O discurso da diversidade = a definição da diferença a partir da world music

Orientador: Renato José Pinto Ortiz === Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas === Made available in DSpace on 2018-08-19T21:01:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 NicolauNetto_Michel_D.pdf: 5232732 bytes, checksum: 923f6a074b8a670cc13eeebf7eb461e...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Nicolau Netto, Michel, 1978-
Other Authors: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Format: Others
Language:Portuguese
Published: [s.n.] 2012
Subjects:
Online Access:NICOLAU NETTO, Michel. O discurso da diversidade = a definição da diferença a partir da world music. 2012. 391 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/280864>. Acesso em: 19 ago. 2018.
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Multiculturalismo
Exotismo na arte
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Nicolau Netto, Michel, 1978-
O discurso da diversidade = a definição da diferença a partir da world music
description Orientador: Renato José Pinto Ortiz === Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas === Made available in DSpace on 2018-08-19T21:01:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 NicolauNetto_Michel_D.pdf: 5232732 bytes, checksum: 923f6a074b8a670cc13eeebf7eb461e8 (MD5) Previous issue date: 2012 === Resumo: A valorização contemporânea da diversidade revela um mundo atento à diferença. De fato, se um dia lutávamos pelo direito de sermos iguais, hoje, paradoxalmente, também clamamos pelo reconhecimento de nossas diferenças. Nesse sentido, vozes que discursam sobre essas diferenças hoje precisam ser ouvidas e ressoam pelo mundo ao habitarem o espaço global. Contudo, de que diferenças estamos falando? A permanência de nosso olhar no seio das relações sociais muitas vezes impede que notemos que, na verdade, as diferenças são construídas social e historicamente. Não basta que as coisas se diferenciem, mas é preciso um contexto no qual seja possível a seleção de índices suficientes de diferenciação para que essas sejam classificadas e, por consequência, hierarquizadas. Dessa forma, duas coisas se diferenciam apenas quando índices específicos são legitimados e, então, discursados. Por isso, a diferença é necessariamente uma construção discursiva que se realiza pelas próprias práticas discursivas, mas que somente podem surgir em relação a determinadas realidades concretas. No século XIX a diferença fora construída a partir da organização do exótico. É em relação a ele, em um momento no qual o discurso universal e a nação criavam a separação entre internalidades e externalidades centradas no imperialismo europeu, que a diferença fora articulada. Na contemporaneidade, contudo, o mundo perde seu centro e as relações entre externo e interno não mais podem organizar um discurso, sendo esse percebido na diversidade. O discurso da diversidade, portanto, surge na contemporaneidade como forma de ordenar o diferente a partir de bases concretas na sociedade, mas também por interrelações entre enunciados específicos. Podemos notar a operação desse discurso ao voltarmos nossos olhos para um objeto específico: World Music. Nele, a música é valorizada pela própria diferença, sendo então necessário se compreender quais os índices tornados suficientes para a diferenciação. Propomos que neste objeto os índices privilegiados são o local e a etnia. Com essa mirada, então, mais importam as forças relacionadas à determinação dos índices do que a tentativa de se perceber um mundo mais ou menos homogêneo. É dessa forma que poderemos compreender as implicações sociais e o condicionamento das vozes presentes no discurso da diversidade === Abstract: The value given to diversity in our times shows just how attentive the world is to difference. In fact, where we once fought for equal rights we now look to establish our sense of difference. In this sense, voices who speak about these differences need to be heard today and resonate throughout the world. But what differences are we talking about? The permanence of our attention within social relations often prevents us from noticing that, in fact, we're talking about differences that are socially and historically constructed, and therefore of interest to sociology. It's not enough that things are distinct, but we need a context in which it is possible to select sufficient levels of differentiation for things to be classified and consequently put in hierarchies. Thus, two things are different when specific factors are legitimized and then discoursed. Therefore, the difference is necessarily a discursive construction that takes place by their own discursive practices, but that can only arise in relation to certain realities. In the nineteenth century, difference was built from the organization of the exotic. And it's in relation to this, at a time in which the universal discourse and the nation, centrered on European imperialism, created the separation between the internalist and the externalist view, that the difference was articulated. In contemporary times, however, the world loses its centre and the relationship between internal and external can no longer organise a discourse, this being perceived in the diversity. The discourse of diversity, therefore, arises in the contemporary world as a way to order the different from concrete foundations in society, but also by interrelationships between specific enounciation. We can note the operation of this discourse by examining a specific object: World Music. In it, the music is valued by the difference, so one needs to understand what are the factors that make the differentiation sufficient. We propose that with this object the privileged factors are location and ethnicity. With this look, then, it's of importance to understand the forces related to the determination of these factors rather than the attempt to realize a more or less homogeneous world. And so we can understand the social implications and the conditioning of the voices present in the discourse of diversity === Doutorado === Sociologia === Doutor em Sociologia
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spelling ndltd-IBICT-oai-repositorio.unicamp.br-REPOSIP-2808642019-01-21T21:15:29Z O discurso da diversidade = a definição da diferença a partir da world music The discourse of diversity : the definition of difference through world music Nicolau Netto, Michel, 1978- UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Ortiz, Renato, 1947- Ortiz, Renato José Pint Ridenti, Marcelo Siqueira Zan, José Roberto Botelho, André Pereira Sandroni, Carlos Cultura popular Música popular Música e globalização Multiculturalismo Exotismo na arte Popular culture Popular music Music and globalization Multiculturalism Exoticism in art Orientador: Renato José Pinto Ortiz Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Made available in DSpace on 2018-08-19T21:01:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 NicolauNetto_Michel_D.pdf: 5232732 bytes, checksum: 923f6a074b8a670cc13eeebf7eb461e8 (MD5) Previous issue date: 2012 Resumo: A valorização contemporânea da diversidade revela um mundo atento à diferença. De fato, se um dia lutávamos pelo direito de sermos iguais, hoje, paradoxalmente, também clamamos pelo reconhecimento de nossas diferenças. Nesse sentido, vozes que discursam sobre essas diferenças hoje precisam ser ouvidas e ressoam pelo mundo ao habitarem o espaço global. Contudo, de que diferenças estamos falando? A permanência de nosso olhar no seio das relações sociais muitas vezes impede que notemos que, na verdade, as diferenças são construídas social e historicamente. Não basta que as coisas se diferenciem, mas é preciso um contexto no qual seja possível a seleção de índices suficientes de diferenciação para que essas sejam classificadas e, por consequência, hierarquizadas. Dessa forma, duas coisas se diferenciam apenas quando índices específicos são legitimados e, então, discursados. Por isso, a diferença é necessariamente uma construção discursiva que se realiza pelas próprias práticas discursivas, mas que somente podem surgir em relação a determinadas realidades concretas. No século XIX a diferença fora construída a partir da organização do exótico. É em relação a ele, em um momento no qual o discurso universal e a nação criavam a separação entre internalidades e externalidades centradas no imperialismo europeu, que a diferença fora articulada. Na contemporaneidade, contudo, o mundo perde seu centro e as relações entre externo e interno não mais podem organizar um discurso, sendo esse percebido na diversidade. O discurso da diversidade, portanto, surge na contemporaneidade como forma de ordenar o diferente a partir de bases concretas na sociedade, mas também por interrelações entre enunciados específicos. Podemos notar a operação desse discurso ao voltarmos nossos olhos para um objeto específico: World Music. Nele, a música é valorizada pela própria diferença, sendo então necessário se compreender quais os índices tornados suficientes para a diferenciação. Propomos que neste objeto os índices privilegiados são o local e a etnia. Com essa mirada, então, mais importam as forças relacionadas à determinação dos índices do que a tentativa de se perceber um mundo mais ou menos homogêneo. É dessa forma que poderemos compreender as implicações sociais e o condicionamento das vozes presentes no discurso da diversidade Abstract: The value given to diversity in our times shows just how attentive the world is to difference. In fact, where we once fought for equal rights we now look to establish our sense of difference. In this sense, voices who speak about these differences need to be heard today and resonate throughout the world. But what differences are we talking about? The permanence of our attention within social relations often prevents us from noticing that, in fact, we're talking about differences that are socially and historically constructed, and therefore of interest to sociology. It's not enough that things are distinct, but we need a context in which it is possible to select sufficient levels of differentiation for things to be classified and consequently put in hierarchies. Thus, two things are different when specific factors are legitimized and then discoursed. Therefore, the difference is necessarily a discursive construction that takes place by their own discursive practices, but that can only arise in relation to certain realities. In the nineteenth century, difference was built from the organization of the exotic. And it's in relation to this, at a time in which the universal discourse and the nation, centrered on European imperialism, created the separation between the internalist and the externalist view, that the difference was articulated. In contemporary times, however, the world loses its centre and the relationship between internal and external can no longer organise a discourse, this being perceived in the diversity. The discourse of diversity, therefore, arises in the contemporary world as a way to order the different from concrete foundations in society, but also by interrelationships between specific enounciation. We can note the operation of this discourse by examining a specific object: World Music. In it, the music is valued by the difference, so one needs to understand what are the factors that make the differentiation sufficient. We propose that with this object the privileged factors are location and ethnicity. 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