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martins_rf_me_prud.pdf: 796842 bytes, checksum: 580afc68badbe441350e764a1daf49db (MD5) === Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) === Neste trabalho discuto uma fantasia. Não a fantasia vinculada ao faz-deconta das histórias narradas às crianças, mas, a fantasia expressa por um desejo aparentemente incorporado por grande parte dos habitantes de um país, no qual as pessoas fazem de conta que não há discriminação quando há, que não há racismo quando há. Neste país o faz de contas é vivido por adultos e crianças. Tento observar mais de perto, como meninas negras se inserem neste mundo de fantasias e, a partir delas e por meio delas constroem sua identidade. O trabalho foi realizado com meninas que, no ano de 2005, estavam cursando a 4ª série do Ensino Fundamental, em escolas públicas da periferia da cidade de São Paulo. Minha hipótese é a de que as meninas negras teriam dificuldade para a aceitação dos traços estéticos de seu corpo que as identificariam como negras (cabelos,tom de pele ou cor) e que isso se relacionaria diretamente a um padrão feminino construído como o mais bonito e o mais aceitável com os quais não se identificariam, por natureza. Usei como instrumentos para minha pesquisa contos de fadas, desenhos e dramatizações por entender que esse seria o caminho mais adequado para chegar às fantasias das meninas. Através dos contos tentei descobrir como negociavam com as personagens das histórias narradas de modo a resolverem suas próprias fantasias em relação à imagem dos príncipes, das princesas e delas mesmas. === In this work, I discuss a fantasy. It is not the fantasy about fairy tales narrated in stories for children, but the fantasy that manifests the apparently incorporated desire of the big part of the country's inhabitants; a country where people pretend that discrimination does not happen, but it does, that there is not racism, but there is. In this country, this situation is experienced by adults and children. I try to closely observe how the black girls participated in this world of fantasies and how they build their identity from them and among them. The work has been realized with girls that were studying at stage four classes, in public fundamental schools of the São Paulo city' peripheral area. My hypothesis is that the black girls would have difficulties to accept their physical characteristics, mainly those characteristics that identify them as African descendent people (hair, skin color or tonality), and that this fact would be related to the social feminine standard that they cannot reach, because of their nature. I used fairy tales, draws and dramas as research's frameworks because I believe that those are the best ways to contact with the girls' fantasies. Through the fairy tales I tried to discover how the girls were negotiating with the stories characters, to solve their own fantasies related to the prince' image, princess' image and themselves.
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