Organismos geneticamente modificados : as noções de risco na visão de empresas processadoras, organizações não governamentais e consumidores
Orientador: Maria Suely Kofes === Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas === Made available in DSpace on 2018-08-20T20:35:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Castro_BianccaScarpelinede_D.pdf: 9836163 bytes, checksum: 72198f09f9470a00ea4e6ef309bc8c...
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Organismos transgênicos - Avaliação de riscos Organizações não-governamentais Consumidores Transgenic organisms - Risk assessment Non-governmental organizations Consumers Castro, Biancca Scarpeline de, 1980- Organismos geneticamente modificados : as noções de risco na visão de empresas processadoras, organizações não governamentais e consumidores |
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Orientador: Maria Suely Kofes === Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas === Made available in DSpace on 2018-08-20T20:35:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 === Resumo: A introdução e difusão dos organismos geneticamente modificados no Brasil geraram inúmeras disputas políticas, jurídicas, científicas e econômicas, que são enfrentadas como conflitos sobre riscos. Seguindo as pistas dessas contendas, esta tese analisa as distintas noções de riscos associados à utilização desses organismos para as empresas processadoras de grãos, as organizações não governamentais e consumidores, entrevistados em sete cidades do país. Procurou-se compreender as características dessas noções, problematizando-as com as análises de diferentes autores que discutem o conceito de risco dentro das ciências sociais, como Douglas, Foucault, Giddens, Castel e principalmente Beck. A análise mostrou que existem diferentes noções de riscos associados aos transgênicos, que variam de acordo com a visão de mundo daqueles que os anunciam. Entre os riscos destacados apareceram preocupações ambientais, éticas e sobre a saúde, no entanto, as questões socioeconômicas se destacaram nas entrevistas realizadas. As organizações não governamentais contrárias aos transgênicos enfatizaram que a sua utilização poderia gerar riscos para a manutenção da agricultura familiar, as organizações favoráveis ressaltam que a rejeição desses organismos poderia gerar riscos para a competitividade da agricultura brasileira e as empresas processadoras de grãos declararam que esse assunto deve ser definido pelo mercado. Essas noções de riscos parecem se referir às tradicionais disputas ligadas ao meio rural no país. Em adição, esses grupos de atores colocam no consumidor a responsabilidade por definir os destinos do mercado de transgênicos, com destaque para a importância da rotulagem nessa atribuição. Os consumidores entrevistados, por sua vez, manifestaram uma alta confiança nos órgão governamentais e científicos que aprovam o consumo de alimentos. A maioria afirmou que sabe o que são organismos geneticamente modificados e que os consumiriam. Declararam que os seus medos associados à alimentação se referem à contaminação química e biológica dos alimentos, bem como aos problemas associados a uma má nutrição (excesso de peso, doenças, etc). Contudo, foi verificado que enquanto há uma tentativa por parte das empresas e governo de desmobilizar a participação e desqualificar as opiniões dos consumidores, há uma tentativa das organizações não governamentais e movimentos sociais de politizar seu consumo === Abstract: The introduction and dissemination of genetically modified organisms (GMO) in Brazil have generated numerous political disputes, legal, scientific and economic, that are faced as conflicts over risks. Following the tracks of these disputes, this thesis examines the different notions of risk associated with the use of these organisms for grain processing companies, non-governmental organizations and consumers, interviewed in seven cities. The objective was to understand the characteristics of these notions, discussing it with the analysis of different authors who debate the concept of risk within the social sciences, such as Douglas, Foucault, Giddens, Castel and especially Beck. The analysis showed that there are different notions of risks associated with GM crops, which vary according to the perspective of each stakeholder. Environmental, ethical and health concerns were pointed out, however, socioeconomic issues were highlighted in the interviews. Non-governmental organizations opposed to GM emphasized that their use could generate risks to the maintenance of family farming; the organizations in favor point out that the rejection of these organisms could create risks for the competitiveness of Brazilian agriculture; and grain processing companies stated that this matter must be set on the market. These notions of risk seem to refer to traditional disputes related to rural areas in the country. In addition, those groups of actors believe that the responsibility for setting up the targets within the market of GM products rest upon consumers, highlighting the importance of labeling for this task. In turn, the interviewed consumers expressed high confidence in government and scientific bodies that approve food products for consumption. Most said they know what genetically modified organisms are, and that they would consume them. They stated that their fears associated with food refer to chemical and biological contamination of food, and the problems associated with malnutrition (overweight, diseases, etc.). However, it was found that, while there is an attempt by business and government to demobilize participation and disqualify the opinions of consumers, there is an attempt by non-governmental organizations and social movements to politicize the consumption of GM products === Doutorado === Ciencias Sociais === Doutor em Ciências Sociais |
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No. of bitstreams: 1 Castro_BianccaScarpelinede_D.pdf: 9836163 bytes, checksum: 72198f09f9470a00ea4e6ef309bc8c84 (MD5) Previous issue date: 2012 Resumo: A introdução e difusão dos organismos geneticamente modificados no Brasil geraram inúmeras disputas políticas, jurídicas, científicas e econômicas, que são enfrentadas como conflitos sobre riscos. Seguindo as pistas dessas contendas, esta tese analisa as distintas noções de riscos associados à utilização desses organismos para as empresas processadoras de grãos, as organizações não governamentais e consumidores, entrevistados em sete cidades do país. Procurou-se compreender as características dessas noções, problematizando-as com as análises de diferentes autores que discutem o conceito de risco dentro das ciências sociais, como Douglas, Foucault, Giddens, Castel e principalmente Beck. 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Em adição, esses grupos de atores colocam no consumidor a responsabilidade por definir os destinos do mercado de transgênicos, com destaque para a importância da rotulagem nessa atribuição. Os consumidores entrevistados, por sua vez, manifestaram uma alta confiança nos órgão governamentais e científicos que aprovam o consumo de alimentos. A maioria afirmou que sabe o que são organismos geneticamente modificados e que os consumiriam. Declararam que os seus medos associados à alimentação se referem à contaminação química e biológica dos alimentos, bem como aos problemas associados a uma má nutrição (excesso de peso, doenças, etc). Contudo, foi verificado que enquanto há uma tentativa por parte das empresas e governo de desmobilizar a participação e desqualificar as opiniões dos consumidores, há uma tentativa das organizações não governamentais e movimentos sociais de politizar seu consumo Abstract: The introduction and dissemination of genetically modified organisms (GMO) in Brazil have generated numerous political disputes, legal, scientific and economic, that are faced as conflicts over risks. Following the tracks of these disputes, this thesis examines the different notions of risk associated with the use of these organisms for grain processing companies, non-governmental organizations and consumers, interviewed in seven cities. The objective was to understand the characteristics of these notions, discussing it with the analysis of different authors who debate the concept of risk within the social sciences, such as Douglas, Foucault, Giddens, Castel and especially Beck. 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