O gênero autoconfrontação simples como instrumento na transformação do trabalho do Professor Coordenador

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: Silva, Michele Lidiane da [UNESP]
Other Authors: Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual Paulista (UNESP) 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11449/144419
Description
Summary:Submitted by MICHELE LIDIANE DA SILVA (michelelid@gmail.com) on 2016-10-21T23:12:17Z No. of bitstreams: 1 tese-michele.pdf: 1595952 bytes, checksum: f8ad2e135b88f22003e23af56f3e67df (MD5) === Approved for entry into archive by Juliano Benedito Ferreira (julianoferreira@reitoria.unesp.br) on 2016-10-24T17:14:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 silva_ml_dr_arafcl.pdf: 1595952 bytes, checksum: f8ad2e135b88f22003e23af56f3e67df (MD5) === Made available in DSpace on 2016-10-24T17:14:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 silva_ml_dr_arafcl.pdf: 1595952 bytes, checksum: f8ad2e135b88f22003e23af56f3e67df (MD5) Previous issue date: 2016-08-19 === O principal objetivo desta tese é apresentar uma análise do trabalho realizado do Professor Coordenador (PC) de uma escola pública do Estado de São Paulo por meio da análise linguística de sessões da Autoconfrontação Simples (ACS). Demonstrar também que a ACS não é um procedimento apenas de intervenção no estudo da psicologia do trabalho, mas um gênero complexo secundário da comunicação, o qual o Professor Coordenador (PC) pode fazer uso para o seu desenvolvimento profissional no ambiente escolar. A análise do trabalho, por meio da linguagem, é sustentada teoricamente pela abordagem bakhtiniana do discurso, que engloba os conceitos de interação verbal, enunciado, dialogismo, tema, estilo, historicidade do sentido, gênero e a translinguística. Dentro desse quadro teórico, os postulados linguísticos hallidianos, com base na linguística sistêmico – funcional, foram utilizados como teoria complementar para a realização da análise translinguística, estabelecendo as relações dialógicas entre os enunciados e os elementos extralinguísticos da situação de comunicação. E, para concluirmos, verificamos como as dimensões do trabalho, (trabalho prescrito, trabalho realizado e trabalho real), aportes teóricos da Clínica da Atividade, definiam o trabalho do PC e como a questão do ressentimento poderiam ser observados nos enunciados. Como metodologia de pesquisa, definimos um plano de pesquisa de campo baseado nas etapas de realização da autoconfrontação simples na escola. apresentamos a descrição da instituição escolar e da unidade escolar pesquisada, bem como dos sujeitos de pesquisa e da função do Professor Coordenador. Explicitamos os objetivos e as perguntas de pesquisa, fazendo alguns esclarecimentos sobre a demanda e a constituição do grupo de pesquisa. A constituição do nosso corpus se deu quando iniciamos os procedimentos interventivos na escola pesquisada, com as filmagens das reuniões de ATPC. Posteriormente, realizamos a sessão de autoconfrontação simples com o PC e o vídeo gravado na ACS serviu-nos como corpus final de análise após sua transcrição. Como resultados, verificamos que o Professor Coordenador é um profissional que vive sob pressão constante de vários segmentos do ambiente escolar: instituição, direção, professores, pais, alunos, além de ter de gerenciar muitas tarefas que não são de sua atribuição como PC. Esses segmentos são vozes que ficam na sua memória cognitiva e que são externalizados no momento da autoconfrontação, na realização da interação verbal, do diálogo. É um profissional que tenta buscar alternativas para transformar seu trabalho mesmo passando por um estágio de ressentimento, onde tem que se reerguer todos os dias. Sendo assim, cria-se um ou vários gêneros de sua profissão na tentativa de se reposicionar e de reorganizar sua função. Deste modo, a autoconfrontação simples passa a ser um gênero de uma situação complexa de comunicação que pode ser acionado no momento em que o PC achar relevante, auxiliando-o no seu dia a dia.