Arquitetura, historia de vida e infestação por lianas em especies arboreas de florestas semideciduas no municipio de Campinas, SP

Orientador: Fernando Roberto Martins === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia === Made available in DSpace on 2018-08-12T18:43:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dias_ArildodeSouza_M.pdf: 671371 bytes, checksum: 783000fd26b32c833785efd804fe2f1d (MD5) Previ...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Dias, Arildo de Souza, 1979-
Other Authors: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Format: Others
Language:Portuguese
Published: [s.n.] 2009
Subjects:
Online Access:DIAS, Arildo de Souza. Arquitetura, historia de vida e infestação por lianas em especies arboreas de florestas semideciduas no municipio de Campinas, SP. 2009. 48f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/314966>. Acesso em: 12 ago. 2018.
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/314966
Description
Summary:Orientador: Fernando Roberto Martins === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia === Made available in DSpace on 2018-08-12T18:43:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dias_ArildodeSouza_M.pdf: 671371 bytes, checksum: 783000fd26b32c833785efd804fe2f1d (MD5) Previous issue date: 2009 === Resumo: Lianas possuem um papel chave na dinâmica de ecossistemas florestais, principalmente no que diz respeito aos efeitos diretos exercidos sobre os forófitos, como diminuição da taxa de crescimento e reprodução e aumento da taxa de mortalidade. Nosso objetivo foi responder a três questões principais: Espécies de árvores têm diferentes susceptibilidades à infestação por lianas? Quais características arquiteturais e de história de vida dos forófitos são correlacionadas com a infestação por lianas? Árvores com 51-100% da copa coberta com lianas apresentam diferenças em alometria e desenho mecânico (fator de segurança e esbelteza do caule), comparadas às árvores congenéricas sem infestação da copa? Utilizamos um conjunto de dados previamente coletados sobre infestação da copa por lianas em 10 fragmentos de florestas semedicíduas no município de Campinas, e acrescentamos informações sobre características arquiteturais e de história de vida para 54 espécies arbóreas. Dezoito espécies apresentaram um número de indivíduos infestados que diferiu significativamente do número médio de árvores infestadas no fragmento. Com base nesses resultados classificamos as espécies em três categorias de susceptibilidade à infestação: alta, baixa e variável. No geral, as espécies arbóreas com maior infestação por lianas foram caracterizadas por altura do fuste baixa, grande profundidade da copa, tipo de casca rugosa a profundamente sulcada e fenologia foliar decídua. Em quatro espécies, os coeficientes alométricos entre altura total e diâmetro das árvores com copas infestadas foram significativamente menores que das árvores livres de lianas, com árvores infestadas mais próximas ao limite teórico de tombamento pelo modelo de similaridade elástica. Em média, o fator de segurança (diâmetro crítico para o tombamento) foi menor para as árvores infestadas. O fator de segurança e a esbelteza do caule estiveram negativamente relacionados tanto em árvores infestadas, quanto em árvores livres de lianas, mas árvores com lianas apresentaram maior valor do coeficiente do que árvores sem lianas. Espécies diferentes têm diferentes susceptibilidades a lianas. A combinação de características arquiteturais e de história de vida em forma de síndromes, como altura do fuste, profundidade da copa, fenologia foliar e tipo de casca, muito mais que cada caráter individual, influi na susceptibilidade à infestação por lianas. O fato de árvores infestadas terem menor estabilidade em relação ao limite teórico de tombamento elástico poderia implicar em maior taxa de mortalidade em relação a árvores livres de lianas. === Abstract: Lianas have a key role in forest dynamics and processes in the ecosystem, and may reduce host tree growth rates, fecundity and survival. We address three main questions: Do tree species differ in their susceptibility to lianas? What host tree architectural and life history traits are correlated with the liana infestation? Tree with 51-100% of crown infestation shows difference in alometry and mechanical design (safety factor and slenderness) in relation to trees without lianas? We utilize a data set on liana infestation in ten semideciduous forest fragments of Campinas city, and we added tree architectural and life history traits for 54 tree species. Eighteen species had a higher or lower proportion of liana-infested individuals than the mean number of infested trees in the forest. The tree species was classified in three categories about to susceptibility: high, low and variable. In general, tree species with higher liana infestation were characterized by a low first branch height, high depth crown, bark type slightly rough to strongly fissured and deciduous leaves. In four species the allometric coefficient for height-diameter relations in liana-infested trees was significantly lower than liana-free trees, and liana-infested trees was more close to minimum diameter required to prevent elastic buckling in wooded columns. The safety factor and slenderness was negatively correlated for liana-infested trees and liana-free trees. However, liana-infested trees had higher slope for relationship between these two variables (safety factor and slenderness). Our results pointed out that the combination of tree architectural and life history traits as free bole height, depth crown, foliar phenology and bark type, more than each isolated feature, are important factors determining to liana infestation of tree species analyzed. We suggest that the lower mechanical stability of liana-infested trees could be a cause to higher mortality rates in those trees in comparison to trees without lianas. === Mestrado === Mestre em Biologia Vegetal