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massagli_sr_me_bauru.pdf: 1536916 bytes, checksum: 1bba9694c744b08cd501ec8dab24ffc6 (MD5) === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) === O objetivo deste trabalho é mostrar como Matrix é o exemplo mais representativo do que se costuma chamar de filme de ficção cyberpunk e como o filme expõe e propõe como matéria conceitual básica o acesso a um novo topos, ou melhor, um u-topos, um não-espaço, também chamado de hiperespaço. No filme, um espaço para onde nossa subjetividade foi transportada e escravizada, enquanto nossos corpos jazem dóceis, subjugados e adormecidos em úteros mecânicos, sendo alimentados por cordões umbilicais metálicos. Trata-se de uma nova espacialidade, espelhada em nosso mundo contemporâneo, com a qual podemos nos relacionar através de alguma interface, em que fatos e coisas são-nos reapresentados a partir da simulação de um tempo real , que supõe um outro espaço-tempo social, de um novo tipo, espaço de auto-representação social imaterialmente fundada na existência de eventos gerados por técnicas digitais. Assim, partindo do pressuposto de que vivemos numa sociedade pós-moderna e da premissa de que, com o fim do Modernismo, a experiência do tempo e da subjetividade cedeu lugar à experiência pós-moderna do espaço, a preocupação que estará à frente de todas as outras neste trabalho será a de localizar no filme Matrix processos que reflitam as formas de apropriação espacial dessa mesma sociedade. A questão do espaço, enquanto conceito clássico, kantiano, de categoria universal dada a priori, que emoldura mesmo a experiência, será substituída por outra, que introduz a idéia de espaço enquanto diferentes formas de experimentar o real... === The goal of this work is to demonstrate how Matrix is the most representative example of what has been called cyberpunk fiction movie and how it reveals and propose as a basic conceptual issue the access to a new topos, or better saying, to a u-topos, a nonspace, also called cyberspace. In the movie, a space where our subjectivity was displaced to and enslaved, whereas our bodies rest docile, subjugated and sleeping in mechanical wombs, being fed through metallic umbilical lace. It s a new special dimension, mirrored on our contemporary world, with which we can relate by means of some interface and in which facts and objects are re-presented to us from the perspective of the simulation of a real time that elicits another social time-space, a dimension of self-representation socially and materially founded on the existence of technically generated events. Thus, from the premisse that we live in a postmodern society and that, once Modernism is over, the postmodern experience of time and subjectivity has yielded to the postmodern experience of space, the main concern during this work will be to locate in the film processes that reflect the appropriation of space within this society. The issue of space, as a classical, Kantian concept, of a universal category that frame the experience, will be replaced by another, which introduces the idea of space as different forms of experiencing the real. Space will be approached as a cultural concept that can be formulated in basis of forms of appropriation self-organized between two ends: power and resistance, which, in a reductionist way, can be understood in terms of virtual and real space, respectively... (Complete abstract, click electronic address below)
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