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garcia_mf_dr_prud.pdf: 1980073 bytes, checksum: efaad7ef6aea0c3559971385b5f36e7f (MD5) === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) === Esta pesquisa tem como problema a diferença existente na produção e reprodução de relações sociais de gênero nos lugares da Luta pela Terra, ou seja, os assentamentos e acampamentos rurais. Esta falta de sintonia espacial e de gênero tem repercussões políticas diretas. Se de um lado verificamos nos assentamentos com origem na luta do MST, a redução da esfera de participação da mulher trabalhadora na vida social e gestão territorial do seu entorno imediato, também observamos nos acampamentos uma tomada de consciência da contradição social em termos de classe e de gênero, através da mobilização social e organizativa. A observação desses lugares nos leva a constatar a estrutura generificada do espaço como produto da organização social. E, nos encaminha a refletir a relação dialética da produção do espaço e construção das relações de gênero na dinâmica territorialização - desterritorialização - reterritorialização da Luta pela Terra. Ainda, analisar esta relação não se restringe apenas aos lugares da luta, os acampamentos e assentamentos rurais, enquanto realidades isoladas ou monolíticas, mas atingir a espacialidade escalar e abordar a dinâmica que os anima. As redefinições do mundo do trabalho, e do ser que trabalha, na escala global junto com as transformações recentes da agropecuária brasileira são os recortes para apreendermos o desenho societal dos trabalhadores e trabalhadoras sem-terra. Todavia, a análise do espaço se dirige para geograficidade das práticas e relações de poder que se estabelecem entre diferentes sujeitos sociais, homens e mulheres, em acampamentos e assentamentos rurais, entendendo estes lugares como escalas geográficas onde os trabalhadores e trabalhadoras Sem-Terra, anteriormente fragmentados, se unem numa comunidade definida politicamente. === Our research interest resides in the existent difference in the production and reproduction of the social relationships of gender in the places of the Land Struggle, that is, the encampments and rural settlements. The lack of space harmony and of gender has direct political repercussions. If on one hand we verify in the settlements whose origin is the struggle of the MST, the reduction of the sphere of the hard-working women's participation in the social life and in the territorial administration of its immediate environment, we also observe in the encampments the taking of conscience of the social contradiction in class terms and gender, by means of the social and organizational mobilization. The exam of these places takes us to verify the generificated structure of the space as product of the social organization. Also, it guides us toward the reflection of the dialectical relationship of the production of the space and the construction of the gender relationships in the dynamic territorialization– desterritorialization–reterritorialization of the Land struggle. But, to analyze this relationship is not hardly limited to the places of the struggle, the encampments and rural settlements, as isolated or monolithic realities, but reaching the scalar spatiality and to approach the dynamics that encourages them. The redefinitions of the labour world and the being who works to global scale and the recent transformations of the Brazilian agriculture and cattle are the cuttings that we use to understand the class configuration of landless workers. Also, the space analysis goes toward the geographiality of the practices and relationships of power that settle down among different social subject, female and male, in the built places along the process of the Land Struggle. These kind of places are geographical scales where these landless workers, previously broken into fragments, they unite politically in a defined community.
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