Parafuso de interferência metálico versus bioabsorvível para fixação do enxerto na reconstrução do ligamento cruzado anterior: Revisão sistemática

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: Debieux, Pedro [UNIFESP]
Other Authors: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) 2016
Subjects:
Online Access:http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39312
Description
Summary:Submitted by Diogo Misoguti (diogo.misoguti@gmail.com) on 2016-06-24T19:52:09Z No. of bitstreams: 1 2015-12-doutorado-pedro-debieux-vargas-silva.pdf: 2344545 bytes, checksum: 1ecd3c6040fb5757f7f2df3ba6314152 (MD5) === Approved for entry into archive by Diogo Misoguti (diogo.misoguti@gmail.com) on 2016-06-24T19:52:38Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015-12-doutorado-pedro-debieux-vargas-silva.pdf: 2344545 bytes, checksum: 1ecd3c6040fb5757f7f2df3ba6314152 (MD5) === Made available in DSpace on 2016-06-24T19:52:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015-12-doutorado-pedro-debieux-vargas-silva.pdf: 2344545 bytes, checksum: 1ecd3c6040fb5757f7f2df3ba6314152 (MD5) Previous issue date: 2015 === Introdução: Esta revisão avalia se os parafusos de interferência bioabsorvíveis podem apresentar melhores resultados do que os parafusos de interferência metálicos quando utilizados para a fixação do enxerto na reconstrução do LCA. Objetivo: Comparar a efetividade dos parafusos de interferência bioabsorvíveis e metálicos para a fixação do enxerto na reconstrução do ligamento cruzado anterior, através de meta-análise. Métodos: Foram pesquisadas as bases de dados: Cochrane Bone, Joint and Muscle Trauma Group Specialised Register, The Cochrane Library, MEDLINE, EMBASE, LILACS, Current Controlled Trials e the World Health Organization Clinical Trials Registry Platform. Ensaios clínicos randomizados e quasi-randomizado comparando parafusos de interferência bioabsorvíveis com metálicos foram incluídos na pesquisa. Os desfechos primários foram função, qualidade de vida, falhas de tratamento e nível de atividade. Ao menos dois autores selecionaram estudos elegíveis e avaliaram de forma independente o risco de viés. Os dados relevantes foram agrupados. Resultados: Onze ensaios envolvendo 981 participantes foram incluídos na revisão. Em relação à função (avaliada pelo Lysholm), quatro ensaios clínicos (220 participantes) não mostraram diferenças entre os dois métodos de fixação com 12 ou 24 meses de seguimento: MD -026, IC 95%, -1,63 a 1,11 e MD 1,10, IC 95% -1,44 a 1,64, respectivamente. Quando realizada a análise de subgrupos do Lysholm, entretanto, foi observada diferença estatística favorável ao parafuso metálico, quando o parafuso bioabsorvível era constituído por Ácido-L-Polilático (PLLA): RR -4,00, 95% CI -7,59 a -0,41. Três estudos com 24 meses (RR 1,00, 95% CI 0,81-1,24) e dois estudos com 12 meses de seguimento (RR 1,01, 95% CI 0,94-1,08) não mostraram diferenças no IKDC. Em relação ao nível de atividade (analisado pelo Tegner), dois estudos (117 participantes) com 12 meses, e três estudos com 24 meses de seguimento não evidenciaram diferenças entre o grupo bioabsorvível e o grupo que usou parafuso de metal: MD 0.08, 95% CI -0,39 a 0,55 e MD 0,41, IC 95% -0,23 a 1,05, respectivamente. Na análise de subgrupos, houve diferença estatística favorável ao parafuso de PLLA: RR 1,27, 95% CI 0,49 a 3,30. Apesar da diferença estatística, em nenhum dos desfechos supracitados observou-se relevância clínica. Em relação às falhas de tratamento, foi demonstrada uma diferença significativa entre os dois métodos de fixação, quando considerada a quebra de implante (RR 7,06, 95% CI 1,31-2,75) e quanto ao risco global de falha do tratamento (RR 1,89, 95% CI 1,31-2,75), tendo o parafuso bioabsorvível mais falhas nestes aspectos. Em oposição, não houve diferença significativa para estabilidade, testes funcionais, derrame articular, re-lesões, infecção, reação de corpo estranho, dor ou limitação de movimento. Conclusão: Não há evidência que demonstre diferença de efetividade entre parafusos de interferência metálicos com relação aos bioabsorvíveis para fixação do enxerto na reconstrução do ligamento cruzado anterior quanto a função, qualidade de vida e o nível de atividade; entretanto, há evidências de que parafusos bioabsorvíveis estão associados a mais falhas de tratamento global e quebra do implante. Os ensaios clínicos randomizados presentes na literatura fornecem evidências de moderada/baixa qualidade. === Introduction: This review assesses whether bioabsorbable interference screws may show better results than metal ones when used for fixing the graft in the reconstruction of the anterior cruciate ligament (ACL). Objective: To compare the effects of bioabsorbable and metal interference screws for fixing the graft in the reconstruction of the anterior cruciate ligament, by metaanalysis. Methods: The following databases were searched: Cochrane Bone, Joint and Muscle Trauma Group Specialised Register, The Cochrane Library, MEDLINE, EMBASE, LILACS, Current Controlled Trials and the World Health Organization International Clinical Trials Registry Platform. Randomized controlled trials and quasi-randomized trials comparing bioabsorbable with metal interference screws were included in the survey. Primary outcome measures were function, quality of life, treatment failures and activity level. At least two authors selected eligible studies and independently assessed the risk of bias. The relevant data were pooled. Results: Eleven trials involving 981 participants were included in the review. Regarding the function (assessed by Lysholm), four trials (220 participants) showed no differences between the two fixation methods with 12 or 24 months of follow-up: MD -026, CI 95% -1.63 - 1.11 and MD 1.10, CI 95% - 1.44 to 1.64, respectively. However, when subgroup analysis using Lysholm score was performed, statistical difference was observed favoring the metal screw when the bioabsorbable screw was comprised of L-polylactic acid (PLLA): RR -4.00, CI 95%, -7.59 - -0.41. Three studies at 24 months (RR 1.00, 95% CI 0.81 to 1.24) and two studies at 12 months follow-up (RR 1.01, 95% CI 0.94 to 1.08) showed no differences the in the IKDC. Regarding the level of activity (analyzed by Tegner activity level scale), two studies (117 participants) at 12 months and three studies at 24 months follow-up showed no differences between the bioabsorbable group and the group using metal screws: MD 0.08, 95 % CI -0.39 to 0.55 and MD 0.41, 95% CI -0,23-1,05 respectively. In the subgroup analysis, a statiscally favorable difference was found for the PLLA screw: RR 1.27, 95% CI 0.49 to 3.30. Despite the statistical differences, none of the above outcomes has presented clinical relevance. With regard to treatment failures, a significant difference was found between the two methods of attachment, when considering the implant breaks (RR 7.06, 95% CI 1.31 to 2.75) and the overall risk of failure (RR 1.89, CI 95% 1.31 to 2.75), with the bioabsorbable screw having more failures in these respects. In contrast, there was no significant difference in stability, functional testing, joint effusion, re-injury, infection, foreign body reaction, pain or limitation of movement. Conclusion: There is no evidence that demonstrates an effective difference between metal and bioabsorbable interference screws for graft fixation in the reconstruction of the anterior cruciate ligament when considering function, quality of life and level of activity. However, there is evidence that bioabsorbable screws are associatewith more failures in the global treatment as well as breaks of the implant. Clinical trials in the literature provide moderate / low quality evidence.