Esquistossomose mansonica em camundongo NOD/Uni (non-obese diabetic), modelo do diabetes Mellitus tipo 1

Orientador : Ana Maria Aparecida Guaraldo === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia === Made available in DSpace on 2018-08-03T07:27:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Andrade_LeniraAparecidaGuaraldode_M.pdf: 16949895 bytes, checksum: 923059731bc297cb7885e740...

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Bibliographic Details
Main Author: Andrade, Lenira Aparecida Guaraldo de
Other Authors: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Format: Others
Language:Portuguese
Published: [s.n.] 2003
Subjects:
Online Access:ANDRADE, Lenira Aparecida Guaraldo de. Esquistossomose mansonica em camundongo NOD/Uni (non-obese diabetic), modelo do diabetes Mellitus tipo 1. 2003. 114p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/317897>. Acesso em: 3 ago. 2018.
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/317897
Description
Summary:Orientador : Ana Maria Aparecida Guaraldo === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia === Made available in DSpace on 2018-08-03T07:27:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Andrade_LeniraAparecidaGuaraldode_M.pdf: 16949895 bytes, checksum: 923059731bc297cb7885e7403afa1b4c (MD5) Previous issue date: 2003 === Resumo: A associação da esquistossomose com diabetes foi estudada em camundongo da linhagem NOD/Uni (non-obese diabetic), modelo para diabetes mellitus tipo 1. Há evidências recentes de que a resposta do tipo Th1 é prejudicial para o hospedeiro e Th2 protege contra o diabetes. A infecção pelo Schistosoma mansoni induz resposta celular do tipo Th2 no fígado humano e de camundongos. A evolução da esquistossomose em hospedeiro onde existe predomínio da resposta Th 1, vigente no diabetes, pode resultar em alteração da expressão das duas doenças. Grupos de camundongos machos e fêmeas NOD/Uni não diabéticos e diabéticos, em vários estágios do desenvolvimento do diabetes foram infectados por 10, 25 ou 50 cercárias da linhagem BH do S. mansoni. Foi constituído também um grupo de camundongas prenhes infectadas e o respectivo controle não infectadas. O grau de glicosúria foi determinado para cada animal ao final da sétima semana de infecção e expresso em mg de glicose/dL de urina. Todos os animais NOD/Uni livres de patógenos específicos foram mantidos em isoladores de PVC flexível, com pressão positiva. A mortalidade de cada grupo experimental foi registrada durante sete semanas da infecção. O sistema porta-hepático foi perfundido para coleta dos vermes adultos que foram fixados para determinação de comprimento. Foi observada a histopatologia pancreática e hepática. As medidas de áreas de granulomas hepáticos foram registradas mediante o uso de um sistema informatizado acoplado à câmara clara no microscópio óptico, considerando dois diâmetros perpendiculares que cruzam o centro de um ovo isolado. Os resultados de comprimento de vermes foram analisados estatisticamente pelo teste de Tukey e a área dos granulomas pela análise de variância. A esquistossomose desempenhou papel protetor no diabetes, principalmente em machos NOD/Uni diabéticos, evidenciado pelo aumento da sobrevi da (70%) quando comparados com grupo não infectado de fêmeas diabéticas (25%) e machos diabéticos (41,6%). A associação do diabetes, esquistossomose e prenhez diminuiu a patologia das duas doenças. A esquistossomose induziu pancreatite severa precoce, aos 42 dias de infecção em fêmeas diabéticas submetidas a 10 cercárias. Em machos diabéticos infectados com 50 cercárias, o quadro de pancreatite foi brando, aos 56 dias de infecção. A área de granulomas hepáticos sofreu redução no decorrer do agravamento do diabetes. Animais no início do diabetes e normoglicêmicos tiveram o mesmo padrão de formação de granulomas. As fêmeas prenhes mostraram formação de granulomas comparadas ao controle não diabético. Não houve hepatomegalia em animais com diabetes grave. O diabetes prejudicou o desenvolvimento de vermes machos e fêmeos em camundongas diabéticas. Vermes fêmeos sofreram redução de comprimento deste o início do diabetes, fato que não ocorreu nos vermes machos. Na vigência do diabetes severo, os vermes fêmeos apresentaram maior redução do comprimento (30,5%) do que os vermes machos (24%). Em microambiente do diabetes concomitante à prenhez, não houve redução do comprimento de vermes. A resposta ThI durante o diabetes e o perfil resultante de resposta de fenótipo Th2 pela esquistossomose podem promover a regulação que inibe ou elimina a formação de granuloma no animal diabético, aumenta o tempo de sobrevida dos animais infectados, porém induz precocemente a pancreatite grave em fêmeas diabéticas === Abstract: In this study we have demonstrated the effect of diabetes under the development of Schistosoma mansoni in diabetes-prone non-obese diabetic (NOD) mice, model of human diabetes type I. S. mansoni infection induces Th2 type cytokines at the liver of humans and mice. Recent reports have shown the evidence that Thl responses are detrimental and Th2 responses are protective against diabetes type I. In this study we took advantage of NOD mice, which has a Thl profile and has a limited survival after the expression of the diabetes. Female and male of NOD strain were infected with 10,25 and 50 cercariae from S. mansoni, BH strain, kept on Biomphalaria glabrata snails. SPF NOD mice were maintained in flexible PVC isolators with positive pressure. The test of diabetes Self-Stik @ resulting color changes using urine samples was performed and the last lecture (mg glucose/dL urine) was determinant for the establishment of the groups: no diabetic, diabetic male and female, diabetic pregnant. We monitored the survival until 7 weeks after infection or after the first detection of glycosuria and we compared these results with those obtained in a diabetic non-infected control group. In specific-pathogen free conditions, the NOD/Uni diabetic mice survive for 3-4 weeks after the first detection of glycosuria. Infected diabetic males presented longer survival (70%) when compared with the control no infected diabetic males (41,6%). The survival result in the infected diabetic females was 25% compared with 21 % in the no infected group. No mortality was registered in infected diabetic pregnant group. Seven weeks after infection, the animais were perfunded and adult worms prepared to the measurements. The length of worms was determined. The results were analysed according to the glucose leveI at the end of infection. Tukey's test was used to compare diabetic and no diabetic groups, with 5% significance leveI. Paraffm sections of liver and pancreas were cut at 5 J.UI1 and stained with hematoxylin-eosin. Hepatic granuloma measurements were determined using a computer system to take into account two perpendicular diameters crossing the center of isolated egg. Statistical analysis were performed to granuloma ellipse area using variance analysis and Tukey test was used to compare the length of the worms. Animais at the beginning of diabetes and normoglycaemic showed the same pattem to granuloma formation. Pregnant diabetic showed granuloma formation compared to the control no diabetic. The statistical analysis showed the influence of the diabetic status of the host and the leveI of glucose on the development of adult worm. When the diabetic female infected was pregnant , there were no differences in the length of the worms compared to the control no diabetic. Severe pancreatitis was involved mainly in diabetic females which presented extensive destruction of the pancreatic parenchyma 42 days after infection with 10 cercariae. The autoimmune process involved in diabetes concerning the helminth development is shown mean1y when glucose leveI in urine is high. The response Thl during accelerated and destructive diabetes and the shift to Th2 profile in schistosomiasis result on ThI/Th2 dichotomy which promotes a mechanism of regulation that inhibits or eliminates the granuloma formation in diabetic animais === Mestrado === Mestre em Parasitologia