Summary: | Submitted by Jéssyca Camargo da Cruz null (jessycacamargo_esp@hotmail.com) on 2017-06-27T19:45:34Z
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Previous issue date: 2017-04-27 === O presente estudo busca, por meio do arcabouço teórico metodológico da Linguística de Corpus, descrever o uso das preposições a e para em produções escritas de brasileiros aprendizes de espanhol como língua estrangeira (ELE), em contexto universitário (Licenciatura em Letras e Bacharelado em Letras Habilitação de Tradutor). O corpus utilizado para o estudo das preposições selecionadas contém 145.273 palavras e foi coletado durante os anos de 2011, 2012 e 2013. A extração dos dados foi feita com o auxílio do WordSmith Tools, um software que gera linhas de concordância, a partir das quais é possível observar o cotexto (texto ao redor do nódulo de busca) do emprego das preposições a e para nas redações dos aprendizes brasileiros. A análise empírica das linhas de concordância se baseia nos subsídios oferecidos pela Linguística de Corpus e no cotejo do Corpus de Apoio, composto por gramáticas descritivas e contrastivas do espanhol e do português do Brasil, e por um Corpus de Referência de língua espanhola. A observação dos dados coletados possibilitou detectar algumas características de interlíngua dos brasileiros aprendizes de ELE com relação ao emprego da preposição a, a saber: (a) tendência à omissão da preposição em construções perifrásticas com verbos de movimento, bem como antes de objeto direto preposicionado e (b) desvios de regência verbal. Com relação aos usos de para, verificou-se que em espanhol é mais frequente o uso de a com verbos de movimento, diferentemente do que ocorre em português brasileiro, cuja preferência é pela preposição para em contextos que indicam deslocamento em direção a um destino distante ou com tempo de permanência maior. Sendo assim, observaram-se nas redações dos estudantes de ELE as seguintes características do emprego de para no corpus de estudo: (a) uso de para com verbos de movimento em contextos que em espanhol é mais empregada a preposição a; (b) preferência pelo emprego do complemento indireto com preposição, (c) subuso dos clíticos anafóricos de objeto indireto, bem como a duplicação dos complementos, y (d) emprego da preposição para junto de verbos em infinitivo flexionado ou em futuro do subjuntivo, ao invés de para + que + verbo no presente do indicativo ou no presente do subjuntivo. Por fim, a presente dissertação também explora, por meio da abordagem descritiva-contrastiva, aspectos concernentes ao emprego de coocorrências associadas às preposições em análise. Em suma, espera-se que o estudo levado a cabo possa fomentar novas investigações em uma área que carece de descrições sistematizadas mais abrangentes. === La presente investigación busca, por medio del aporte teórico-metodológico de la Lingüística de Corpus, describir el uso de las preposiciones a y para en producciones escritas de brasileños aprendices de español como lengua extranjera (ELE) en contexto universitario (Profesorado en Letras y Traductorado en Español). El corpus utilizado para el estudio de las preposiciones seleccionadas contiene 145.273 palabras y fue recolectado durante los años 2011, 2012 y 2013. Los datos fueron organizados con el auxilio del WordSmith Tools, un software que genera líneas de concordancia, desde las cuales fue posible observar el cotexto (texto alrededor de la palabra de búsqueda) del empleo de las preposiciones a y para, en las redacciones de los aprendices brasileños. El análisis empírico de las líneas de concordancia se basa en las aportaciones de la Lingüística de Corpus y en el cotejo del Corpus de Apoyo, conformado por gramáticas descriptivas y contrastivas del español y del portugués de Brasil, y por un Corpus de Referencia de lengua española. La observación de los datos recolectados posibilitó detectar algunas características de interlengua de los brasileños aprendices de ELE con relación al empleo de la preposición a, a saber: (a) tendencia a la omisión de la preposición en construcciones perifrásticas con verbos de movimiento y antes de objeto directo preposicional y (b) desvíos de régimen verbal. Respecto a los usos de para, se verificó que, en español, es más frecuente el uso de a con verbos de movimiento, en oposición a lo que ocurre en portugués brasileño, cuya preferencia es por la preposición para en contextos que se expresa transcurso hacia un destino lejano o tiempo de permanencia mayor en el punto de llegada. De esa manera, se observó en las redacciones de los estudiantes de ELE las siguientes características del empleo de para en el corpus de estudio: (a) uso de para con verbos de movimiento en contexto en el cual en español es más frecuente el uso de la preposición a; (b) preferencia por el empleo del complemento indirecto con preposición, (c) escaso uso de los clíticos anafóricos de objeto indirecto, así como la duplicación de los complementos, y (d) uso de la preposición para junto a verbos en infinitivo flexionado o en futuro de subjuntivo, en lugar de uso de para + que + verbo en presente de indicativo o en presente de subjuntivo. Finalmente, la presente tesina también explora, por medio del abordaje descriptivocontrastivo, aspectos que conciernen al empleo de coocurrencias asociadas a las preposiciones analizadas. En suma, se espera que el estudio llevado a cabo pueda fomentar nuevas investigaciones en un área que carece de descripciones sistematizadas más amplias.
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