Summary: | This research deals with the teaching work in the context of the Federal University of Sergipe and the University of Porto, most elite stratum that embodies advances recently made in the more egalitarian gender relations, but also expresses conflicts and contradictions inherent in any process of social change in a federal institution of higher education. Gender studies prioritize qualitative methodologies from research purposes. The methodological approach adopted does not discard to its operationalization of context analysis. We opted for a range of specific tools integrating aspects macro/micro, subjective and objective, intra-and inter-individual, intra and inter-group, intra and inter -cultural, intended to restore the identity of company, university and teaching work, to interpret mechanisms of discrimination, stereotypes made in the education/socialization processes that interact enhancing the gender. Have consulted several sources of information: literature, statistics of higher education obtained in INEP, CAPES, CNPq, CPD / UFS Profile of teachers. There were thirty-eight interviews in UFS and five in UP to analyze the construction of gender differences through the oral history of life as an important process in structuring identities of teachers. Data analysis followed an inductive method for reconstitution of subjective experiences of teachers, collectively designed the social interactions in everyday public institution of higher education. The gender problem emerges this the division of labor in the construction of projects/careers, contradictions, barriers and present achievements in this historic route. The high workload impacts on family life, the productive and reproductive work with disadvantages for women. Note the sexual division by organizing the family budget, household management and parenting. For men, the family never hurt, while the teacher / mother/wife sometimes sacrifices himself for the sake of the family and her husband´s career . The differences, distinctions and inequalities are social constructs present not only among niche professional practice, but also within the daily lives of reproductive and productive work. === Esta pesquisa versa sobre o trabalho docente no contexto da Universidade Federal de Sergipe e na Universidade do Porto, estrato mais elitizado, que personifica avanços recentemente alcançados nas relações de gênero mais igualitárias, mas também expressa conflitos e contradições intrínsecas a qualquer processo de mudança social em uma Instituição Federal de Educação Superior. Os estudos de gênero priorizam metodologias qualitativas a partir dos propósitos da pesquisa. A opção metodológica adotada não prescinde para sua operacionalização da análise conjuntural. Optou-se por uma gama de ferramentas específicas integrando-se os aspectos macro/micro, subjetivos e objetivos, intra e inter-individual, o intra e o inter-grupal, o intra e o inter-cultural, visando restabelecer a identidade entre sociedade, universidade e o trabalho docente, para interpretar mecanismos de discriminação, estereótipos construídos nos processos de educação/socialização que interatuam potenciando os de gênero. Consultaram-se várias fontes de informação: revisão da literatura, estatísticas da educação superior obtidos no INEP, CAPES, CNPQ, CPD/UFS sobre o perfil de docentes. Realizaram-se trinta e oito entrevistas na UFS e cinco na UP para analisar a construção das diferenças de gênero por meio da história de vida oral, enquanto processo importante na estruturação das identidades das docentes. A análise de dados seguiu um curso indutivo, para a reconstituição das experiências subjetivas das docentes, concebidas coletivamente nas interações sociais no cotidiano da instituição de ensino superior pública. A problemática de gênero emerge presente, seja na divisão do trabalho, na construção de projetos/carreiras, nas contradições, barreiras e conquistas presentes neste percurso histórico. A elevada carga de trabalho impacta na vida familiar, no trabalho produtivo e reprodutivo com desvantagens para as mulheres. Observa-se a divisão sexual por meio da organização do orçamento familiar, da administração doméstica e da educação dos filhos. Para os homens, a família nunca atrapalhou, enquanto a docente/mãe/esposa, por vezes, sacrifica-se em prol da família e da carreira do marido. As diferenças, distinções e desigualdades são construções sociais presentes não somente entre os nichos de exercício profissional, mas também dentro deles no cotidiano de trabalho reprodutivo e produtivo.
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