Os campos de Araraquara : um estudo de historia indigena no interior paulista
Orientador: John Manuel Monteiro === Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas === Made available in DSpace on 2018-08-05T21:26:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mano_Marcel_D.pdf: 2917127 bytes, checksum: 02191495543c110fc75b379e3893d13c (MD5) P...
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Previous issue date: 2006 === Resumo: Este trabalho conjuga interesses da história e da antropologia, partindo ao mesmo tempo de uma certeza e uma constatação. A certeza de que as explicações históricas sobre a formação de uma determinada área ou região devem inserir em seus discursos os povos indígenas e seus contextos; e a constatação da irrelevância dada para a construção de uma história sobre os índios nos Campos de Araraquara. Com objetivo de contribuir ao estudo do povoamento humano proto-histórico e histórico dos denominados Campos, o trabalho estuda e analisa as informações históricas, bibliográficas, arqueológicas e ecológicas referentes à área em estudo e aos povos indígenas que a ocupavam. Nesse sentido, foi trabalhada uma vasta fonte de documentos que incluem a documentação histórica deixada por agentes da administração colonial, cronistas, viajantes, padres e exploradores que entre os séculos XVII e XIX atuaram na região; bem como informações bibliográficas da historiografia regional e dados sobre a arqueologia paulista em geral e dos Campos de Araraquara em particular. Essa área, geograficamente situada no interior do atual estado de São Paulo e delimitada pelos rios Tietê, Mogi-Guaçu, Grande e Paraná, é aqui considerada uma unidade passível de investigação em virtude do seu modo de aparecimento na documentação e na cartografia paulista dos séculos XVII ao XIX. Como área geográfica ou espaço físico onde ocorre a adaptação humana, essa região não apresenta uma homogeneidade ecológica, mas comporta uma variabilidade de ecossistemas interligados que vão da floresta ao cerrado. Isso permitiu avaliar e constatar que as populações humanas dos períodos colonial e pré-colonial desenvolveram estratégias adaptativas voltadas para a exploração e manejo de recursos diversificados. Do ponto de vista da antropologia, uma leitura dos documentos arqueológicos e escritos, consubstanciados por projeções etnográficas, permitiram retirar pistas, marcas ou sinais para entender essa área como de trânsito e ocupação de povos indígenas culturalmente diferentes. Desde os vestígios líticos associados a grupos exclusivamente caçadores¿coletores-pescadores até os vestígios ceramistas de grupos agricultores, os dados apontaram para a ocupação de grupos associados a tradições centrais e meridionais. Nas fontes históricas, as menções aos povos indígenas da área não aparecem de forma diferente, indicando a ocupação e trânsito de diferentes etnias. Ao discutir o contexto desses diferentes registros históricos, ecológicos e arqueológicos, o trabalho mapeia e estuda essas ocupações, reavaliando alguns enganos e distorções da historiografia regional === Abstract: This study incorporates interests relating to history and anthropology, having as a starting point a certainty and a confirmation. The certainty has to do with the fact that historical explanations about the formation of a certain area or region must incorporate in their discourse the Indian people and their contexts; the confirmation relates to the irrelevance given to the construction of a history of the Indians in the 'Campos de Araraquara¿ (Araraquara Fields). Aiming at contributing to the study of the proto-historical and historical human settling in the so called 'Campos¿, this paper studies and analyses the historical, bibliographical, archaeological and ecological information relating to the area under study and to the Indian population which inhabited it. In this sense, a vast range of documents was analysed, including historical documentation left by agents of the colonial administration, chroniclers, travellers, priests and explorers, which, between the XVII and XIX centuries carried out their jobs in the region; bibliographical information pertaining to the regional historiography and data about 'paulista¿ archaeology in general and of the 'Campos de Araraquara¿ in particular, were also analysed. This area, geographically situated in the interior of the current state of São Paulo and bound by the rivers Tietê, Mogi-Guaçu, Grande and Paraná, is herein considered an area subject to investigation, due to the manner of its appearance in the documentation and São Paulo state cartography from the XVII to the XIX centuries. As a geographical area or physical space where human adaptation occurs, this region does not present an ecological homogeneity, but shows a variety of interlinked ecosystems, which include forests and 'cerrado¿ (a Brazilian type of vegetation: meadows covered with bushes and small trees with twisted branches). This led to the evaluation and verification that the human populations of the colonial and pre-colonial periods, developed adaptive strategies linked to exploration and management of a variety of resources. From the point of view of anthropology, a study of the archaeological writings and documents, confirmed by ethnographical projections, allowed for the discovery of clues, marks or signs that lead to the understanding of this area as a transit area and area of occupation for Indian people of different cultures. From the lithic vestiges, associated to groups that are exclusively hunters-collectors-fishermen to the ceramic vestiges of agriculture groups, the data points to the occupation of groups associated to the central and meridian traditions. In the historical sources, any mention of Indian peoples in the area does not appear in a different form, indicating the occupation and transit of different ethnical groups. While discussing the context of these different historical, ecological and archaeological registers, the study maps out this occupation, re-evaluating mistakes and distortions in the regional historiography === Doutorado === Doutor em Ciências Sociais |
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A certeza de que as explicações históricas sobre a formação de uma determinada área ou região devem inserir em seus discursos os povos indígenas e seus contextos; e a constatação da irrelevância dada para a construção de uma história sobre os índios nos Campos de Araraquara. Com objetivo de contribuir ao estudo do povoamento humano proto-histórico e histórico dos denominados Campos, o trabalho estuda e analisa as informações históricas, bibliográficas, arqueológicas e ecológicas referentes à área em estudo e aos povos indígenas que a ocupavam. Nesse sentido, foi trabalhada uma vasta fonte de documentos que incluem a documentação histórica deixada por agentes da administração colonial, cronistas, viajantes, padres e exploradores que entre os séculos XVII e XIX atuaram na região; bem como informações bibliográficas da historiografia regional e dados sobre a arqueologia paulista em geral e dos Campos de Araraquara em particular. Essa área, geograficamente situada no interior do atual estado de São Paulo e delimitada pelos rios Tietê, Mogi-Guaçu, Grande e Paraná, é aqui considerada uma unidade passível de investigação em virtude do seu modo de aparecimento na documentação e na cartografia paulista dos séculos XVII ao XIX. Como área geográfica ou espaço físico onde ocorre a adaptação humana, essa região não apresenta uma homogeneidade ecológica, mas comporta uma variabilidade de ecossistemas interligados que vão da floresta ao cerrado. Isso permitiu avaliar e constatar que as populações humanas dos períodos colonial e pré-colonial desenvolveram estratégias adaptativas voltadas para a exploração e manejo de recursos diversificados. Do ponto de vista da antropologia, uma leitura dos documentos arqueológicos e escritos, consubstanciados por projeções etnográficas, permitiram retirar pistas, marcas ou sinais para entender essa área como de trânsito e ocupação de povos indígenas culturalmente diferentes. 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Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/280084>. Acesso em: 5 ago. 2018. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/280084 por info:eu-repo/semantics/openAccess 357p. : il. application/pdf [s.n.] Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas reponame:Repositório Institucional da Unicamp instname:Universidade Estadual de Campinas instacron:UNICAMP |