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silva_fc_me_assis.pdf: 456015 bytes, checksum: 7b1fd63e9435cab444831637eb181a6d (MD5) === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) === Esta dissertação objetiva estudar os conflitos proféticos no Antigo Testamento, especialmente os caracterizados em Mq 2,6-11; 3,5-8 e Is 28,7-13. Ao fundamentar-se teoricamente nas noções de campo e habitus de Pierre Bourdieu, a análise coloca o problema de forma distinta da historiografia bíblica. Ao invés de tratar do “falso profetismo” e suas implicações teológicas, a pesquisa opta por buscar as bases sociais da polêmica profética: Isaías e Miquéias produzem seus discursos de um lugar específico no campo religioso na Judá do século VIII a.C. e é este ponto de vista diferente – entre profetas canônicos e nebî’îm – que produz a disputa pela palavra profética. Diferentemente da História Deuteronomista (Js-Re) e de Jeremias, nos textos proféticos do século VIII o leitmotiv dos conflitos não é a mentira (sheqer), mas a crítica às autoridades que exercem a liderança de forma irresponsável no nível sócio-político. Para Miquéias e Isaías, os nebî’îm estão sob a influência de bebida alcoólica e só pensam no seu próprio bem-estar. O lugar de descanso para os pobres (hammenûhah) não é a prioridade dos nebî’îm, afinal estes falam em favor dos poderosos de Judá. Eis a base da polêmica em Miquéias e Isaías: o habitus que origina suas visões de mundo é diverso daquele que sustenta as pregações dos nebî’îm. Isso resulta em grupos de suporte diferentes e, por fim, em projetos sociais divergentes. === This dissertation aims to study the prophetic conflicts in the Old Testament, especially as they are characterized in Mic 2,6-11; 3,5-8 and Isa 28,7-13. Theoretically, we are basing in Pierre Bourdieu notions of field and habitus, therefore, the analyses puts the problem in a distinct way of the biblical historiography. Instead of treating of the false prophetism and its theological implication, the research opts to look for the social bases of the prophetic controversy: Isaiah and Micah produce their speeches from a specific place in the religious field in Judah of the VIII century and it is this different point of view – between canonical prophets and nebî’îm – that produce the dispute for the prophetic word. Differently of Deuteronomistc History (Joshua-Kings) and Jeremiah, in the VIII century prophetic texts, the leitmotiv of the conflicts is not the lie (sheqer), but the critic of the authorities that exercise the leadership in an irresponsible way in the socio-political level. For Micah and Isaiah, the nebî’îm are under the influence of alcoholic drink and only think about their own well-being. The rest place for the poor (hammenûhah) is not the priority of the nebî’îm, after all, they speak in favor of powerful people of Judah. Here is the base of the controversy in Micah and Isaiah: the habitus that originates their world visions is quite different of that sustaining the nebî’îm preaching. This results in different support groups and, finally, in rival social projects.
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