Escores clínicos e biomarcadores da resposta inflamatória aguda em pacientes com sepse

Sepsis is the expression of a complex network of mediators of inflammation. To define which of these biological indicators discriminate the diagnosis and prognosis is the focus of current researches. To evaluate the role and the diagnostic and prognostic value of lactate, ultrasensitive C-reactive p...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Araújo, José Fernandes de
Other Authors: Silva, Angela Maria da
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Sergipe 2017
Subjects:
p
UTI
ICU
Online Access:https://ri.ufs.br/handle/riufs/3714
id ndltd-IBICT-oai-ri.ufs.br-riufs-3714
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
format Others
sources NDLTD
topic Biomarcadores
p
sepse
UTI
Biomarkers
ICU
Prognosis
Sepsis
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
spellingShingle Biomarcadores
p
sepse
UTI
Biomarkers
ICU
Prognosis
Sepsis
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Araújo, José Fernandes de
Escores clínicos e biomarcadores da resposta inflamatória aguda em pacientes com sepse
description Sepsis is the expression of a complex network of mediators of inflammation. To define which of these biological indicators discriminate the diagnosis and prognosis is the focus of current researches. To evaluate the role and the diagnostic and prognostic value of lactate, ultrasensitive C-reactive protein (CRP-US), procalcitonin (PCT) and interleukin-6 (IL-6) in adult patients at the ICU with sepsis. Observational, cohort study was conducted between October 2009 and April 2010, enrolling adult patients admitted to two general ICUs of Aracaju, Sergipe, Brazil, diagnosed with severe sepsis (S) or septic shock (SS). There was no interference of researchers in therapeutic regimens and the patients were followed until discharge, death or the 28th day of ICU stay. APACHE II score was calculated at admission (D1) and SOFA score, at D1 and D3. Lactate was measured at D1 and D2 and CRP-US, PCT and IL-6 at D1. The scores and biomarkers were compared between S and SS subgroups and among non-survivors (NS) and survivors (SU). Were evaluated 30 patients, of which S was diagnosed in 23.3% and SS in 76.7% . The mean age was 67.8 ± 18.9 years and it was a single factor predictive of death. Death was the outcome in 53.3% of patients (S = 14.3% and SS = 65.2%). The mean APACHE II was 22.1 ± 8.2 and had good accuracy to predict both the diagnosis and mortality; the mean SOFA at D1 was 9.2 ± 3.5; at D3 was 7.7 ± 3.5, with good accuracy to predict both the diagnosis and mortality; and the Δ SOFA was 1.5 ± 1.5, with no statistical significance. The average of lactate at D1 was 3.7 ± 1.6 mmol/l; at D2 was 2.7 ± 0.7 mmol/l (S = 2.2 ± 0.5; SS = 2.8 ± 0.7); and the lactate clearance was 19.0 ± 39.5. The average of CRP-US was 7.8 ± 14.4 mg / dl (S = 8.9 ± 4.9; SS = 16.0 ± 7.8). The average of PCT was 4.2 ± 8.5 ng / ml and the mean IL-6 was 2.9 ± 0.4 pg / ml. This study showed that the APACHE II and SOFA scores have good accuracy to predict both the diagnosis and mortality among patients with sepsis and that agewas the single factor predictive of death but did not discriminate the diagnosis; the lactate of the second day, and the US-CRP at the admission discriminated the diagnosis, but were unable to predict the outcome; and that the Δ SOFA, lactate clearance, PCT and IL-6 had no discriminatory power in predicting, separately, both the diagnosis and prognosis. Thus, no single biomarker to provide an absolute ability to distinguish sepsis from other inflammatory conditions, nor to monitor and predict its progression or response to treatment; all of them can be used in its proper clinical context, as adjuncts to decision making regarding diagnosis and treatment. === Sepse é a expressão de uma complexa rede de mediadores da inflamação. Definir quais desses indicadores biológicos discriminam o diagnóstico e o prognóstico é o foco das pesquisas atuais. Avaliar o valor diagnóstico e prognóstico do APACHE II, do SOFA, do lactato, da proteína C reativa ultrassensível (PCR-US), da procalcitonina (PCT) e da interleucina-6 (IL-6) em pacientes adultos internados em UTI com sepse. Estudo observacional, de coorte, desenvolvido entre outubro de 2009 e abril de 2010, com adultos admitidos em duas UTIs gerais de Aracaju, Sergipe, Brasil, com sepse grave (SG) ou choque séptico (CS). Não houve intervenção dos pesquisadores na terapêutica instituída e os pacientes foram seguidos até a alta, o óbito ou o 28° dia de permanência na UTI. O APACHE II foi calculado na admissão (D1) e o SOFA no D1 e D3. O lactato foi dosado no D1 e D2 e a PCR-US, a PCT e a IL-6 no D1. Estas variáveis foram comparados entre os subgrupos SG e CS e sobreviventes (S) e os não-sobreviventes (NS). Foram avaliados 30 pacientes, dos quais 23,3% com SG e 76,7% com CS. A média de idade foi de 67,8 ± 18,9 anos e foi significativo preditor da mortalidade. O óbito foi o desfecho em 53,3% dos pacientes (CS = 65,2%). A média do APACHE II foi de 22,1 ± 8,2 e apresentou significância para o diagnóstico e o desfecho. O SOFA do D1 foi de 9,2 ± 3,5 e o do D3 de 7,7 ± 3,5, com significância para o diagnóstico e o desfecho; o Δ SOFA de 1,5 ± 1,5, sem significância estatística. A média do lactato do D1 foi de 3,7 ± 1,6 mmol/l, do D2 de 2,7 ± 0,7 mmol/l (SG = 2,2 ± 0,5; CS = 2,8 ± 0,7) e o clearance do lactato foi de 19,0 ± 39,5%. A média da PCR-US foi de 14,4 ± 7,8 mg/dl (SG = 8,9 ± 4,9; CS = 16,0 ± 7,8). A PCT foi de 4,2 ± 8,5 ng/ml e a média de IL-6 foi de 2,9 ± 0,4 pg/ml. O estudo evidenciou que os escores APACHE II e SOFA têm boa acurácia para predizer o diagnóstico e a mortalidade entre pacientes com sepse e que a idade foi o fator isolado preditivo de morte, mas não discriminou o diagnóstico; que o lactato do segundo dia e a PCR-US da admissão discriminaram o diagnóstico, mas foram incapazes de predizer o desfecho; e que o Δ SOFA, o clearance do lactato, a PCT e a IL-6 não tiveram poder discriminatório em predizer, isoladamente, nem o diagnóstico nem o prognóstico. Assim, não há um único biomarcador que apresente habilidade absoluta para distinguir sepse de outras condições inflamatórias, nem para monitorizar e predizer sua progressão ou resposta ao tratamento; todos eles podem ser usados, em seu apropriado contexto clínico, como coadjuvantes para a tomada de decisão quanto ao diagnóstico e ao tratamento.
author2 Silva, Angela Maria da
author_facet Silva, Angela Maria da
Araújo, José Fernandes de
author Araújo, José Fernandes de
author_sort Araújo, José Fernandes de
title Escores clínicos e biomarcadores da resposta inflamatória aguda em pacientes com sepse
title_short Escores clínicos e biomarcadores da resposta inflamatória aguda em pacientes com sepse
title_full Escores clínicos e biomarcadores da resposta inflamatória aguda em pacientes com sepse
title_fullStr Escores clínicos e biomarcadores da resposta inflamatória aguda em pacientes com sepse
title_full_unstemmed Escores clínicos e biomarcadores da resposta inflamatória aguda em pacientes com sepse
title_sort escores clínicos e biomarcadores da resposta inflamatória aguda em pacientes com sepse
publisher Universidade Federal de Sergipe
publishDate 2017
url https://ri.ufs.br/handle/riufs/3714
work_keys_str_mv AT araujojosefernandesde escoresclinicosebiomarcadoresdarespostainflamatoriaagudaempacientescomsepse
AT araujojosefernandesde clinicalscoresandbiomarkersofacuteinflammatoryresponseinpatientswithsepsis
_version_ 1718865935212740608
spelling ndltd-IBICT-oai-ri.ufs.br-riufs-37142019-01-21T19:31:59Z Escores clínicos e biomarcadores da resposta inflamatória aguda em pacientes com sepse CLINICAL SCORES AND BIOMARKERS OF ACUTE INFLAMMATORY RESPONSE IN PATIENTS WITH SEPSIS. Araújo, José Fernandes de Silva, Angela Maria da Biomarcadores p sepse UTI Biomarkers ICU Prognosis Sepsis CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE Sepsis is the expression of a complex network of mediators of inflammation. To define which of these biological indicators discriminate the diagnosis and prognosis is the focus of current researches. To evaluate the role and the diagnostic and prognostic value of lactate, ultrasensitive C-reactive protein (CRP-US), procalcitonin (PCT) and interleukin-6 (IL-6) in adult patients at the ICU with sepsis. Observational, cohort study was conducted between October 2009 and April 2010, enrolling adult patients admitted to two general ICUs of Aracaju, Sergipe, Brazil, diagnosed with severe sepsis (S) or septic shock (SS). There was no interference of researchers in therapeutic regimens and the patients were followed until discharge, death or the 28th day of ICU stay. APACHE II score was calculated at admission (D1) and SOFA score, at D1 and D3. Lactate was measured at D1 and D2 and CRP-US, PCT and IL-6 at D1. The scores and biomarkers were compared between S and SS subgroups and among non-survivors (NS) and survivors (SU). Were evaluated 30 patients, of which S was diagnosed in 23.3% and SS in 76.7% . The mean age was 67.8 ± 18.9 years and it was a single factor predictive of death. Death was the outcome in 53.3% of patients (S = 14.3% and SS = 65.2%). The mean APACHE II was 22.1 ± 8.2 and had good accuracy to predict both the diagnosis and mortality; the mean SOFA at D1 was 9.2 ± 3.5; at D3 was 7.7 ± 3.5, with good accuracy to predict both the diagnosis and mortality; and the Δ SOFA was 1.5 ± 1.5, with no statistical significance. The average of lactate at D1 was 3.7 ± 1.6 mmol/l; at D2 was 2.7 ± 0.7 mmol/l (S = 2.2 ± 0.5; SS = 2.8 ± 0.7); and the lactate clearance was 19.0 ± 39.5. The average of CRP-US was 7.8 ± 14.4 mg / dl (S = 8.9 ± 4.9; SS = 16.0 ± 7.8). The average of PCT was 4.2 ± 8.5 ng / ml and the mean IL-6 was 2.9 ± 0.4 pg / ml. This study showed that the APACHE II and SOFA scores have good accuracy to predict both the diagnosis and mortality among patients with sepsis and that agewas the single factor predictive of death but did not discriminate the diagnosis; the lactate of the second day, and the US-CRP at the admission discriminated the diagnosis, but were unable to predict the outcome; and that the Δ SOFA, lactate clearance, PCT and IL-6 had no discriminatory power in predicting, separately, both the diagnosis and prognosis. Thus, no single biomarker to provide an absolute ability to distinguish sepsis from other inflammatory conditions, nor to monitor and predict its progression or response to treatment; all of them can be used in its proper clinical context, as adjuncts to decision making regarding diagnosis and treatment. Sepse é a expressão de uma complexa rede de mediadores da inflamação. Definir quais desses indicadores biológicos discriminam o diagnóstico e o prognóstico é o foco das pesquisas atuais. Avaliar o valor diagnóstico e prognóstico do APACHE II, do SOFA, do lactato, da proteína C reativa ultrassensível (PCR-US), da procalcitonina (PCT) e da interleucina-6 (IL-6) em pacientes adultos internados em UTI com sepse. Estudo observacional, de coorte, desenvolvido entre outubro de 2009 e abril de 2010, com adultos admitidos em duas UTIs gerais de Aracaju, Sergipe, Brasil, com sepse grave (SG) ou choque séptico (CS). Não houve intervenção dos pesquisadores na terapêutica instituída e os pacientes foram seguidos até a alta, o óbito ou o 28° dia de permanência na UTI. O APACHE II foi calculado na admissão (D1) e o SOFA no D1 e D3. O lactato foi dosado no D1 e D2 e a PCR-US, a PCT e a IL-6 no D1. Estas variáveis foram comparados entre os subgrupos SG e CS e sobreviventes (S) e os não-sobreviventes (NS). Foram avaliados 30 pacientes, dos quais 23,3% com SG e 76,7% com CS. A média de idade foi de 67,8 ± 18,9 anos e foi significativo preditor da mortalidade. O óbito foi o desfecho em 53,3% dos pacientes (CS = 65,2%). A média do APACHE II foi de 22,1 ± 8,2 e apresentou significância para o diagnóstico e o desfecho. O SOFA do D1 foi de 9,2 ± 3,5 e o do D3 de 7,7 ± 3,5, com significância para o diagnóstico e o desfecho; o Δ SOFA de 1,5 ± 1,5, sem significância estatística. A média do lactato do D1 foi de 3,7 ± 1,6 mmol/l, do D2 de 2,7 ± 0,7 mmol/l (SG = 2,2 ± 0,5; CS = 2,8 ± 0,7) e o clearance do lactato foi de 19,0 ± 39,5%. A média da PCR-US foi de 14,4 ± 7,8 mg/dl (SG = 8,9 ± 4,9; CS = 16,0 ± 7,8). A PCT foi de 4,2 ± 8,5 ng/ml e a média de IL-6 foi de 2,9 ± 0,4 pg/ml. O estudo evidenciou que os escores APACHE II e SOFA têm boa acurácia para predizer o diagnóstico e a mortalidade entre pacientes com sepse e que a idade foi o fator isolado preditivo de morte, mas não discriminou o diagnóstico; que o lactato do segundo dia e a PCR-US da admissão discriminaram o diagnóstico, mas foram incapazes de predizer o desfecho; e que o Δ SOFA, o clearance do lactato, a PCT e a IL-6 não tiveram poder discriminatório em predizer, isoladamente, nem o diagnóstico nem o prognóstico. Assim, não há um único biomarcador que apresente habilidade absoluta para distinguir sepse de outras condições inflamatórias, nem para monitorizar e predizer sua progressão ou resposta ao tratamento; todos eles podem ser usados, em seu apropriado contexto clínico, como coadjuvantes para a tomada de decisão quanto ao diagnóstico e ao tratamento. 2017-09-26T12:16:50Z 2017-09-26T12:16:50Z 2011-06-21 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis https://ri.ufs.br/handle/riufs/3714 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade Federal de Sergipe Pós-Graduação em Ciências da Saúde UFS BR reponame:Repositório Institucional da UFS instname:Universidade Federal de Sergipe instacron:UFS