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antunes_t_me_mar.pdf: 644087 bytes, checksum: 693fe17e003d8eb7ff43354e194b461c (MD5) === O Senhor dos Anéis, livro de J.R.R. Tolkien, tem como componente central de sua narrativa a tensão existente entre tradição e modernidade no início do século XX. A obra termina com o desaparecimento na Terra-Média de todos os seres de fantasia (por destruição ou por abandono) uma característica que podemos atribuir ao aumento do poder da racionalidade instrumental e da organização social da modernidade vinculada a ela. Ao mesmo tempo, durante o desenvolvimento da narrativa surgem características tradicionais com uma força devastadora: a preeminência da sacralidade, por exemplo, impõe uma hierarquia entre todos os seres existentes no mundo. Nosso intento, portanto, é através de uma interpretação imanente da narrativa, recuperar a sua historicidade e seu diagnóstico do tempo. Ao debruçar-nos sobre a estrutura narrativa perceberemos que O Senhor dos Anéis não possui uma forma épica “pura”, incorporando elementos de épicas tradicionais (epopéia e conto de fadas) e de épicas modernas (romance) constituindo-se numa forma híbrida, expressa numa alegoria. Como base da formatação desta alegoria, a narrativa utilizará o pensamento figural dos padres da Idade Média, ressaltando sua tentativa de retomada da tradição; o pensamento figural será incorporado como técnica de escrita desta narrativa, contudo, primariamente sua incorporação será como instrumento historiográfico – já que a narrativa se apresenta como uma historiografia. Os elementos tradicionais (religiosos, principalmente), portanto, serão associados ao Bem, já os elementos modernos serão associados à representação do Mal. Entretanto, esta apreensão não é estática; podemos dizer que, a modernização (técnica) será sempre associada ao Mal, mas algumas características relacionadas à modernidade não terão... === The Lord of the Rings, JRR Tolkien's book, has as its central component of the narrative tension between tradition and modernity at the beginning of the twentieth century. The book ends with the disappearance in Middle-Earth of all the beings of fantasy (for destruction or abandonment) a characteristic that can be attributed to the increase in the power of instrumental rationality and the social organization of modernity linked to it. At the same time, during the development of the narrative are traditional characteristics with a devastating force: the preeminence of sacredness, for example, imposes a hierarchy among all beings in the world. Our intent, therefore, is through an interpretation of the immanent narrative, recover their history and their diagnosis in time. To deal with the narrative structure realized that The Lord of the Rings does not have a pure epic, incorporating elements of traditional epic (epic and fairy tale) and modern epic (novel) and it is a hybrid form, expressed an allegory. Based on format of this allegory, the narrative uses the figural thinking of priests of Middle Ages, emphasizing his attempt to resume the tradition, the figural thinking will be incorporated as a technique of writing this narrative, however, is primarily its incorporation as a historiographical - already that the narrative is presented as a historiography. The traditional elements (religious, mainly), therefore, be associated with the Well, now the modern elements are associated with the Evil representation. However, this concern is not static, we can say that the modernization (technical) is always associated with evil, but some characteristics related to modernity will not be this interpretation. Only with the modern development (individual and reflective) of subject the evil (modernization) be held. The tradition and the two... (Complete abstract click electronic access below)
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