Avaliação da intolerancia alimentar e do padrão alimentar de pacientes com dispepsia funcional
Orientador: Maria Aparecida Mesquita === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas === Made available in DSpace on 2018-08-10T16:18:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carvalho_RobertaVillasBoas_M.pdf: 798660 bytes, checksum: fd44d0259aeae156ed7a9e2381ccd7...
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Other Authors: | |
Format: | Others |
Language: | Portuguese |
Published: |
[s.n.]
2007
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Subjects: | |
Online Access: | CARVALHO, Roberta Villas Boas. Avaliação da intolerancia alimentar e do padrão alimentar de pacientes com dispepsia funcional. 2007. 85f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/310800>. Acesso em: 10 ago. 2018. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/310800 |
Summary: | Orientador: Maria Aparecida Mesquita === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas === Made available in DSpace on 2018-08-10T16:18:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 === Resumo: A dispepsia funcional (DF) é um diagnóstico bastante freqüente na prática clínica. A fisiopatologia deste distúrbio é provavelmente multifatorial, e ainda não foi completamente esclarecida. Como conseqüência, não existem medidas terapêuticas que sejam eficazes para todos os pacientes. Embora a maior parte dos pacientes relacione seus sintomas com a ingestão de vários tipos de alimentos, a influência dos fatores dietéticos no quadro clínico da dispepsia funcional foi muito pouco explorada na literatura, e os resultados dos estudos são muitas vezes controversos. Os objetivos deste estudo foram avaliar, em um grupo de pacientes com dispepsia funcional, o padrão alimentar, os hábitos dietéticos, o estado nutricional, e as queixas de intolerância alimentar, relacionando-as com os sintomas de dispepsia. Foram avaliados 41 pacientes com o diagnóstico de dispepsia funcional e 30 voluntários assintomáticos como grupo-controle. Inicialmente os participantes respondiam a um questionário geral padronizado, que abordava aspectos sócio-econômicos e a história médica e nutricional. Após essa entrevista, recebiam um recordatório alimentar de sete dias, que deveriam retornar preenchido na consulta seguinte. Nossos resultados demonstram que, de acordo com o IMC, 43,9% dos pacientes eram eutróficos e 56,1% apresentavam sobrepeso ou obesidade. Com relação ao consumo alimentar, não houve diferença significativa na ingestão calórica diária entre pacientes (1516 ± 424,5 kcal) e controles (1545 ± 365,1 kcal; p=0,73). Os pacientes apresentaram a mesma porcentagem de ingestão protéica que o grupo controle, e uma pequena, mas significativa, diminuição da porcentagem de lipídios (28,7±5,5% vs 32,7±4 %; p=0,001), acompanhada de um aumento na porcentagem de ingestão de carboidratos (55,7±4,5% vs 50,5±4,5%; p=0,001). Em relação à intolerância alimentar, os pacientes relacionaram seus sintomas com a ingestão de uma grande variedade de alimentos. A maior parte dos alimentos associados com o sintoma de plenitude gástrica foram aqueles ricos em lipídios e carboidratos. Os sintomas de queimação epigástrica e pirose foram mais relacionados com o consumo de queijo, cebola, pimenta e café. Apesar de associarem seus sintomas com a ingestão desses alimentos, os pacientes mantinham um consumo regular dos mesmos, semelhante ao relatado pelo grupo controle, com exceção da leve redução na ingestão de lipídios. Comparando-se os hábitos alimentares, os pacientes apresentam um período de jejum noturno maior em relação aos controles, relacionado com o hábito de jantar mais cedo. Houve também uma tendência estatística (p=0,07) para um menor número de refeições por dia no grupo de pacientes. Em conclusão, nossos dados sugerem que o padrão alimentar e os hábitos alimentares dos pacientes com dispepsia funcional são semelhantes aos do grupo controle. A intolerância alimentar não parece afetar o padrão alimentar e o estado nutricional desses pacientes === Abstrct: Functional dyspepsia is a common diagnosis in clinical practice. Its pathophysiology is still not completely understood. As a consequence, therapeutic strategies are not effective for all patients. Although most patients report that symptoms are related to food ingestion, the investigation on the role of diet in dyspeptic symptoms has been limited to a few studies, with controversial results. The aims of the present study were to assess in a group of functional dyspepsia patients the food and eating patterns, nutritional status, and the food intolerance and its relation with specific dyspeptic symptoms. Forty-one functional dyspepsia patients and thirty healthy volunteers were studied. First, they answered a standardized questionnaire comprising demographic characteristics, medical and nutritional history. Then, they were sent home with a seven-day alimentary diary. Our results showed that, according to BMI data, 56.1% of patients were overweight or obese. There was no significant difference in daily total caloric intake between patients (1516 ± 424.5 kcal) and controls (1545 ± 365.1 kcal; p=0.73). By percent of caloric intake, patients consumed the same proportion of proteins as controls. There was a small, but significant, reduction in the proportion of fat consumed by patients (28.7±5.5% vs 32.7±4%; p=0,001), and an increased proportion of carbohydrates (55.7±4.5% vs 50.5±4.5%; p=0,001). Patients reported the association of dyspeptic symptoms with ingestion of several foods. The sensation of fullness was related to fatty foods and carbohydrates. Epigastric burning and heartburn were related to ingestion of cheese, onion, pepper and coffee. Patients maintained a regular intake of foods associated with dyspeptic symptoms. Considering the eating patterns, nocturnal fasting was higher in dyspeptic patients, due to early dinner. There was a trend (p=0.07) for functional dyspepsia patients to eat less meals for day. In conclusion, our results suggest that food and eating patterns of functional patients are similar to the control group. It appears that food intolerance did not affect food pattern and nutritional status in these patients === Mestrado === Clinica Medica === Mestre em Clinica Medica |
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