Diários íntimos e literatura: a poesia de Carolina

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: Neme, Izabel Mano [UNESP]
Other Authors: Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual Paulista (UNESP) 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11449/94081
Description
Summary:Made available in DSpace on 2014-06-11T19:26:52Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-06-29Bitstream added on 2014-06-13T19:34:50Z : No. of bitstreams: 1 neme_im_me_assis_parcial.pdf: 54928 bytes, checksum: 4395e042815fe0b00a6fcc5ad5e8fd04 (MD5) === Universidade Estadual Paulista (UNESP) === No século XVIII, com o advento da burguesia e o crescimento da população se iniciaram os escritos autobiográficos, mas foi apenas no final do século XIX que os diários puderam ser considerados como uma escrita de si mesmo. Todavia, foi ao longo do século XX, que essa escrita de foro íntimo adquiriu um status mais privilegiado, onde se incluem os diários, correspondências e autobiografias. Dessa forma, emergiram, definitivamente, os diários íntimos e, especialmente aqui, os de autoria feminina. Se os diários íntimos não eram considerados literatura, atualmente, após sua redescoberta, com a riqueza de sua narrativa, repletas de informações autobiográficas, históricas, sociais, saíram da alcova e ganharam o mundo tornando-se referência como fonte para pesquisadores das mais variadas áreas do conhecimento. Quase sempre guardados em segredo, escondidos em gavetas, caixas, baús, materializados em papel e tinta, os diários íntimos conquistaram na última década lugar de destaque como objetos de estudo nas academias. Este trabalho analisa os diários e apresenta o “fazer poético” de Carolina Martins de Mattos, uma mulher comum que buscou na escrita de poemas uma maneira de expressar seus sentimentos. Os poemas são distintos entre adaptações e composições próprias da autora e registram também toda sua licença poética ao demonstrar a maneira como ela interferia em poemas de outros autores, sempre trazendo os versos para a realidade de sua viuvez e o sentimento de solidão que acompanhou seu luto === In the 18th century, with the arrival of the bourgeoisie and the population increase the autobiographical writings began, but, it was just in the end of twentieth century that the journals could be considered as a self-writing. However, it was during the 20th century, that this writing of intimate character got a more privileged status, where are included the journals, correspondences and autobiographies. In this way, definitively the intimate journals have risen and, especially in this point, those written by women. If the intimate journals were not considered as literature, today, after their rediscovery, with the wealth of their narrative, full of autobiographical, historical and social information, they got out the bedrooms and went out to the world becoming reference as source to researchers in the most various areas of knowledge. Almost always kept in secrecy, hidden in drawers, boxes, lockers, materialized in paper and ink, the intimate journals have conquered prominence in the last decade as object for studies in the academy. This work analyzes the journals and introduces the “poetical making” of Carolina Martins de Mattos, a common woman who sought in the writing of poems a way to express her feelings. The poems are distinct among adaptations and she interfered in poems by other authors, always bringing in the verses to the reality of her widowhood and the feeling of solitude that came along her mourning