Planejamento regional e transformação da agricultura tradicional-lições da experiencia no estado do Piaui

Orientador: Bastiaan Philip Reydon === Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia === Made available in DSpace on 2018-07-24T16:00:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 VelosoFilho_FranciscodeAssis_D.pdf: 6502680 bytes, checksum: 9abbc98e5361f6eec9d236df25cff5eb (MD5) Pr...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Veloso Filho, Francisco de Assis
Other Authors: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Format: Others
Language:Portuguese
Published: [s.n.] 1998
Subjects:
Online Access:VELOSO FILHO, Francisco de Assis. Planejamento regional e transformação da agricultura tradicional-lições da experiencia no estado do Piaui. 1998. 248f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/285648>. Acesso em: 24 jul. 2018.
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/285648
Description
Summary:Orientador: Bastiaan Philip Reydon === Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia === Made available in DSpace on 2018-07-24T16:00:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 VelosoFilho_FranciscodeAssis_D.pdf: 6502680 bytes, checksum: 9abbc98e5361f6eec9d236df25cff5eb (MD5) Previous issue date: 1998 === Resumo: Este trabalho tem por objetivo discutir e levantar elementos para a formulação de políticas de desenvolvimento regional, com foco sobre questões rurais, considerando o caso do Estado do Piauí, no período de 1970 a 1995, com base em um conjunto de interpretações conceituais sobre planejamento regional e desenvolvimento agrícola. Os planos e os programas governamentais, no período considerado, propuseram modelos de desenvolvimento baseados na "vocação agrícola" do Piauí, buscando a modernização da agropecuária para fins de fortalecimento do mercado interno e de deflagração de um processo de crescimento auto-sustentado. A modernização da agropecuária, elemento chave do modelo de desenvolvimento, seria perseguida por uma estratégia de "desenvolvimento rural integrado", assentada na pequena produção agrícola, com o setor público responsabilizando-se pela remoção dos obstáculos estruturais e pela oferta da infra-es~rutura econômica e dos serviços de apoio agropecuário. Uma avaliação dessa experiência de um quarto de século aponta para o fracasso desse modelo de desenvolvimento regional: a agropecuária não se tornou o setor mais dinâmico da economia estadual e não alavancou o seu crescimento; o produto agrícola evoluiu com oscilações bruscas; as condições de renda e de vida das pessoas com atividades agrícolas continuam abaixo das médias nacionais e regionais, bem assim os indicadores técnicos de modernização dessas atividades; e a pequena produção contribui cada vez menos para o produto agrícola. Por que fracassaram esses esforços para modernização agrícola segundo a estratégia adotada? Principalmente porque as políticas governamentais não avançaram no entendimento daquilo que pretendiam transformar - a agricultura tradicional, - e das possibilidades dessa transformação, dentro de um padrão de desenvolvimento agrícola definido ao longo deste século, resultando na formação de "complexos agroindustriais". A agricultura tradicional constitui um "complexo rural" e configurou-se na região Nordeste como a "fazenda sertaneja", consorciando uma atividade para fins comerciais, geralmente o algodão. com a pecuária extensiva e os cultivos de subsistência. O uso do sistema de pousio é a característica técnica típica dessa forma de agricultura. Essa estrutura agrária expande-se horizontalmente e permite o crescimento populacional, embora esteja sujeita a crises periódicas devido à sua inadequação às condições ambientais. Sua dinâmica interna é dada predominantemente pela "pressão demográfica". Considerando-se a evolução geral do padrão agrícola, as experiências de promoção do desenvolvimento regional e a dinâmica interna dessas estruturas rurais, observa-se que são pequenas as possibilidades de transformação da agricultura tradicional, isto é, de modernização generalizada dos segmentos dessa estrutura, especialmente da agricultura de subsistência, maior reservatório de mão-de-obra. Contudo, há possibilidades de modernização em segmentos de atividades agrícolas onde predominam unidades produtivas com pequeno volume de capital (microempresas), segundo a evolução dos processos de inovação tecnológica e a conjugação de fatores sistêmicos, estruturais e intrafirmas que definem a competitividade das empresas nesses negócios. Em conclusão, um modelo 'de desenvolvimento econômico regional, na escala de uma unidade da federação, não deve considerar a agropecuária como deflagradora de um processo de crescimento e nem deve apoiar a estratégia de modernização agrícola na pequena produção. É preciso reconhecer as determinações de ordem mais geral da evolução do padrão agrícola, que avançou no sentido da consolidação dos complexos agroindustriais. Reconhecendo-se as limitações de escala mais ampla, pode-se direcionar as políticas de desenvolvimento regional e agrícola para a viabilização do pequeno capital naqueles segmentos que permitem sua permanência em condições de competitividade e encaminhar políticas específicas de combate à pobreza rural, sem a expectativa de transformar generalizadamente agricultores de subsistência em produtores especializados e inseridos nos mercados agrícolas === Abstract: Not informed. === Doutorado === Doutor em Economia