos, petrográficos e geoquímicos do BSB para identificar as suas feições e com essas informações melhor compreender o significado deste magmatismo na parte norte da Faixa Sergipana. Para que os objetivos fossem atingidos foram realizados trabalhos de campo, com coleta de amostras, descrição petrográfica dos principais tipos de rochas identificadas e, em amostras
representativas, estudos geoquímicos. Três fácies de rochas foram identificadas: Fácies Granítica, Fácies Sienítica/Sienítica Máfica e Fácies Enclave. Ao microscópio a feição mais expressiva é a granulação fanerítica média, algumas vezes exibindo foliação magmática, tendo cristais subeuédricos de microclínio pertítico, de albita ou oligoclásio, e como máficos diopsídio, hornblenda e biotita, além da presença de titanita, apatita e, em algumas amostras zircão. A Fácies Enclave foi interpretada como autólito por apresentar a mesma mineralogia que as rochas hospedeiras. Os dados geoquímicos obtidos em amostras de tipos petrográficos representativas revelam que as suas composições estão compreendidas entre 60-70% SiO2, e que existem duas populações da Fácies Enclaves: uma com 43-45% de SiO2 (correspondendo a gabros peridotíticos) e outra com 52-55% de SiO2 (correspondendo a gabro e diorito). Em diagramas de classificação geoquímica as amostras exibem ao mesmo tempo afinidade alcalina e sub-alcalina, características essas usualmente atribuídas a rochas da associação
shoshonítica. Elas são metaluminosas existindo termos peraluminosos e, em diagrama de Pearce (Rb vs. Y+Nb), as amostras posicionam-se dominantemente no campo dos granitos originados em ambientes de arco vulcânico, mas concentrados no campo dos granitos póscolisionais. Conclui-se que os magmas formadores das rochas estudadas (traquíticos e basálticos) tem assinatura orogênica, e, entretanto, coloca-se posteriormente ao pico da orogenia que afetou a Faixa Sergipana.
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