Estudos moleculares das ataxias espinocerebelares autossomicas dominantes
Orientador : Iscia T. Lopes-Cendes === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-03T05:12:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Camargo_MariaFranciscaAboinGomes_M.pdf: 3534931 bytes, checksum: e4a2a3fd9ac89defea2b3ec44...
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Doenças do sistema nervoso Idade Ataxia Camargo, Maria Francisca Aboin Gomes Estudos moleculares das ataxias espinocerebelares autossomicas dominantes |
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Orientador : Iscia T. Lopes-Cendes === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-03T05:12:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2002 === Resumo: As ataxias espinocerebelares (AEC) formam um grupo heterogêneo de doenças degenerativas do sistema nervoso central, caracterizadas por degeneração do cerebelo e suas vias aferentes e eferentes. Clinicamente, a maior parte dos pacientes com AEC apresentam alterações do equilíbrio e disartria, que evoluem de forma progressiva. As AEC autossômicas dominantes se iniciam normalmente na idade adulta. Até o momento, existem 16 loci mapeados para as formas dominantes de AEC: tipo 1 (SCA1) no cromossomo (cr) 6p, tipo 2 (SCA2) no cr 12q, tipo 3 ou doença de Machado-Joseph (SCA3/MJD) no cr 14q, tipo 4 (SCA4) no cr 16q, tipo 5 (SCA5) na região centromérica do cr 11, tipo 6 (SCA6) no cr 19p, tipo 7 (SCA7) no cr 3p, tipo 8 (SCA8) no cr 13q, tipo 10 (SCA10) no cr 22q, tipo 11 (SCAll) no cr 15q, tipo 12 (SCA12) no cr 5q, tipo 13 (SCA13) no cr 19q, tipo 14 (SCA 14) no cr 19q, tipo 16 (SCA 16) no cr 8q, tipo 17 (SCA 17) na região TATA- box da proteína e a atrofia dentatorubropalidoluisiana (DRPLA) no cr 12p. Em sete formas autossômicas dominantes, cujos genes já foram identificados (SCA1, SCA2, SCA3/MJD, SCA6, SCA7, SCA12 e DRPLA), a expansão de trinuc1eotídeo CAG localizada na região codificadora dos genes, foi identificada como a mutação responsável pela neurodegeneração, já na SCA8 a mutação respónsavel é uma repetição do trinuc1eotídeo CTG. Algumas evidências experimentais apontam para um ganho específico de função que levaria a toxicidade neuronal nas doenças causadas pela expansão do trinuc1eotídeos CAG. O objetivo principal deste projeto de pesquisa foi a determinação da frequência e das características moleculares das mutações responsáveis pelas diferentes formas de AEC em uma amostra da população brasileira. Cento e sessenta e três indivíduos com ataxia espinocerebelar progressiva foram analisados clinicamente e as amostras de sangue periférico foram coletados para os estudos moleculares. Os 163 pacientes pertenciam a 123 famílias não relacionadas entre si. O DNA genômico foi extraído de cada indivíduo e as amostras foram genotipadas pela técnica da PCR utilizando pares de "primer" que flanqueiam as regiões adjacentes aos tripletos expandidos encontrados nos genes SCA1, SCA2, SCA3/DMJ, SCA6, SCA 7, SCA8 e DRPLA. Os produtos da PCR foram submetidos a eletroforese em géis de sequenciamento por aproximadamente 3 horas. A leitura dos alelos foi por auto-radiografia após 3 diasd de exposição a filmes de raio-X. Na amostra de 123 famílias encontraram-se: 7 indivíduos portadores da mutação SCAJ (5%),2 indivíduos portadores da mutação SCA2 (2%), 52 indivíduos portadores da mutação SCA3/DMJ (32%) e 2 indivíduos portadores das mutação SCA7 (2%). Não se encontrou nenhum indivíduo portador das mutações: SCA6, SCA8, DRPLA. Observa-se que na população estudada a forma mais ftequente de AEC é causada pela mutação SCA3/DMJ. Nesse estudo foi também importante para estabelecer quais as AEC autossômicas dominantes mais ftequentes em nosso meio e assim orientar o diagnóstico clínico e molecular === Abstract: The spinoeerebellar ataxias (SCAs) are a clinieally and genetieally heterogeneous group of late onset neurodegenerative disorders. Clinieally this group of diseases is earaeterized by eerebellar dysfuetion manifested by gait and limb ataxia, incoordination and dysarthria. There are a total of sixteen loei for autosomal dominant SCAs deseribed: spinoeerebellar ataxia type I (SCA1) on ehromosome (eh) 6p, spinoeerebellar ataxia type 2 (SCA2) on eh 12q, spinoeerebellar ataxia type 3 (SCA3) or Maehado- Joseph disease (MJD) on eh 14q, spinoeerebellar ataxia type 4 (SCA4) on ch 16q, spinoeerebellar ataxia type 5 (SCA5) on the eentromerie region of eh 11, spinoeerebellar ataxia type 6 (SCA6) on eh 19p, spinoeerebellar ataxia type 7 (SCA7) on eh 3p, spinocerebellar ataxia type 8 (SCA8) on eh 13q, spinoeerebellar ataxia type 10 (SCA10) on eh 22q, spinoeerebellar ataxia type 11 (SCAll) on ch 15q, spinocerebellar ataxia type 12 (SCAI2) on ch 5q, spinoeerebellar ataxia type 13 (SCA13) on eh 19q, spinoeerebellar ataxia type 14 (SCAI4) on eh 19q, spinoeerebellar ataxia type 16 (SCAI6) on eh 8q, spinocerebellar ataxia type 17 (SCAI7) on the region ofTATA- box protein and dentatorubropallidoluysian atrophy (DRPLA) on ch 12p. Are eight different genes causing autosomal dominant SCA have been mapped: SCAl, SCA2, SCA3/MJD, SCA6, SCA 7, SCA12 and DRPLA eaused by expansions of an unstable CAG repeat loealized in the eoding region of causative genes. SCA8 is eaused by expansions of an unstable CTG repeat. The frequeney of SCAl, SCA2, SCA3/MJD, SCA6, SCA7, SCA8 and DRPLA in brazilian patients and to compare their molecular and clinical charaeteristies for SCAs mutations. One hundred and sixty three individuaIs were genotyped in this study. Of 163 individuaIs belonging to 123 unrelated families. Genomie DNA was isolated from peripheral blood leukoeytes. Polymerase elain reaetion (PCR) amplieation of the CAG repeat and CTG repeat. PCR products we separated in eletrophoresis on 6% denaturing polyaerylamide gels. Polyaerylamide gels we transfered into Hybond H+ nylon membranes and hybridized with an a 32p 3'- end- labeled (CAG)n probe. Were determined allele by eomparing migration relative to an M13 sequeneing ladder and used as positive and negative eontrols in a1l analyses. Of the 123 famiIies studied: 7 positive individuaIs ofthe SCAl mutation (5%),2 positive individuaIs ofthe SCA2 mutation (2%),52 positive individuaIs ofthe SCA3/MJD mutation (32%) and 2 positive individuaIs ofthe SCA7 mutation (2%). We found no SCA6, SCA7, DRPLA and SCA8 mutations. The &equency of SCA3/MJD is substantially higher than that of SCAl, SCA2 and SCA 7 in individuaIs with SCAs === Mestrado === Ciencias Biomedicas === Mestre em Ciências Médicas |
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.unicamp.br-REPOSIP-3123662019-01-21T20:40:19Z Estudos moleculares das ataxias espinocerebelares autossomicas dominantes Camargo, Maria Francisca Aboin Gomes UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Lopes-Cendes, Íscia Teresinha, 1964- Caramelli, Paulo Lopes, Vera Lúcia Gil da Silva Doenças do sistema nervoso Idade Ataxia Orientador : Iscia T. Lopes-Cendes Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Made available in DSpace on 2018-08-03T05:12:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Camargo_MariaFranciscaAboinGomes_M.pdf: 3534931 bytes, checksum: e4a2a3fd9ac89defea2b3ec440bc4c3e (MD5) Previous issue date: 2002 Resumo: As ataxias espinocerebelares (AEC) formam um grupo heterogêneo de doenças degenerativas do sistema nervoso central, caracterizadas por degeneração do cerebelo e suas vias aferentes e eferentes. Clinicamente, a maior parte dos pacientes com AEC apresentam alterações do equilíbrio e disartria, que evoluem de forma progressiva. As AEC autossômicas dominantes se iniciam normalmente na idade adulta. Até o momento, existem 16 loci mapeados para as formas dominantes de AEC: tipo 1 (SCA1) no cromossomo (cr) 6p, tipo 2 (SCA2) no cr 12q, tipo 3 ou doença de Machado-Joseph (SCA3/MJD) no cr 14q, tipo 4 (SCA4) no cr 16q, tipo 5 (SCA5) na região centromérica do cr 11, tipo 6 (SCA6) no cr 19p, tipo 7 (SCA7) no cr 3p, tipo 8 (SCA8) no cr 13q, tipo 10 (SCA10) no cr 22q, tipo 11 (SCAll) no cr 15q, tipo 12 (SCA12) no cr 5q, tipo 13 (SCA13) no cr 19q, tipo 14 (SCA 14) no cr 19q, tipo 16 (SCA 16) no cr 8q, tipo 17 (SCA 17) na região TATA- box da proteína e a atrofia dentatorubropalidoluisiana (DRPLA) no cr 12p. Em sete formas autossômicas dominantes, cujos genes já foram identificados (SCA1, SCA2, SCA3/MJD, SCA6, SCA7, SCA12 e DRPLA), a expansão de trinuc1eotídeo CAG localizada na região codificadora dos genes, foi identificada como a mutação responsável pela neurodegeneração, já na SCA8 a mutação respónsavel é uma repetição do trinuc1eotídeo CTG. Algumas evidências experimentais apontam para um ganho específico de função que levaria a toxicidade neuronal nas doenças causadas pela expansão do trinuc1eotídeos CAG. O objetivo principal deste projeto de pesquisa foi a determinação da frequência e das características moleculares das mutações responsáveis pelas diferentes formas de AEC em uma amostra da população brasileira. Cento e sessenta e três indivíduos com ataxia espinocerebelar progressiva foram analisados clinicamente e as amostras de sangue periférico foram coletados para os estudos moleculares. Os 163 pacientes pertenciam a 123 famílias não relacionadas entre si. O DNA genômico foi extraído de cada indivíduo e as amostras foram genotipadas pela técnica da PCR utilizando pares de "primer" que flanqueiam as regiões adjacentes aos tripletos expandidos encontrados nos genes SCA1, SCA2, SCA3/DMJ, SCA6, SCA 7, SCA8 e DRPLA. Os produtos da PCR foram submetidos a eletroforese em géis de sequenciamento por aproximadamente 3 horas. A leitura dos alelos foi por auto-radiografia após 3 diasd de exposição a filmes de raio-X. Na amostra de 123 famílias encontraram-se: 7 indivíduos portadores da mutação SCAJ (5%),2 indivíduos portadores da mutação SCA2 (2%), 52 indivíduos portadores da mutação SCA3/DMJ (32%) e 2 indivíduos portadores das mutação SCA7 (2%). Não se encontrou nenhum indivíduo portador das mutações: SCA6, SCA8, DRPLA. Observa-se que na população estudada a forma mais ftequente de AEC é causada pela mutação SCA3/DMJ. Nesse estudo foi também importante para estabelecer quais as AEC autossômicas dominantes mais ftequentes em nosso meio e assim orientar o diagnóstico clínico e molecular Abstract: The spinoeerebellar ataxias (SCAs) are a clinieally and genetieally heterogeneous group of late onset neurodegenerative disorders. Clinieally this group of diseases is earaeterized by eerebellar dysfuetion manifested by gait and limb ataxia, incoordination and dysarthria. 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