Fatores de risco, clonalidade, sazonalidade e prognóstico de colonização e/ou infecção por Acinetobacter baumannii em hospitais públicos na cidade de Bauru/SP.

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: Silveira, Mônica da
Other Authors: Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual Paulista (UNESP) 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11449/153353
Description
Summary:Submitted by MÔNICA DA SILVEIRA null (monysilveira@hotmail.com) on 2018-04-02T16:11:42Z No. of bitstreams: 1 Tese envio finalizada word CONSIDERAR ESTA.docx: 690043 bytes, checksum: e80e2e36f9594702a4be600cd7c660a0 (MD5) === Rejected by ROSANGELA APARECIDA LOBO null (rosangelalobo@btu.unesp.br), reason: Solicitamos que realize uma nova submissão seguindo as orientações abaixo: problema 1: o arquivo submetido deve, obrigatoriamente, estar em formato PDF. Seu arquivo está em word. Assim que tiver efetuado essa correção submeta o arquivo, em PDF, novamente. Agradecemos a compreensão. on 2018-04-02T18:10:40Z (GMT) === Submitted by MÔNICA DA SILVEIRA null (monysilveira@hotmail.com) on 2018-04-02T19:59:16Z No. of bitstreams: 1 TESE MONICA Envio corrigida final word.docx: 1700359 bytes, checksum: e76a9ea2129d8977db94071aab2a25d2 (MD5) === Rejected by ROSANGELA APARECIDA LOBO null (rosangelalobo@btu.unesp.br), reason: Solicitamos que realize uma nova submissão seguindo as orientações abaixo: problema 1: o arquivo submetido deve, obrigatoriamente, estar em formato PDF. Seu arquivo está em word. problema 2: Falta ficha catalográfica A ficha deve ser inserida no arquivo PDF logo após a folha de rosto do seu trabalho. Assim que tiver efetuado essa correção submeta o arquivo, em PDF, novamente. Agradecemos a compreensão. on 2018-04-03T11:31:00Z (GMT) === Submitted by MÔNICA DA SILVEIRA null (monysilveira@hotmail.com) on 2018-04-03T18:37:37Z No. of bitstreams: 1 TESE MONICA Envio corrigida final pdf modificada.pdf: 3684235 bytes, checksum: b11122c43df736efb00a769565e94d26 (MD5) === Rejected by Luciana Pizzani null (luciana@btu.unesp.br), reason: Monica, por favor, colocar a ficha catalográfica após a página de rosto. Obrigada Luciana Pizzani on 2018-04-03T18:47:46Z (GMT) === Submitted by MÔNICA DA SILVEIRA null (monysilveira@hotmail.com) on 2018-04-03T19:30:34Z No. of bitstreams: 1 TESE MONICA Envio corrigida final word modificada ok.pdf: 3526672 bytes, checksum: aa12e249981a8458333be778d0062faf (MD5) === Approved for entry into archive by ROSANGELA APARECIDA LOBO null (rosangelalobo@btu.unesp.br) on 2018-04-03T19:40:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1 silveira_m_dr_bot.pdf: 3526672 bytes, checksum: aa12e249981a8458333be778d0062faf (MD5) === Made available in DSpace on 2018-04-03T19:40:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 silveira_m_dr_bot.pdf: 3526672 bytes, checksum: aa12e249981a8458333be778d0062faf (MD5) Previous issue date: 2018-03-02 === Estima-se que no Brasil ocorram centenas de milhares de Infecções Relacionadas à Assistência (IRAS) à Saúde todos os anos, e uma proporção significativa desses quadros é causada por Acinetobacter baumannii. Essa bactéria, hiperendêmica em hospitais brasileiros, é geralmente resistente a múltiplas drogas, restando um escasso arsenal terapêutico. Para além dos fatores de risco tradicionais (comorbidades, exposição ao ambiente hospitalar, procedimentos invasivos, uso de antimicrobianos), estudos recentes demonstraram sazonalidade e associação de sua incidência com altas temperaturas ambientais. No entanto, as razões para esses achados permanecem obscuras. Nós conduzimos estudos em três hospitais públicos conveniados do município de Bauru-SP, com o objetivo de colaborar para a compreensão da epidemiologia do A. baumannii, com ênfase nos isolados resistentes a carbapenêmicos (Carbapenem-resistant A. baumannii, CRAB). O primeiro deles, com delineamento ecológico, analisou o comportamento de taxas mensais de incidência de A. baumannii como um todo e em subgrupos (enfermarias versus Unidades de Terapia Intensiva [UTI], amostras clínicas totais versus hemoculturas) no período de 2006 a 2017. Estudamos o impacto de temperatura, umidade e pluviosidade sobre essa incidência. Como resultados, identificamos que temperaturas médias mensais acima do percentil 75 (24,7°C) estavam associadas a maior incidência de A. baumannii como um todo e de CRAB. Curiosamente, esses achados foram mais consistentes nas UTI e para isolados de hemoculturas. No segundo estudo, tipo “caso-controle” analisamos a clonalidade e fatores de risco para infecções da corrente sanguínea causadas por CRAB (CRABBloodstream infections, CRAB-BSI). Foram estudados 38 pacientes com CRABBSI e 76 controles. Fatores de risco significantes (p<0,05) em análise multivariada para aquisição de CRAB-BSI foram a inserção de cateter venoso central e o uso de cefepima ou meropenem. Na genotipagem por Pulsed-Field Gel Electrophoresis (PFGE), identificamos 12 perfis, sendo que 7 deles agrupavam mais de um isolado. Além disso, identificamos a presença de genes codificadores das enzimas OXA-23 e OXA-51, associadas à resistência aos carbapenêmicos. O terceiro estudo comparou os mesmos 38 casos de CRAB e 76 controles, em delineamento tipo “coorte pareada”, para o desfecho “óbito durante a internação”. Como esperado, os casos foram significantemente associados a maior risco de óbito em modelos de análise de sobrevida. Além disso, quando estudados somente os casos, o uso de Aminoglicosídeos e Polimixina após o diagnóstico se associou a melhor prognóstico. Concluímos que o A. baumannii é um agente potencialmente letal, que se transmite no interior de hospitais e entre diferentes serviços, com incidência aumentada em períodos quentes. === It is estimated that in Brazil hundreds of thousands of Healthcare Associated Infections (HCAI) occur every year, and a significant proportion of these are caused by Acinetobacter baumannii. This bacterium, hyperendemic in Brazilian hospitals, is generally resistant to multiple drugs, leaving behind a scarce therapeutic arsenal. In addition to the traditional risk factors (comorbidities, exposure to the hospital environment, invasive procedures, antimicrobial use), recent studies have demonstrated seasonality and association of A. baumannii incidence with high environmental temperatures. However, the reasons underlying these findings remain obscure. We conducted studies in three public hospitals in the city of Bauru-SP, Brazil, in order to contribute to understanding the epidemiology of A. baumannii, with emphasis on carbapenem resistant isolates (CRAB). The first one, with ecological design, analyzed the behavior of monthly rates of incidence of overall A. baumannii and several subgroups (non-critical wards vs. Intensive Care Units (ICU), overall clinical samples vs. blood cultures) from 2006 to 2017. We studied the impact of temperature, humidity and rainfall on this incidence. As a result, we identified that average monthly temperatures above the 75th percentile (24.7°C) were associated with a higher incidence of overall A. baumannii and CRAB. Interestingly, these findings were more consistent in ICUs and for isolates of blood cultures. In the second study (casecontrol), we analyzed the clonality and risk factors for CRAB bloodstream infections (CRAB-BSI). We studied 38 patients with CRAB-BSI and 76 controls. Significant risk factors (p <0.05) in multivariable analysis for CRAB-BSI acquisition were central venous catheter insertion and use of cefepime or meropenem. In the Pulsed-Field Gel Electrophoresis (PFGE) genotyping, we identified 12 patterns, 7 of which grouped more than one isolate. In addition, we identified the presence of genes encoding the enzymes OXA-23 and OXA-51, associated with resistance to carbapenems. The third study compared the same 38 cases of CRAB and 76 controls, in a "matched cohort" design, for the outcome "in-hospital death”. As expected, the cases were significantly associated with a higher risk of death in survival analysis models. In addition, when only cases were studied, the use of Aminoglycosides and Polimyxyns after diagnosis was associated with a better prognosis. We conclude that A. baumannii is a potentially lethal agent, which is transmitted within hospitals and between different services, with an increased incidence during warm periods.