Ação do veneno de bothrops lanceolatus (fer de lance) na junção neuromuscular e no musculo esqueletico de camundongos

Orientador: Marcos Dias Fontana === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-05T05:43:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Araujo_LiaLobode_M.pdf: 6289167 bytes, checksum: 984e9c3bcb8fdccfe97aa0503fe6c15d (MD5) Pre...

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Bibliographic Details
Main Author: Araujo, Lia Lobo de
Other Authors: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Format: Others
Language:Portuguese
Published: [s.n.] 2005
Subjects:
Online Access:ARAUJO, Lia Lobo de. Ação do veneno de bothrops lanceolatus (fer de lance) na junção neuromuscular e no musculo esqueletico de camundongos. 2005. 113 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/313254>. Acesso em: 5 ago. 2018.
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Ação do veneno de bothrops lanceolatus (fer de lance) na junção neuromuscular e no musculo esqueletico de camundongos
description Orientador: Marcos Dias Fontana === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-05T05:43:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Araujo_LiaLobode_M.pdf: 6289167 bytes, checksum: 984e9c3bcb8fdccfe97aa0503fe6c15d (MD5) Previous issue date: 2005 === Resumo: As serpentes venenosas ou peçonhentas vulnerantes (inoculam oveneno na presa) correspondem a 450 espécies das 3000 conhecidas. Os venenos de serpentes do gênero Bothrops induzem efeitos locais intensos tais como dor, edema, hemorragia e necrose. Nesse trabalho investigamos a ação do veneno de Bothrops lanceolatus (espécie encontrada na Ilha da Martinica, América Central) na junção neuromuscular e no músculo esquelético de camundongos, a uma dose pré-estabelecida de 20 Jlg/ml (dose que apresentou efeitos mais constantes e nítidos com o mesmo padrão de resposta, depois de testarmos doses de 15 á 60 Jlg/ml) . Nas preparações nervo ftênico-diaftagma de camundongos, com estimulação elétrica indireta, o veneno de Bothrops lanceolatus induziu aumento inicial das contrações musculares e o aparecimento de contrações espontâneas (efeitos pré-sinápticos) seguido por bloqueio neuromuscular de 70 % em 182,6 :t 15,7 min (n=4). A Neostigmina (Neo, 5,8JlM) e a 4- aminopiridina (4AP, 53 JlM) antagonizaram o bloqueio produzido pelo veneno, nessa preparação, sendo que com a Neo o antagonismo foi parcial (64,4% :t 9,2) (n=5) e com a 4AP o antagonismo foi total (n=5). Utilizando-se a estimulação elétrica direta, o veneno na dose estudada não alterou a amplitude da resposta contrátil (n=4), confirmando que sua ação provavelmente se dá na junção neuromuscular e não nas fibras musculares da preparação. Nas preparações diafragma cronicamente desnervado de camundongos (n=4), a contratura induzida pela adição de acetilcolina (Ach, 36 JlM) foi inibida pelo veneno, sugerindo uma ação nos receptores colinérgicos nicotínicos pós-sinápticos . o estudo dos Potenciais Bioelétricos nas preparações nervo frênicodiafragma de camundongos, revelou ausência de alterações no estudo do potencial de membrana (n=4), portanto na dose estudada o veneno não possui ação despolarizante sobre a fibra muscular do diafragma de camundongo. Quanto ao estudo do potencial de placa terminal em miniatura (pptm), observou-se um progressivo decréscimo na amplitude e na freqüência dos potenciais até seu total desaparecimento. Esse bloqueio é totalmente revertido tanto pela neostigmina (5,8flM) (em 11,6 :!:3,6 min) (n=4) como pela 4-aminopiridina (53flM) (em 5,6 :!:0,6 min) (n=4) . Isso vem confirmar, mais uma vez, que a ação do veneno tem grande probabilidade de ocorrer na região pós-sináptica, nos receptores colinérgicos nicotínicos. Foram realizados também, experimentos com a preparação biventer cérvicis de pintainho (n=8), para comparar os resultados com aqueles obtidos com a preparação diafragma cronicamente desnervado de camundongo (que desenvolve a neoformação de receptores ao longo de toda fibra muscular, semelhante ás fibras das aves). A contratura induzida de acetilcolina (36 flM) também foi inibida pelo veneno, confirmando os resultados obtidos nas preparações diafragma cronicamente desnervado, e sugerindo novamente que o veneno tenha uma ação nos receptores colinérgicos nicotínicos pós-sinápticos . Com esse trabalho concluímos que o veneno de Bothrops lanceolatus (20flglmI) provoca um bloqueio neuromuscular que é revertido parcialmente pela neostigmina e totalmente pela 4-aminopiridina e que não possui ação despolarizante nas fibras musculares. Embora esse veneno tenha apresentado tanto efeitos pré como pós-sinápticos, nos experimentos "in vitro", com a dose estudada, os efeitos pós-sinápticos são mais evidentes === Abstract: Various Bothrops snake venoms cause neuromuscular blockade in avian and mammalian nerve-musc1e preparations in vitro. In this work, we examined the neuromuscular action of Bothrops lanceolatus venom in mouse phrenic nerve-diaphragm musc1epreparation. In indirectly stimulated mouse phrenic nerve diaphragm muscle preparations, B. lanceolatus venom (20 J!glmI) caused an initial facilitation of the musc1e contractions and induced spontaneous contractions followed by progressive neuromuscular blockade (70% in 182,6 :t 15,7 min , n=4) . Neostigmine (5,8 JiM) partially reversed this blockade (64.4% :t 9,2 , (n=5), whereas 4-aminopyridine (53 pM) totally reversed the blockade (n=5). In contrast, the twitch-tension responses in directly stimulated preparations were unaltered by the venom (20 J!glml) after 30min. In chronically denervated diaphragms, the contractile responses to acetylcholine (361JM) were inhibited by the venom (n=4) in 20/40min. Similar results was obtained using chick biventer cervicis preparations (n=4) in 20/60 mino Bothrops lanceolatus venom (20 J!glml) did cause membrane depolarization or alter the membrane resting potential in mouse hemi diaphragm preparations (n=4). However, the venom (20J!glmI) caused a progressive decrease in the amplitude and &equency of the miniature endplate potentials that eventually resulted in total blockade. This blockade was totally reversed by neostigmine 5,81JM(in 11,6 :t 3,6 min, n = 4) and 4-aminopyridine 53IJM(in 5,6 :t 0,6 min, n = 4). These results indicate that B. lanceolatus venom has pre and post-synaptic actions === Mestrado === Mestre em Farmacologia
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spelling ndltd-IBICT-oai-repositorio.unicamp.br-REPOSIP-3132542019-01-21T20:49:09Z Ação do veneno de bothrops lanceolatus (fer de lance) na junção neuromuscular e no musculo esqueletico de camundongos Araujo, Lia Lobo de UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Fontana, Marcos Dias, 1945- Antunes, Edson Braga, Angélica de Fátima de Assunção Ferreira, Eloisa Helena Neostigmina Animais venenosos Serpentes Orientador: Marcos Dias Fontana Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Made available in DSpace on 2018-08-05T05:43:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Araujo_LiaLobode_M.pdf: 6289167 bytes, checksum: 984e9c3bcb8fdccfe97aa0503fe6c15d (MD5) Previous issue date: 2005 Resumo: As serpentes venenosas ou peçonhentas vulnerantes (inoculam oveneno na presa) correspondem a 450 espécies das 3000 conhecidas. Os venenos de serpentes do gênero Bothrops induzem efeitos locais intensos tais como dor, edema, hemorragia e necrose. Nesse trabalho investigamos a ação do veneno de Bothrops lanceolatus (espécie encontrada na Ilha da Martinica, América Central) na junção neuromuscular e no músculo esquelético de camundongos, a uma dose pré-estabelecida de 20 Jlg/ml (dose que apresentou efeitos mais constantes e nítidos com o mesmo padrão de resposta, depois de testarmos doses de 15 á 60 Jlg/ml) . Nas preparações nervo ftênico-diaftagma de camundongos, com estimulação elétrica indireta, o veneno de Bothrops lanceolatus induziu aumento inicial das contrações musculares e o aparecimento de contrações espontâneas (efeitos pré-sinápticos) seguido por bloqueio neuromuscular de 70 % em 182,6 :t 15,7 min (n=4). A Neostigmina (Neo, 5,8JlM) e a 4- aminopiridina (4AP, 53 JlM) antagonizaram o bloqueio produzido pelo veneno, nessa preparação, sendo que com a Neo o antagonismo foi parcial (64,4% :t 9,2) (n=5) e com a 4AP o antagonismo foi total (n=5). Utilizando-se a estimulação elétrica direta, o veneno na dose estudada não alterou a amplitude da resposta contrátil (n=4), confirmando que sua ação provavelmente se dá na junção neuromuscular e não nas fibras musculares da preparação. Nas preparações diafragma cronicamente desnervado de camundongos (n=4), a contratura induzida pela adição de acetilcolina (Ach, 36 JlM) foi inibida pelo veneno, sugerindo uma ação nos receptores colinérgicos nicotínicos pós-sinápticos . o estudo dos Potenciais Bioelétricos nas preparações nervo frênicodiafragma de camundongos, revelou ausência de alterações no estudo do potencial de membrana (n=4), portanto na dose estudada o veneno não possui ação despolarizante sobre a fibra muscular do diafragma de camundongo. Quanto ao estudo do potencial de placa terminal em miniatura (pptm), observou-se um progressivo decréscimo na amplitude e na freqüência dos potenciais até seu total desaparecimento. Esse bloqueio é totalmente revertido tanto pela neostigmina (5,8flM) (em 11,6 :!:3,6 min) (n=4) como pela 4-aminopiridina (53flM) (em 5,6 :!:0,6 min) (n=4) . Isso vem confirmar, mais uma vez, que a ação do veneno tem grande probabilidade de ocorrer na região pós-sináptica, nos receptores colinérgicos nicotínicos. Foram realizados também, experimentos com a preparação biventer cérvicis de pintainho (n=8), para comparar os resultados com aqueles obtidos com a preparação diafragma cronicamente desnervado de camundongo (que desenvolve a neoformação de receptores ao longo de toda fibra muscular, semelhante ás fibras das aves). A contratura induzida de acetilcolina (36 flM) também foi inibida pelo veneno, confirmando os resultados obtidos nas preparações diafragma cronicamente desnervado, e sugerindo novamente que o veneno tenha uma ação nos receptores colinérgicos nicotínicos pós-sinápticos . Com esse trabalho concluímos que o veneno de Bothrops lanceolatus (20flglmI) provoca um bloqueio neuromuscular que é revertido parcialmente pela neostigmina e totalmente pela 4-aminopiridina e que não possui ação despolarizante nas fibras musculares. Embora esse veneno tenha apresentado tanto efeitos pré como pós-sinápticos, nos experimentos "in vitro", com a dose estudada, os efeitos pós-sinápticos são mais evidentes Abstract: Various Bothrops snake venoms cause neuromuscular blockade in avian and mammalian nerve-musc1e preparations in vitro. In this work, we examined the neuromuscular action of Bothrops lanceolatus venom in mouse phrenic nerve-diaphragm musc1epreparation. In indirectly stimulated mouse phrenic nerve diaphragm muscle preparations, B. lanceolatus venom (20 J!glmI) caused an initial facilitation of the musc1e contractions and induced spontaneous contractions followed by progressive neuromuscular blockade (70% in 182,6 :t 15,7 min , n=4) . Neostigmine (5,8 JiM) partially reversed this blockade (64.4% :t 9,2 , (n=5), whereas 4-aminopyridine (53 pM) totally reversed the blockade (n=5). In contrast, the twitch-tension responses in directly stimulated preparations were unaltered by the venom (20 J!glml) after 30min. In chronically denervated diaphragms, the contractile responses to acetylcholine (361JM) were inhibited by the venom (n=4) in 20/40min. Similar results was obtained using chick biventer cervicis preparations (n=4) in 20/60 mino Bothrops lanceolatus venom (20 J!glml) did cause membrane depolarization or alter the membrane resting potential in mouse hemi diaphragm preparations (n=4). However, the venom (20J!glmI) caused a progressive decrease in the amplitude and &equency of the miniature endplate potentials that eventually resulted in total blockade. This blockade was totally reversed by neostigmine 5,81JM(in 11,6 :t 3,6 min, n = 4) and 4-aminopyridine 53IJM(in 5,6 :t 0,6 min, n = 4). These results indicate that B. lanceolatus venom has pre and post-synaptic actions Mestrado Mestre em Farmacologia 2005 2018-08-05T05:43:46Z 2018-08-05T05:43:46Z 2005-01-18T00:00:00Z info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis (Broch.) ARAUJO, Lia Lobo de. Ação do veneno de bothrops lanceolatus (fer de lance) na junção neuromuscular e no musculo esqueletico de camundongos. 2005. 113 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/313254>. Acesso em: 5 ago. 2018. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/313254 por info:eu-repo/semantics/openAccess 113 p. : il. application/pdf [s.n.] Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas Programa de Pós-Graduação em Farmacologia reponame:Repositório Institucional da Unicamp instname:Universidade Estadual de Campinas instacron:UNICAMP