Summary: | Submitted by Diego Minucelli Garcia null (diego@sjrp.unesp.br) on 2017-06-29T13:20:10Z
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Previous issue date: 2017-06-07 === A partir de uma abordagem cognitivo-funcional, baseada principalmente em Goldberg (1995, 2006), Croft (2001), Bybee (2003, 2010), Traugott (2012) e Traugott e Trousdale (2013), investiga-se neste trabalho, em uma perspectiva sincrônica, a mudança construcional e o funcionamento da locução conjuntiva ((n)a) hora (em) que como introdutora de orações hipotáticas temporais em português. Os dados da pesquisa foram extraídos do Banco de dados Iboruna, representativo da fala da região Noroeste paulista. Para este estudo, a base teórica é o modelo da Gramática de Construções (GOLDBERG, 1995; CROFT, 2001), que reconhece que a forma básica de uma estrutura sintática é uma construção, formada por um pareamento de forma e de função, essa última entendida em termos semânticos e pragmático-discursivos (CROFT, 2001). As hipóteses que orientam as análises feitas são as de que: i) em termos semânticos e morfossintáticos, ((n)a) hora (em) que seguiria o padrão das orações temporais prototípicas, marcadas por quando; ii) no português atual, ((n)a) hora (em) que estaria em processo de mudança construcional, que se verificaria principalmente por variação, tanto formal quanto funcional, ligada à construção; e iii) as diferentes formas de ((n)a) hora (em) que (na hora em que, na hora que, a hora que, hora que) refletiriam diferentes graus de mudança construcional da locução. Os resultados demonstram que a construção de fato se encontra em processo de mudança construcional, revelado por diferentes graus de produtividade, esquematicidade e composicionalidade da forma (TRAUGOTT; TROUSDALE, 2013). A partir de comparação com dados da conjunção quando, verifica-se que ((n)a) hora (em) que apresenta as mesmas propriedades constitutivas do conectivo temporal prototípico, comportamento que sustenta sua inclusão no sistema gramatical português como conectivo introdutor de espaços mentais temporais (FAUCONNIER, 1994, 2007). No entanto, a locução conjuntiva também apresenta diferenças em relação à quando, como a maior frequência de uso para introduzir eventos pontuais e eventos em textos do tipo relato de procedimento. Esses resultados indicam que ((n)a) hora (em) que exibe um grau de especialização que justifica a preferência dos falantes pela locução conjuntiva, em vez de quando. Além disso, na análise das formas alternantes da construção, os resultados indicam comportamento distinto de hora que em relação às outras formas, o que leva a considerar que essa forma, com apagamento da preposição em e do determinante a, se encontra em um estágio mais avançado do processo de mudança construcional do que as outras formas da construção. Com base nos resultados obtidos, propõe-se uma hierarquia construcional de ((n)a) hora (em) que, que tem como macroconstrução o esquema [Ncircunstancial que], forma abstrata mais genérica cuja instância intermediária, na condição de mesoconstrução, é [(prep) (art) Ntemporal (prep) que]. === From the cognitive-functional approach, based mainly on Goldberg (1995, 2006), Croft (2001), Bybee (2003, 2010), Traugott (2012) and Traugott and Trousdale (2013), this research investigates, in a synchronic perspective, the constructional change and the functioning of conjunctive phrase ((n)a) hora (em) que as an introducer of temporal hypotaxis clauses in Portuguese. The data of the research were extracted from the Iboruna database, representative of the speech of the Northwest region of the São Paulo state. For this study, the theoretical basis is the Construction Grammar model (GOLDBERG, 1995; CROFT, 2001), which recognizes that the basic form of a syntactic structure is a construction, formed by a pairing of form and meaning, the latter understood in semantic and pragmatic-discursive terms (CROFT, 2001). The hypotheses that guide the analysis in this dissertation are: i) in semantic and morphosyntactic terms, ((n)a) hora (em) que follows the pattern of prototypical temporal sentences, marked by quando; ii) in current Portuguese, ((n)a) hora (em) que is in process of constructional change, which is verified mainly by variation related to the construction, both formal and functional ; iii) the different forms of ((n)a) hora (em) que (na hora em que, na hora que, a hora que, hora que) reflect different degrees of constructional change of the phrase. Indeed the results show that the construction is in process of constructional change, revealed by different degrees of productivity, schematicity, and compositionality (TRAUGOTT; TROUSDALE, 2013). From the comparison with the data of conjunction quando, it is verified that conjunctive phrase ((n)a) hora (em) que has the same properties of the prototypical temporal connective, a behavior that corroborates its inclusion in the Portuguese grammatical system as a connective introducer of temporal mental spaces (FAUCONNIER, 1994, 2007). However, the conjunctive phrase also presents differences in relation to quando, as high frequency of use to introduce punctual events in texts of the type of procedures report. These results indicate that the construction ((n)a) hora (em) que presents a degree of specialization that justifies the preference of the speakers for this phrase, instead of quando. Moreover, in the analysis of the forms of construction, the results indicate a different behavior of na hora que in comparison to the other forms of the phrase, which leads us to consider that this form, with omission of preposition em and the determinant a, is at a more advanced stage of the constructional change process than other forms of the construction. Based on the results, a constructional hierarchy of ((n)a) hora (em) que is proposed, having the scheme [Ncircunstancial que] as macroconstruction, the abstract form more generic whose intermediate instance, in the condition of mesoconstruction, is [(prep) (art) Ntemporal (prep) que].
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