O controle da infância = caminhos da medicalização

Orientador: Maria Lygia Quartim de Moraes === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas === Made available in DSpace on 2018-08-19T01:13:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Barbarini_TatianaAndrade_M.pdf: 1839081 bytes, checksum: 7b2de3ce818598...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Barbarini, Tatiana Andrade, 1984-
Other Authors: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Format: Others
Language:Portuguese
Published: [s.n.] 2011
Subjects:
Online Access:BARBARINI, Tatiana Andrade. O controle da infância = caminhos da medicalização. 2011. 192 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/278993>. Acesso em: 18 ago. 2018.
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Estigma (Psicologia social)
Crianças - Aspectos sociais
Attention-deficit hyperactivity disorder
Stigma (Social psychology)
Children - Social aspects
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Barbarini, Tatiana Andrade, 1984-
O controle da infância = caminhos da medicalização
description Orientador: Maria Lygia Quartim de Moraes === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas === Made available in DSpace on 2018-08-19T01:13:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Barbarini_TatianaAndrade_M.pdf: 1839081 bytes, checksum: 7b2de3ce818598665618aef8fcd37332 (MD5) Previous issue date: 2011 === Resumo: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno mental infantil que tem ganhado evidência nos ambulatórios e consultórios médicos, escolas e mídia. Não parar, parecer estar no "mundo da lua" e não obedecer às ordens dos adultos são alguns indícios, entre tantos outros, de que a criança é uma potencial portadora de TDAH. Ao considerar-se que o TDAH tem origem em disfunções genéticas e neurológicas, encerra-se o problema no corpo individual, em sua constituição biológica, o que dá autoridade aos médicos psiquiatras para diagnosticar e propor tratamentos - sendo o uso de medicamentos psicoestimulantes o método mais utilizado - e deixam-se de lado questões sociais, históricas, culturais, econômicas e políticas importantes. Assim, nesta dissertação pretende-se analisar e interpretar o TDAH, seu diagnóstico e seu tratamento médico (psiquiátrico) e medicamentoso designados a crianças, a fim de desnaturalizá-los e desvendar suas relações com a sociedade contemporânea. Nesse sentido, são explorados temas como a definição clínica do transtorno, os processos de medicalização social, patologização e estigmatização de comportamentos infantis e as imagens da criança com TDAH, estabelecendo o diálogo entre TDAH, sociedade e infância. A metodologia escolhida engloba uma pesquisa qualitativa etnográfica, dispondo de métodos e técnicas de observação participativa no Ambulatório de Psiquiatria Infantil do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas; de entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde atuantes no referido ambulatório, crianças, entre seis e doze anos de idade, diagnosticadas como portadoras do TDAH e atendidas no local, e seus pais ou representantes legais; e de produção e interpretação de desenhos infantis. Portanto, a partir das pesquisas bibliográfica e de campo, entende-se que o TDAH e seu tratamento psiquiátrico e medicamentoso definem-se como fenômenos complexos que ultrapassam os limites do campo da biologia e medicina por possuírem raízes sociais, históricas e culturais ligadas a uma sociedade que valoriza as crianças como vir-a-ser, como seres em formação para a vida adulta ativa, e que as enquadra em normas e regras socialmente definidas sobre comportamentos adequados. A partir dessa conformação, além de se fornecer pouco espaço à expressão infantil, classificam-se, punem-se e tenta-se corrigir as crianças que se desviam, entre elas, as crianças com TDAH. Portanto, é possível entender o TDAH e seu tratamento (especialmente o medicamentoso) como mecanismos de biopoder === Abstract: Attention Deficit/Hyperactive Disorder (ADHD) is a child mental disorder which has been increasingly drawing attention from medical clinics, schools and media. Being in constant active, seeming aloof and not obeying adults' orders are some signs, along with so many others, that indicate a child is a potential ADHD bearer. When it is considered that ADHD has a genetic neurological dysfunction cause, the problem becomes restricted to the individual, in his/her biological constitution. This gives psychiatrists authority to diagnose and prescribe treatments - the use of psycho stimulant drugs being the main one. However this approach disregards important social, historical, cultural, economical, and political questions. Therefore, in this dissertation I aim to analyze and understand ADHD, its diagnosis, its drugs and the medical (psychiatric) treatment given to children in order to denaturalize them and reveal their relations with contemporary society. In this way, some themes are investigated, such as the disorder clinical definition, the processes of social medicalization and the pathologization and stigmatization of some children's behaviors, and these children's images, establishing the dialogue among ADHD, society, and childhood. The methodology chosen covers an ethnographic qualitative research, with methods and techniques of participative observation at "Ambulatório de Psiquiatria Infantil do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas"; semi-structured interviews with health professionals from the above-mentioned clinic, children from six to twelve years old diagnosed as ADHD bearers and treated there, and their parents or legal guardians; as well as by interpreting children's drawings. Thus, from bibliographic and field research, it is understood that ADHD and its medicamental and psychiatric treatment are complex phenomena which surpass Biology and Medicine field limits because of their social, historical, and cultural roots. They are connected to a society which values the child as a developing human being into an active adult life, and conforms them to socially defined principles and rules about proper behaviors. This conformation gives little room to child expression and, moreover, label, punish, and try to correct deviant children, among them, children with ADHD. Hence, it is possible to understand ADHD and its treatment (especially medicamental one) as mechanisms of bio-power === Mestrado === Sociologia === Mestre em Sociologia
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spelling ndltd-IBICT-oai-repositorio.unicamp.br-REPOSIP-2789932019-01-21T21:13:49Z O controle da infância = caminhos da medicalização The control of childhood : ways of the medicalization Barbarini, Tatiana Andrade, 1984- UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Moraes, Maria Lygia Quartim de, 1943- Rivorêdo, Carlos Roberto Soares Freire de Augusto, Maria Helena Oliva Distúrbio da falta de atenção com hiperatividade Estigma (Psicologia social) Crianças - Aspectos sociais Attention-deficit hyperactivity disorder Stigma (Social psychology) Children - Social aspects Orientador: Maria Lygia Quartim de Moraes Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Made available in DSpace on 2018-08-19T01:13:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Barbarini_TatianaAndrade_M.pdf: 1839081 bytes, checksum: 7b2de3ce818598665618aef8fcd37332 (MD5) Previous issue date: 2011 Resumo: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno mental infantil que tem ganhado evidência nos ambulatórios e consultórios médicos, escolas e mídia. Não parar, parecer estar no "mundo da lua" e não obedecer às ordens dos adultos são alguns indícios, entre tantos outros, de que a criança é uma potencial portadora de TDAH. Ao considerar-se que o TDAH tem origem em disfunções genéticas e neurológicas, encerra-se o problema no corpo individual, em sua constituição biológica, o que dá autoridade aos médicos psiquiatras para diagnosticar e propor tratamentos - sendo o uso de medicamentos psicoestimulantes o método mais utilizado - e deixam-se de lado questões sociais, históricas, culturais, econômicas e políticas importantes. Assim, nesta dissertação pretende-se analisar e interpretar o TDAH, seu diagnóstico e seu tratamento médico (psiquiátrico) e medicamentoso designados a crianças, a fim de desnaturalizá-los e desvendar suas relações com a sociedade contemporânea. Nesse sentido, são explorados temas como a definição clínica do transtorno, os processos de medicalização social, patologização e estigmatização de comportamentos infantis e as imagens da criança com TDAH, estabelecendo o diálogo entre TDAH, sociedade e infância. 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