Prematuridade e comprimento do colo do útero em gestantes com menos de dezesseis anos

Orientador: Lilia Freire Rodrigues de Souza Li === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-22T07:02:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 D'Agostini_Carla_M.pdf: 700861 bytes, checksum: be95f4db81c48e93d19398a6f...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: D'Agostini, Carla, 1978-
Other Authors: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Format: Others
Language:Multilíngua
Published: [s.n.] 2013
Subjects:
Online Access:D'AGOSTINI, Carla. Prematuridade e comprimento do colo do útero em gestantes com menos de dezesseis anos. 2013. 66 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/310399>. Acesso em: 22 ago. 2018.
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/310399
Description
Summary:Orientador: Lilia Freire Rodrigues de Souza Li === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-22T07:02:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 D'Agostini_Carla_M.pdf: 700861 bytes, checksum: be95f4db81c48e93d19398a6f8e880c2 (MD5) Previous issue date: 2013 === Resumo: O nascimento prematuro é a principal causa de morbidade e mortalidade perinatal. Os estudos avaliando a influência da adolescência na prematuridade são controversos, principalmente em gestantes acima de 16 anos, que não costumam ter desfechos piores que as gestantes adultas. Um dos principais marcadores de risco para o nascimento prematuro em uso é a medida do comprimento do colo do útero por ultrassonografia transvaginal. Avaliar se as gestantes abaixo de 16 anos têm risco aumentado de prematuridade e se têm colos mais curtos é necessário, pois pode ajudar a delinear estratégias de seguimento ou intervenções baseadas no comprimento do colo como marcador de risco. Este estudo subdivide-se em dois capítulos. O primeiro capítulo trata-se de um artigo de revisão sistemática que objetiva verificar se as gestantes com menos de 16 anos têm um risco de prematuridade maior que as gestantes adultas. Foi realizada pesquisa nas bases de dados MEDLINE e LILACS nos últimos dez anos com: os descritores gravidez na adolescência e nascimento prematuro; os descritores gravidez na adolescência e trabalho de parto prematuro; o descritor gravidez na adolescência e a palavra-chave: prematuridade. Foram incluídos 14 estudos, sendo a maioria coortes retrospectivas. Sete destes estudos realizaram controle de possíveis vieses em suas análises estatísticas. Dez dos quatorze estudos avaliados demonstraram associação da idade inferior a 16 anos com nascimento prematuro, sendo que quatro destes tiveram um grande número de pacientes avaliadas com controle de vieses em suas análises (odds ratios variando de 1,5 a 1,7). Podemos concluir que a gestação abaixo de 16 anos está provavelmente associada a um risco inerente de prematuridade quando comparada à gestação adulta. Medidas de prevenção da gestação nesta faixa etária, bem como programas de assistência com o objetivo de minimizar o risco de prematuridade destas pacientes devem ser empregados. O segundo capítulo trata-se de um artigo original que tem por objetivo comparar o comprimento do colo do útero de primigestas menores de 16 anos com primigestas adultas, sendo um estudo transversal, observacional e analítico realizado em primigestas do sistema público de saúde do município de Blumenau (Brasil). Aferiram-se os colos uterinos de primigestas menores de 16 anos e adultas através de técnica previamente validada entre 21 e 24 semanas de idade gestacional. A média do comprimento do colo uterino foi comparada entre os grupos (teste de Mann-Whitney) e a associação da adolescência com colos abaixo de 25 mm foi avaliada (teste exato de Fisher). Oitenta pacientes foram avaliadas (40 adolescentes e 40 adultas). A média do comprimento do colo encontrada nas adolescentes foi de 28 ± 6,6 mm, significativamente menor do que nas adultas (33 ± 4,1 mm) (p <0,0001). A proporção de colos abaixo de 25 mm foi de 27,5% nas adolescentes e 7,5% nas adultas (p <0,02). Assim, conclui-se que as primigestas adolescentes jovens formam um grupo de pacientes com colos mais curtos do que as adultas e com maior proporção de colos menores que 25 mm, merecendo atenção especial na assistência pré-natal quanto ao risco de nascimento prematuro === Abstract: Premature birth is the leading cause of perinatal morbidity and mortality. Studies evaluating the influence of adolescence on prematurity are controversial, especially in pregnant women over 16 years who do not usually have worse outcomes than adult pregnants. The measurement of cervical length by transvaginal ultrasound is one of the main markers of risk for preterm birth. Assess whether women under 16 have an increased risk of prematurity and have shorter cervices is important to outline strategies for follow-up or intervention based on cervical length as a risk marker. This study has two articles. The first article aimed to verify whether pregnant women younger than sixteen years have a higher risk of prematurity than adult women. For this, we did a systematic review of studies comparing preterm birth in teenagers under 16 with adult pregnant women in the last ten years. Fourteen studies were included in the first article, mostly retrospective cohorts. Seven of these studies were accomplished with control of possible biases in its statistical analyses. Ten of the fourteen studies reviewed found an association of age below 16 years with premature birth, and four of these had a large number of patients evaluated, with control of possible biases in its statistical analyses (odds ratios ranging from 1.5 to 1.7). We conclude that pregnancy under 16 years old is probably associated with an inherent risk of preterm birth. Actions to prevent pregnancy in this age group should be employed, as well as specific assistance programs in order to minimize the risk of prematurity in these patients. The second article aimed to compare the length of the cervix in primigravidae under 16 years old with adult primigravidae. An analytical, observational and cross-sectional study was performed with primigravidae under 16 and adults in the public health system in the city of Blumenau (Brazil). Cervical measurements through transvaginal ultrasonography were performed by using a previously validated method, between 21 and 24 weeks of gestation to compare the mean cervical length (Mann-Whitney test) and the frequency of cervices below 25 mm among young adolescents and adult primigravidae (Fisher's exact test). The cervical lengths of 80 patients were measured (40 adolescents and 40 adults). The average length of the uterine cervix found in adolescents was of 28 + / - 6.6 mm and in adults 33 + / - 4.1 mm (p<0.0001) and the proportion of cervices below 25 mm were 27, 5% in adolescents and 7.5% in adults (p<0.02). We concluded that adolescent primigravidae under 16 have shorter cervices than adults, with a higher proportion of cervices shorter than 25 mm. This may be associated with increased risk of preterm delivery in those adolescents who need special attention in prenatal care === Mestrado === Saude da Criança e do Adolescente === Mestra em Ciências