O tratamento dos gliomas de alto grau no Hospital de Clínicas da Unicamp
Orientador: Helder Tedeschi === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-26T19:44:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Valadares_MarceloGomesCordeiro_M.pdf: 1238842 bytes, checksum: f4f19f2521d318218d181dd5e357d746 (...
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Previous issue date: 2015 === Resumo: Introdução: O tratamento para gliomas de alto grau consiste em cirurgia seguida de radioterapia e quimioterapia. Mesmo com o melhor tratamento disponível a sobrevida em geral não atinge 2 anos para glioblastoma multiforme e 2 a 5 anos para outros gliomas anaplásicos. Estudos realizados em países em desenvolvimento sugerem que as limitações financeiras dos sistemas públicos de saúde destes países podem dificultar o acesso da população aos recursos necessários, podendo inclusive influenciar negativamente a sobrevida. Neste trabalho analisamos uma série de pacientes portadores de gliomas de alto grau tratados em um hospital público de uma grande região metropolitana brasileira. Comparamos o tratamento oferecido com o preconizado na literatura e verificamos se eventuais limitações nas diversas etapas do tratamento multidisciplinar afetam a qualidade do serviço prestado. Método: Analisamos retrospectivamente prontuários de pacientes portadores de gliomas de alto grau tratados no Hospital de Clínicas da Unicamp entre 2007 e 2013. Resultados: Foram incluídos 135 pacientes. A idade média foi de 57 anos e 2 meses e haviam 2 homens para cada mulher. A unidade de emergência foi a porta de entrada para 89% dos pacientes. No momento do diagnóstico 90.3% já apresentavam sintomas há mais de 2 semanas e 14,8% estavam sintomáticos há mais de 12 semanas. Quimioterapia e radioterapia foram prescritas para 56% dos pacientes. Radioterapia apenas foi o tratamento de escolha para 25% e outros 19% foram encaminhados para cuidados paliativos. Tromboembolismo venoso foi diagnosticado em 26%, infecções relacionadas ao procedimento cirúrgico em 16%. Após a cirurgia a mediana de tempo para início dos tratamentos subsequentes foi: 6.71 semanas para a primeira consulta com o radioterapêuta, 6.28 semanas para a primeira consulta com o oncologista e 12.57 semanas para iniciar a quimioterapia e radioterapia. Progressão tumoral com necessidade de nova abordagem cirúrgica foi observada em 27 pacientes no grupo de terapia tardia (>6 semanas) e em nenhum paciente no grupo de terapia precoce (?6 semanas) (p=0.002). Não foi observada correlação estatística entre a ocorrência de eventos tromboembólicos (p=0.09) ou infecciosos (p=0.057) e a demora para o início do tratamento adjuvante. A mediana de sobrevida de 100 pacientes portadores de glioblastoma multiforme submetidos a todas as formas de tratamento foi de 7.8 meses. Conclusão: Embora o tratamento cirúrgico seguido de radioterapia e quimioterapia esteja disponível no Hospital de Clínicas da Unicamp, apenas 56% dos pacientes são submetidos a todo o tratamento preconizado e apenas 12% iniciam a quimioterapia e radioterapia em menos de 6 semanas após a cirurgia. Estes números são inferiores aos observados em países desenvolvidos, mas compatíveis com outros estudos de países em desenvolvimento. A mesma comparação é feita em relação à sobrevida global dos pacientes diagnosticados com glioblastoma multiforme. Os dados apresentados reforçam a tese de que o tratamento de portadores de gliomas de alto grau é influenciado negativamente pelas limitações presentes na saúde pública de países em desenvolvimento === Abstract: Introduction: The general management of high-grade gliomas is based on surgery plus radiotherapy and chemotherapy. However, in developing countries, the lack of financial resources may delay the treatment, and probably affect patients¿ outcome. Based on this, the aim of this study is to review the clinical data of high-grade glioma patients treated in a brazilian referral public hospital. Methods: We retrospectively analyzed the clinical data with emphasis on the management options (surgery, radiotherapy and chemotherapy) of high grade glioma patients from 2007 to 2014 at the University of Campinas (Unicamp) hospital. Results: A total of 135 patients (27% of all brain tumors) had the diagnosis of high-grade glioma and were included. The mean age of high-grade glioma patients at the time of diagnosis was 57 years and 2 months. There were 90 men (67%) and 44 women (33%). The outpatient referral system was responsible for only 15 (11%) admissions with 120 (89%) patients being admitted through the emergency unit. Headache was the main complaint and 90.3% of the patients had been symptomatic for over 2 weeks and 14,8% for over 12 weeks. After surgery 56% were treated with chemotherapy and radiotherapy. Radiotherapy was the single therapy for 25% of the cases. Another 19% were referred to supportive care. After surgery patients took a median 6.71 weeks to the first radiotherapy consultation, 6.28 weeks to the first clinical oncology consultation and a median 12.57 weeks to start radiation. Only 12% started radiation in less than 6 weeks. Tumor progression requiring a second surgery was observed in 27 patients in the delayed therapy group (> 6weeks) compared with no patients in the early therapy (< 6 weeks) group (P=.002). Glioblastoma Multiforme patients overall survival was 7.8 months. Conclusion: Although surgery, radiation and temozolamide were available at our institution only 56% of the patients received all these treatments and only 12% started radiation in less than 6 weeks. These numbers fail in comparison to many studies published in developed countries but are similar to others published in developing nations. The same applies to the overall survival calculated for glioblastoma patients. This study supports that financial constrictions in public health care in developing countries have a negative impact on high-grade glioma treatment === Mestrado === Neurologia === Mestre em Ciências Médicas |
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Mesmo com o melhor tratamento disponível a sobrevida em geral não atinge 2 anos para glioblastoma multiforme e 2 a 5 anos para outros gliomas anaplásicos. Estudos realizados em países em desenvolvimento sugerem que as limitações financeiras dos sistemas públicos de saúde destes países podem dificultar o acesso da população aos recursos necessários, podendo inclusive influenciar negativamente a sobrevida. Neste trabalho analisamos uma série de pacientes portadores de gliomas de alto grau tratados em um hospital público de uma grande região metropolitana brasileira. Comparamos o tratamento oferecido com o preconizado na literatura e verificamos se eventuais limitações nas diversas etapas do tratamento multidisciplinar afetam a qualidade do serviço prestado. Método: Analisamos retrospectivamente prontuários de pacientes portadores de gliomas de alto grau tratados no Hospital de Clínicas da Unicamp entre 2007 e 2013. Resultados: Foram incluídos 135 pacientes. A idade média foi de 57 anos e 2 meses e haviam 2 homens para cada mulher. A unidade de emergência foi a porta de entrada para 89% dos pacientes. No momento do diagnóstico 90.3% já apresentavam sintomas há mais de 2 semanas e 14,8% estavam sintomáticos há mais de 12 semanas. Quimioterapia e radioterapia foram prescritas para 56% dos pacientes. Radioterapia apenas foi o tratamento de escolha para 25% e outros 19% foram encaminhados para cuidados paliativos. Tromboembolismo venoso foi diagnosticado em 26%, infecções relacionadas ao procedimento cirúrgico em 16%. Após a cirurgia a mediana de tempo para início dos tratamentos subsequentes foi: 6.71 semanas para a primeira consulta com o radioterapêuta, 6.28 semanas para a primeira consulta com o oncologista e 12.57 semanas para iniciar a quimioterapia e radioterapia. Progressão tumoral com necessidade de nova abordagem cirúrgica foi observada em 27 pacientes no grupo de terapia tardia (>6 semanas) e em nenhum paciente no grupo de terapia precoce (?6 semanas) (p=0.002). Não foi observada correlação estatística entre a ocorrência de eventos tromboembólicos (p=0.09) ou infecciosos (p=0.057) e a demora para o início do tratamento adjuvante. A mediana de sobrevida de 100 pacientes portadores de glioblastoma multiforme submetidos a todas as formas de tratamento foi de 7.8 meses. Conclusão: Embora o tratamento cirúrgico seguido de radioterapia e quimioterapia esteja disponível no Hospital de Clínicas da Unicamp, apenas 56% dos pacientes são submetidos a todo o tratamento preconizado e apenas 12% iniciam a quimioterapia e radioterapia em menos de 6 semanas após a cirurgia. Estes números são inferiores aos observados em países desenvolvidos, mas compatíveis com outros estudos de países em desenvolvimento. A mesma comparação é feita em relação à sobrevida global dos pacientes diagnosticados com glioblastoma multiforme. Os dados apresentados reforçam a tese de que o tratamento de portadores de gliomas de alto grau é influenciado negativamente pelas limitações presentes na saúde pública de países em desenvolvimento Abstract: Introduction: The general management of high-grade gliomas is based on surgery plus radiotherapy and chemotherapy. However, in developing countries, the lack of financial resources may delay the treatment, and probably affect patients¿ outcome. Based on this, the aim of this study is to review the clinical data of high-grade glioma patients treated in a brazilian referral public hospital. Methods: We retrospectively analyzed the clinical data with emphasis on the management options (surgery, radiotherapy and chemotherapy) of high grade glioma patients from 2007 to 2014 at the University of Campinas (Unicamp) hospital. Results: A total of 135 patients (27% of all brain tumors) had the diagnosis of high-grade glioma and were included. The mean age of high-grade glioma patients at the time of diagnosis was 57 years and 2 months. There were 90 men (67%) and 44 women (33%). The outpatient referral system was responsible for only 15 (11%) admissions with 120 (89%) patients being admitted through the emergency unit. Headache was the main complaint and 90.3% of the patients had been symptomatic for over 2 weeks and 14,8% for over 12 weeks. After surgery 56% were treated with chemotherapy and radiotherapy. Radiotherapy was the single therapy for 25% of the cases. Another 19% were referred to supportive care. After surgery patients took a median 6.71 weeks to the first radiotherapy consultation, 6.28 weeks to the first clinical oncology consultation and a median 12.57 weeks to start radiation. Only 12% started radiation in less than 6 weeks. Tumor progression requiring a second surgery was observed in 27 patients in the delayed therapy group (> 6weeks) compared with no patients in the early therapy (< 6 weeks) group (P=.002). Glioblastoma Multiforme patients overall survival was 7.8 months. Conclusion: Although surgery, radiation and temozolamide were available at our institution only 56% of the patients received all these treatments and only 12% started radiation in less than 6 weeks. These numbers fail in comparison to many studies published in developed countries but are similar to others published in developing nations. The same applies to the overall survival calculated for glioblastoma patients. This study supports that financial constrictions in public health care in developing countries have a negative impact on high-grade glioma treatment Mestrado Neurologia Mestre em Ciências Médicas 2015 2018-08-26T19:44:14Z 2018-08-26T19:44:14Z info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis VALADARES, Marcelo Gomes Cordeiro. O tratamento dos gliomas de alto grau no Hospital de Clínicas da Unicamp. 2015. 40 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/312693>. Acesso em: 26 ago. 2018. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/312693 info:eu-repo/semantics/openAccess 40 f. : il. application/pdf [s.n.] Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas reponame:Repositório Institucional da Unicamp instname:Universidade Estadual de Campinas instacron:UNICAMP |