Efeito do exercício físico durante a gravidez sobre o fluxo sanguíneo feto-placentário e o crescimento fetal = ensaio controlado e aleatorizado

Orientadores: João Luiz de Carvalho Pinto e Silva, Melania Maria Ramos de Amorim === Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-19T23:46:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Melo_AdrianaSuelydeOliveira_D.pdf: 1803426 bytes,...

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Bibliographic Details
Main Author: Melo, Adriana Suely de Oliveira, 1970-
Other Authors: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Format: Others
Language:Portuguese
Published: [s.n.] 2012
Subjects:
Online Access:MELO, Adriana Suely de Oliveira. Efeito do exercício físico durante a gravidez sobre o fluxo sanguíneo feto-placentário e o crescimento fetal = ensaio controlado e aleatorizado. 2012. 155 p. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/309853>. Acesso em: 19 ago. 2018.
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/309853
Description
Summary:Orientadores: João Luiz de Carvalho Pinto e Silva, Melania Maria Ramos de Amorim === Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-19T23:46:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Melo_AdrianaSuelydeOliveira_D.pdf: 1803426 bytes, checksum: 1616cc4f0bf8617dfe2ea6d3efb18a75 (MD5) Previous issue date: 2012 === Resumo: Introdução: o crescimento fetal sempre foi um dos grandes receios em relação à prática de exercício durante a gestação. Discute-se se a redistribuição do fluxo sanguíneo feto-placentário durante o exercício físico, com desvio do fluxo das vísceras para a musculatura, poderia levar a uma hipóxia fetal transitória. Objetivo: estudar o impacto do exercício físico supervisionado sobre o fluxo sanguíneo feto-placentário e o crescimento fetal. Métodos: ensaio controlado e aleatorizado (ECA) comparando três grupos de gestantes: início de caminhada com 13 semanas (grupo A), início de caminhada com 20 semanas (grupo B) e um que não realizou exercício físico supervisionado (grupo-controle - C). Foram incluídas 187 gestantes, sendo 62 alocadas para o grupo A, 65 para o B e 60 para o C. Após as perdas, foram avaliados 54 gestantes no grupo A, 60 no B e 57 no C. As gestantes dos grupos de intervenção (A e B) realizaram caminhadas de intensidade moderada três vezes por semana. O nível de condicionamento físico foi avaliado na 13ª, 20ª e 28ª semanas. A evolução do peso fetal, do fluxo sanguíneo útero-placentário e da pressão arterial materna foi avaliada a cada quatro semanas. Avaliou-se também o peso ao nascer. Uma subamostra envolvendo 88 gestantes saudáveis na 36ª semana foi submetida à caminhada de intensidade moderada e cardiotocografia computadorizada (sistema Sonicaid 8002) em três períodos de 20 minutos: repouso, esteira e recuperação pós-esteira. Inicialmente foi realizada análise bivariada para testar a randomização. Para a análise de alguns desfechos avaliados ao longo da gestação (peso fetal, pressão arterial sistólica e diastólica e IP das artérias uterina, umbilical e cerebral média) usou-se o modelo longitudinal. Para avaliar a associação entre bradicardia e as variáveis numéricas foram utilizados ANOVA (continuas) e Kruskall-Wallis (discretas e contínuas sem distribuição normal). Ao final, determinou-se a frequência de bradicardia (FCF menor que 110bpm) e realizou-se análise de regressão logística múltipla stepwise para identificar os principais fatores associados à sua ocorrência. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Estadual da Paraíba, sob o número 0323.0.133.000-07. Resultados: são apresentados sob a forma de dois artigos. A média de dias de caminhada foi de 68 no grupo A e de 46 no B, com todas as gestantes cumprindo mais de 85% do programa de exercício físico, com melhora do condicionamento físico na avaliação realizada na 28ª semana, sendo observadas médias do VO2max: 27,3 ± 4,3 (A), 28 ± 3,3 (B) e 25,5 ± 3,8 (C), p=0,03. Não foi observada diferença entre os grupos nas características basais. A média do peso ao nascer foi de 3279 ± 453g no grupo A, 3285 ± 477g no B e 3378 ± 593g no C (p=0,53), sem influência no percentual de pequenos e grandes para a idade gestacional. Não se observou associação entre o exercício físico e as demais variáveis investigadas (pré-eclâmpsia, evolução do peso fetal, dos níveis pressóricos e do PI das artérias uterina, umbilical e cerebral média). A média da FCF diminuiu durante a caminhada (repouso: 137 bpm; esteira: 102 bpm e recuperação: 140 bpm, p<0,001), com 78% dos fetos apresentando bradicardia. A melhora no condicionamento físico foi considerada efeito protetor e o aumento do peso materno, fator de risco para bradicardia. Conclusões: em mulheres previamente sedentárias, saudáveis e com gestação única, um programa de exercício físico supervisionado, de intensidade moderada até o final da gestação não apresentou impacto significante nos desfechos avaliados, com influência apenas no nível de condicionamento físico. Apesar do alto percentual de bradicardia observado durante a caminhada, em fetos saudáveis, com a capacidade de readaptar-se a situações de redução de fluxo sanguíneo, o exercício físico mostrou-se seguro. Este estudo foi registrado na plataforma Clinical Trials com o número NCT00641550 === Abstract: Introduction: Fetal growth has always been one of the major concerns regarding the practice of exercise during pregnancy, with discussions on whether the redistribution of fetoplacental blood flow during physical exercise and the bypass of blood from the viscera to the muscles could lead to transitory fetal hypoxia. Objective: To study the. E effect of supervised physical exercise on fetoplacental blood flow and fetal growth. Methods: A randomized, controlled trial was conducted to compare three groups of pregnant women: walking initiated at 13 weeks of pregnancy (Group A), walking initiated at 20 weeks of pregnancy (Group B) and a control group of women who did no supervised physical exercise (Group C). Overall, 187 pregnant women were included in the study: 62 allocated to Group A, 65 to Group B and 60 to Group C. After losses, analysis was conducted on 54, 60 and 57 women in Groups A, B and C, respectively. The women in the intervention groups (A and B) walked at moderate intensity three times a week. Physical fitness level was evaluated at the 13th, 20th and 28th weeks. Fetal weight, uteroplacental blood flow and maternal blood pressure were evaluated every four weeks. Birthweight was also assessed. A sub-sample of 88 healthy women in the 36th week of pregnancy was submitted to moderate intensity walking and computerized cardiotocography (Sonicaid 8002 system) during three phases: resting, treadmill walking and recovery. Initially, bivariate analysis was conducted to test the randomization process. For the analysis of some outcomes evaluated throughout pregnancy (fetal weight, systolic and diastolic blood pressure and the pulsatility indices of the uterine, umbilical and middle cerebral arteries), the longitudinal model was used. To evaluate the association between bradycardia and the numerical variables, analysis of variance (ANOVA) was used for continuous variables and the Kruskall-Wallis test for discrete variables and those continuous variables for which distribution was not normal. Finally, the frequency of bradycardia (fetal heart rate <110 bpm) was determined and stepwise multiple logistic regression was performed to identify the principal factors associated with its occurrence. The study was approved by the internal review board of the State University of Paraíba under reference number 0323.0.133.000-07. Results: Findings are reported as two papers. The mean number of days on which exercise was performed was 68 in Group A and 46 in Group B, with all the women completing more than 85% of the physical exercise program. An improvement in physical fitness was registered at the 28th week, as shown by mean VO2max values: 27.3 ± 4.3 (Group A), 28 ± 3.3 (Group B) and 25.5 ± 3.8 (Group C), p = 0.03. No difference was found between the groups with respect to their baseline characteristics. Mean birthweight was 3,279 ± 453 grams in Group A, 3,285 ± 477 grams in Group B and 3,378 ± 593 grams in Group C (p = 0.53). There was no effect of exercise on the number of small- or large-for-gestational-age infants. No association was found between physical exercise and the other variables investigated (preeclampsia, and fetal weight, blood pressure and the pulsatility indices of the uterine, umbilical and middle cerebral arteries throughout pregnancy). Mean fetal heart rate decreased during walking (resting: 137 bpm, treadmill walking: 102 bpm and recovery: 140 bpm; p<0.001), with 78% of fetuses presenting bradycardia. Improvement in physical fitness was considered a protective effect, while an increase in maternal weight represented a risk factor for bradycardia. Conclusions: In previously sedentary, healthy pregnant women bearing a single fetus, a program of supervised physical exercise of moderate intensity up to the end of pregnancy appears to exert no significant effect on the outcomes evaluated, influencing only physical fitness level. Despite the high percentage of bradycardia found during walking, exercise provide to be safe for healthy fetuses with the ability to readapt to situations in which blood flow is reduced. This study was registered on the Clinical Trials platform under reference number NCT00641550 === Doutorado === Saúde Materna e Perinatal === Doutor em Ciências da Saúde