Estudo longitudinal das vias potenciais de transmissão de Streptococcus mutans durante a colonização inicial de bebes de creches publicas da cidade de Piracicaba (São Paulo)
Orientadores: Renata de Oliveira Mattos-Graner, Jose Francisco Hoffling === Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba === Made available in DSpace on 2018-08-09T19:22:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alves_AlessandraCastro_D.pdf: 3592161 bytes, check...
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Previous issue date: 2007 === Resumo: Crianças adquirem Streptococcus mutans durante os primeiros anos de vida, sendo a mãe a principal fonte de infecção. O objetivo deste estudo foi determinar a aquisição inicial de S. mutans em crianças que freqüentam creches, identificando as vias não familiares de transmissão, utilizando a reação em cadeia da polimerase, com primer arbitrário (AP-PCR). 160 bebês entre 5-13 meses de idade, freqüentando 28 creches públicas de Piracicaba (São Paulo) foram acompanhados por 18 meses. Os níveis de infecção por S. mutans nos bebês foram determinados no início e, a cada 6 meses. Foram realizados exames clínicos para verificação dos dentes erupcionados e lesões de cárie. Os perfis de AP-PCR dos isolados de S. mutans das crianças e dos 61 cuidadores das creches foram obtidos, assim como num subgrupo de 16 mães, cujas crianças apresentavam altos níveis de S. mutans. As cepas de S. mutans eram isoladas de amostras de saliva bucais, coletadas através de espátulas esterilizadas e inoculadas em MSB (Mitis Salivarius com Bacitracina). As placas eram incubadas a 37oC em microaerofilia e o número de colônias contadas em área determinada, sob lupa estereoscópica. Oito colônias por criança foram re-isoladas e genotipadas por AP-PCR com o primer OPA-02 e separadas em gel de agarose. Os ensaios de AP-PCR dos isolados de S. mutans nos bebês das mesmas creches, mães-filhos e bebês-cuidadores foram processados nas mesmas reações, separados em mesmo gel e comparadas visualmente. Os amplicons foram considerados similares ou iguais quando a maior parte das bandas eram idênticas. O subgrupo de amplitipos considerados idênticos ou muito semelhantes pela análise visual, tiveram o coeficiente de similaridade de Dice determinado com Fingerprinting II informatix software. S. mutans foram isolados da cavidade bucal dos bebês a partir de 6 meses de idade. No baseline, a prevalência de S. mutans foi 5,6%, aumentando para 15,6% em T6 (seis meses), 32,1% em T12 (doze meses) e 40,3% ao final do estudo (T18). A mediana da aquisição de S. mutans foi de 21 meses. Foram identificados de um a quatro amplitipos distintos por criança. Foram identificadas no total 16 crianças freqüentadoras das mesmas creches compartilhando amplitipos de S. mutans similares, sugerindo transmissão horizontal entre crianças. Das mães examinadas, 68,8% apresentaram altos níveis de S. mutans, variando de 1-4 amplitipos. Apresentaram coincidência de amplitipos 50% dos pares mãe-filho analisados. A análise genotípica dos isolados dos cuidadores e bebês não revelou coincidência, apesar dos altos níveis de S. mutans nos cuidadores (51,5%). A detecção precoce de S. mutans, associada comumente a altos níveis de infecção e diversidade de amplitipos indicam alta exposição a S. mutans durante os primeiros dois anos de idade. A detecção de crianças da mesma creche compartilhando o mesmo amplitipo de S. mutans indica ocorrência de transmissão horizontal de S. mutans nesta população. Estes dados são compatíveis com a freqüência relativamente baixa de similaridade de amplitipos observada entre os pares mãe-filhos(as) === Abstract: Children are more likely to acquire Streptococcus mutans in the oral cavity during the early years of their lives. The mothers are often the main source of S. mutans transmission. This study aimed to identify non-mother potential sources of S. mutans transmission in a population of nursery children during the period of initial colonization, using arbitrarily primed polymerase chain reaction (AP-PCR). 160 infants from 28 public nurseries schools of the city of Piracicaba (Brazil), with initial age between 5-13 months, were enrolled in this prospective study. Levels of S. mutans infection were determined during a 18-month follow-up period, in which children were examined at each 6-month period. Number of erupted teeth and caries were also analyzed. AP-PCR profiles of the children S. mutans isolates were also obtained with the amplitypes of the S. mutans strains that were isolated from their 61 respective day-care nurses. S. mutans isolates obtained from a subset of sixteen mothers whose children harbored high levels of S. mutans were also analyzed by AP-PCR. S. mutans strains were isolated from samples of saliva that were collected with tongue blades and inoculated onto MSB (Mitis Salivarius and Bacitracina). Plates were incubated at 37oC for 48 hours. The number of S. mutans-like colonies was determined using a stereoscopic microscope. Eight isolates of S. mutans per subject were picked up from each plate and pure cultures stored. Genomic DNA purified from the isolates were subjected to AP-PCR using OPA-02. PCR products were electrophoretically resolved in agarose gels. Comparisons of AP-PCR amplicon profiles were performed between children attending the same nursery, and between children and their respective nurse and/or mother by side-by-side visual comparison. Amplitypes were considered similar when all major bands were identical. The degree of similarity of a subset of visually matching strains were also analyzed with the help of the Fingerprinting II informatix software. S. mutans were isolated from children as young as 6 months of age. At baseline (T0), S. mutans were detected in 5.6% of the children. This prevalence increased to 15.6, 32.1 and 40.3% respectivelly at the subsequent follow-up periods (T6, T12, T18). The median age of initial acquisition was 21 months. Children harbored one to four distinct amplitypes. A subset of 16 children carried the same amplitype of their nursery mates in at least one of the phases of the study, suggesting child-child horizontal S. mutans transmission. Amplitype matching among mother-child pairs were detected in 50% of the subset analyzed indicating transmission from mothers to their children. Sixty-eight percent of the mothers were heavily infected. Mothers were colonized by one-four amplitypes. Although most of the nurses harbored high levels of S. mutans (51.5%), their S. mutans amplitypes did not match amplitypes detected in their respective children. Nursery children may be colonized by diverse S. mutans genotypes during the first two years of age in the studied population, and that children may acquire S. mutans by child-child horizontal transmission. That is compatible with the relative low prevalence of S. mutans amplitype matching among child-mother pairs === Doutorado === Microbiologia e Imunologia === Doutor em Biologia Buco-Dental |
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No. of bitstreams: 1 Alves_AlessandraCastro_D.pdf: 3592161 bytes, checksum: de9b96b3bb52ede551a7be86c8b6c2b2 (MD5) Previous issue date: 2007 Resumo: Crianças adquirem Streptococcus mutans durante os primeiros anos de vida, sendo a mãe a principal fonte de infecção. O objetivo deste estudo foi determinar a aquisição inicial de S. mutans em crianças que freqüentam creches, identificando as vias não familiares de transmissão, utilizando a reação em cadeia da polimerase, com primer arbitrário (AP-PCR). 160 bebês entre 5-13 meses de idade, freqüentando 28 creches públicas de Piracicaba (São Paulo) foram acompanhados por 18 meses. Os níveis de infecção por S. mutans nos bebês foram determinados no início e, a cada 6 meses. Foram realizados exames clínicos para verificação dos dentes erupcionados e lesões de cárie. 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O subgrupo de amplitipos considerados idênticos ou muito semelhantes pela análise visual, tiveram o coeficiente de similaridade de Dice determinado com Fingerprinting II informatix software. S. mutans foram isolados da cavidade bucal dos bebês a partir de 6 meses de idade. No baseline, a prevalência de S. mutans foi 5,6%, aumentando para 15,6% em T6 (seis meses), 32,1% em T12 (doze meses) e 40,3% ao final do estudo (T18). A mediana da aquisição de S. mutans foi de 21 meses. Foram identificados de um a quatro amplitipos distintos por criança. Foram identificadas no total 16 crianças freqüentadoras das mesmas creches compartilhando amplitipos de S. mutans similares, sugerindo transmissão horizontal entre crianças. Das mães examinadas, 68,8% apresentaram altos níveis de S. mutans, variando de 1-4 amplitipos. Apresentaram coincidência de amplitipos 50% dos pares mãe-filho analisados. A análise genotípica dos isolados dos cuidadores e bebês não revelou coincidência, apesar dos altos níveis de S. mutans nos cuidadores (51,5%). A detecção precoce de S. mutans, associada comumente a altos níveis de infecção e diversidade de amplitipos indicam alta exposição a S. mutans durante os primeiros dois anos de idade. A detecção de crianças da mesma creche compartilhando o mesmo amplitipo de S. mutans indica ocorrência de transmissão horizontal de S. mutans nesta população. Estes dados são compatíveis com a freqüência relativamente baixa de similaridade de amplitipos observada entre os pares mãe-filhos(as) Abstract: Children are more likely to acquire Streptococcus mutans in the oral cavity during the early years of their lives. The mothers are often the main source of S. mutans transmission. This study aimed to identify non-mother potential sources of S. mutans transmission in a population of nursery children during the period of initial colonization, using arbitrarily primed polymerase chain reaction (AP-PCR). 160 infants from 28 public nurseries schools of the city of Piracicaba (Brazil), with initial age between 5-13 months, were enrolled in this prospective study. Levels of S. mutans infection were determined during a 18-month follow-up period, in which children were examined at each 6-month period. Number of erupted teeth and caries were also analyzed. AP-PCR profiles of the children S. mutans isolates were also obtained with the amplitypes of the S. mutans strains that were isolated from their 61 respective day-care nurses. S. mutans isolates obtained from a subset of sixteen mothers whose children harbored high levels of S. mutans were also analyzed by AP-PCR. 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S. mutans were isolated from children as young as 6 months of age. At baseline (T0), S. mutans were detected in 5.6% of the children. This prevalence increased to 15.6, 32.1 and 40.3% respectivelly at the subsequent follow-up periods (T6, T12, T18). The median age of initial acquisition was 21 months. Children harbored one to four distinct amplitypes. A subset of 16 children carried the same amplitype of their nursery mates in at least one of the phases of the study, suggesting child-child horizontal S. mutans transmission. Amplitype matching among mother-child pairs were detected in 50% of the subset analyzed indicating transmission from mothers to their children. Sixty-eight percent of the mothers were heavily infected. Mothers were colonized by one-four amplitypes. Although most of the nurses harbored high levels of S. mutans (51.5%), their S. mutans amplitypes did not match amplitypes detected in their respective children. 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