Percepção da violência perpetrada por parceiro masculino entre mulheres do Estado de São Paulo
Orientadores: Aloísio José Bedone, Arlete Maria dos Santos Fernandes === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-18T06:31:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mathias_AnaKarinaRiosdeAraujo_M.pdf: 2333211 bytes, chec...
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Orientadores: Aloísio José Bedone, Arlete Maria dos Santos Fernandes === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-18T06:31:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 === Resumo: Introdução: A não efetivação dos direitos sexuais e reprodutivos decorre não somente da não intervenção do Estado ou da falta de iniciativa das mulheres em busca de seus direitos, mas também pela falta de reconhecimento por estas do que é violência. As mulheres nem mesmo se consideram em situação de violência, o que dificulta a busca efetiva por seus direitos. Objetivo: Avaliar a percepção de mulheres em relação à violência perpetrada por companheiro/parceiro em Municípios de São Paulo. Métodos: Foi realizado um estudo com abordagem quantitativa, com o desenvolvimento de um estudo descritivo, de corte transversal. O estudo foi realizado a partir da análise secundária de dados coletados de questionário que foi aplicado em mulheres usuárias de Unidades Básicas de Saúde (UBS) de 15 Departamentos Regionais do Estado de São Paulo, no período de agosto/2008 a maio/2009. Foram entrevistadas 2379 mulheres de 18 a 60 anos. Resultados: Das mulheres entrevistadas, 1319 (55,7%) referiram ter sofrido alguma violência do companheiro durante a vida ao responderem afirmativamente a perguntas específicas sobre atos de violência. No entanto, 51,3% das entrevistadas não perceberam a agressão sofrida. De 2367 entrevistadas, 53,2% referiram violência psicológica, 31,8% física e 12,3% violência sexual. Entre estas, 50,3% não perceberam a violência psicológica, 35,3% a física e 23,7% não perceberam a violência sexual. As mulheres que referiram outras religiões (não protestante e não católica), as sem companheiro com casamento anterior, as categorizadas nas classes econômicas mais baixas, as mulheres com menor escolaridade e as que referiram religião protestante tiveram uma percepção mais frequente da violência sofrida [respectivamente OR 2,37 (1,52 a 1,69; 95% IC), OR 2,28 (1,60 a 3,25; 95% IC), OR 2,02 (1,29 a 3,18; 95% IC), OR 1,70 (1,08 a 2,62; 95% IC), OR 1,39 (1,14 a 1,70; 95% IC) e OR 1,39 (1,13 a 1,69; 95% IC)]. Conclusão: A prevalência de violência psicológica foi mais elevada, no entanto foi a agressão menos percebida (49,7%). Necessária a implementação de políticas de conscientização das mulheres a respeito dos atos que devem ser considerados como violência doméstica. Mudanças neste panorama de violência e percepção da violência só poderão ser alcançadas com o envolvimento de todos os profissionais das diversas áreas que atendem casos de violência === Abstract: Introduction: The non-realization of sexual and reproductive rights stems not only of no government intervention or lack of initiative of women in seeking their rights, but also by what domestic violence means. Women don't even consider themselves victims of violence, making it difficult to search effectively for their rights. Objective: The objective of this study is to evaluate the perception of women about domestic violence in the municipalities of São Paulo. Methods: We conducted a descriptive study with cross-sectional analysis from the secondary data collected from questionnaire that was applied to women users of the Basic Health Units (BHU) in 15 Regional Departments of the State of São Paulo in the period of August/2008 May/2009. We interviewed 2379 women aged 18 to 60 years. Results: Between the women interviewed, 1319 (55.7%) reported domestic violence during the lifetime after they responded affirmatively to questions about specific acts of violence. However, 51.3% of women respondents did not perceive the aggression. Between 2367 of women respondents, 53.2% reported psychological violence, 31.8% physical violence and 12.3% sexual violence. Among these, 50.3% did not perceive the psychological violence, 35.3% did not perceive physics violence and 23.7% did not perceive sexual violence. Women who reported other religions (not protestant/not catholic), the women without partner and no previous marriage, those women categorized in the lower economic classes, women with less education and the women who reported Protestant religion had more frequent perception of the violence suffered [respectively OR 2.37 (1.52 to 1.69, 95% CI), OR 2.28 (1.60 to 3.25, 95% CI), OR 2.02 (1.29 to 3.18; 95 % CI), OR 1.70 (1.08 to 2.62, 95% CI), OR 1.39 (1.14 to 1.70, 95% CI) and OR 1.39 (1.13 to 1 , 69, 95% CI)]. Conclusion: The prevalence of psychological violence was higher, however it was less perceived by the women (49.7%). its necessary to implement policies of awareness among women about the acts that must be considered as domestic violence. Changes to this situation of violence and perception of violence can only be achieved with the involvement of all professionals in various areas that meet the abuse cases === Mestrado === Fisiopatologia Ginecológica === Mestre em Ciências da Saúde |
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.unicamp.br-REPOSIP-3138032019-01-21T21:12:18Z Percepção da violência perpetrada por parceiro masculino entre mulheres do Estado de São Paulo Violence's perception by intimate partner among women in São Paulo Mathias, Ana Karina Rios de Araújo UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Fernandes, Arlete Maria dos Santos, 1959- Bedone, Aloisio José, 1947- Rodrigues, Viviane Hermann Machado, Rogério Bonassi Violência Violência sexual Percepção Violence Sexual violence Perception Orientadores: Aloísio José Bedone, Arlete Maria dos Santos Fernandes Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Made available in DSpace on 2018-08-18T06:31:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mathias_AnaKarinaRiosdeAraujo_M.pdf: 2333211 bytes, checksum: d2218a03e834f163f8301d8f07580bd8 (MD5) Previous issue date: 2011 Resumo: Introdução: A não efetivação dos direitos sexuais e reprodutivos decorre não somente da não intervenção do Estado ou da falta de iniciativa das mulheres em busca de seus direitos, mas também pela falta de reconhecimento por estas do que é violência. As mulheres nem mesmo se consideram em situação de violência, o que dificulta a busca efetiva por seus direitos. Objetivo: Avaliar a percepção de mulheres em relação à violência perpetrada por companheiro/parceiro em Municípios de São Paulo. Métodos: Foi realizado um estudo com abordagem quantitativa, com o desenvolvimento de um estudo descritivo, de corte transversal. O estudo foi realizado a partir da análise secundária de dados coletados de questionário que foi aplicado em mulheres usuárias de Unidades Básicas de Saúde (UBS) de 15 Departamentos Regionais do Estado de São Paulo, no período de agosto/2008 a maio/2009. Foram entrevistadas 2379 mulheres de 18 a 60 anos. Resultados: Das mulheres entrevistadas, 1319 (55,7%) referiram ter sofrido alguma violência do companheiro durante a vida ao responderem afirmativamente a perguntas específicas sobre atos de violência. No entanto, 51,3% das entrevistadas não perceberam a agressão sofrida. De 2367 entrevistadas, 53,2% referiram violência psicológica, 31,8% física e 12,3% violência sexual. Entre estas, 50,3% não perceberam a violência psicológica, 35,3% a física e 23,7% não perceberam a violência sexual. As mulheres que referiram outras religiões (não protestante e não católica), as sem companheiro com casamento anterior, as categorizadas nas classes econômicas mais baixas, as mulheres com menor escolaridade e as que referiram religião protestante tiveram uma percepção mais frequente da violência sofrida [respectivamente OR 2,37 (1,52 a 1,69; 95% IC), OR 2,28 (1,60 a 3,25; 95% IC), OR 2,02 (1,29 a 3,18; 95% IC), OR 1,70 (1,08 a 2,62; 95% IC), OR 1,39 (1,14 a 1,70; 95% IC) e OR 1,39 (1,13 a 1,69; 95% IC)]. Conclusão: A prevalência de violência psicológica foi mais elevada, no entanto foi a agressão menos percebida (49,7%). Necessária a implementação de políticas de conscientização das mulheres a respeito dos atos que devem ser considerados como violência doméstica. Mudanças neste panorama de violência e percepção da violência só poderão ser alcançadas com o envolvimento de todos os profissionais das diversas áreas que atendem casos de violência Abstract: Introduction: The non-realization of sexual and reproductive rights stems not only of no government intervention or lack of initiative of women in seeking their rights, but also by what domestic violence means. Women don't even consider themselves victims of violence, making it difficult to search effectively for their rights. Objective: The objective of this study is to evaluate the perception of women about domestic violence in the municipalities of São Paulo. Methods: We conducted a descriptive study with cross-sectional analysis from the secondary data collected from questionnaire that was applied to women users of the Basic Health Units (BHU) in 15 Regional Departments of the State of São Paulo in the period of August/2008 May/2009. We interviewed 2379 women aged 18 to 60 years. Results: Between the women interviewed, 1319 (55.7%) reported domestic violence during the lifetime after they responded affirmatively to questions about specific acts of violence. However, 51.3% of women respondents did not perceive the aggression. Between 2367 of women respondents, 53.2% reported psychological violence, 31.8% physical violence and 12.3% sexual violence. Among these, 50.3% did not perceive the psychological violence, 35.3% did not perceive physics violence and 23.7% did not perceive sexual violence. Women who reported other religions (not protestant/not catholic), the women without partner and no previous marriage, those women categorized in the lower economic classes, women with less education and the women who reported Protestant religion had more frequent perception of the violence suffered [respectively OR 2.37 (1.52 to 1.69, 95% CI), OR 2.28 (1.60 to 3.25, 95% CI), OR 2.02 (1.29 to 3.18; 95 % CI), OR 1.70 (1.08 to 2.62, 95% CI), OR 1.39 (1.14 to 1.70, 95% CI) and OR 1.39 (1.13 to 1 , 69, 95% CI)]. Conclusion: The prevalence of psychological violence was higher, however it was less perceived by the women (49.7%). its necessary to implement policies of awareness among women about the acts that must be considered as domestic violence. 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Faculdade de Ciências Médicas Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde reponame:Repositório Institucional da Unicamp instname:Universidade Estadual de Campinas instacron:UNICAMP |