Efetividade de um programa de educação em saúde para aquisição de conhecimento e mudança de comportamento em adolescentes escolares
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Mestrado Profissional) da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva. === Introdução: A adolescência é caracterizada por profundas transformações biológi...
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Educação em saúde Adolescentes – Comportamento de risco Promoção da saúde Viero, Vanise dos Santos Ferreira Efetividade de um programa de educação em saúde para aquisição de conhecimento e mudança de comportamento em adolescentes escolares |
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Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Mestrado Profissional) da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva. === Introdução: A adolescência é caracterizada por profundas transformações biológicas, psicológicas e sociais, agregadas a essas transformações, crescem a autonomia e a independência em relação à família e a experimentação de novas vivências e comportamentos, que podem gerar exposição à riscos para a saúde. Comportamentos sustentados e ampliados por frequentes dúvidas, questionamentos e preocupações sobre procedimentos de cuidado, o qual comumente não encontram locais adequados. Disponibilizar um programa de promoção da saúde na escola pode ser uma importante estratégia no processo de formação de comportamentos que promovam e mantenham hábitos saudáveis de vida dos adolescentes. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar a contribuição de um programa de educação em saúde no ganho de conhecimento e mudança de comportamento em adolescentes escolares do município de Criciúma, Santa Catarina (SC). Metodologia: trata-se de um estudo quase experimental com uma amostra de 69 adolescentes, de ambos os sexos, com idade de 11 a 17 anos, matriculados no 6º ao 9º ano do ensino fundamental séries finais e do ensino médio, do turno vespertino da Escola Estadual de Educação Básica Joaquim Ramos. O programa de promoção da saúde na escola foi baseado em ações de educação em saúde sobre as seguintes temáticas: atividade física, alimentação saudável, prevenção ao uso abusivo de drogas e sexualidade. Os encontros ocorreram na escola, de agosto a dezembro do ano de 2016, em horário de aula, uma vez por semana. A aquisição de conhecimento e a mudança de comportamento foram avaliadas por meio de questionários autoaplicáveis. Os dados foram tabulados em planilhas eletrônicas do excel e exportados para o programa SPSS 22,0, onde foram realizadas as análises de frequências absolutas e relativas, médias e desvios padrão. Verificou-se a normalidade dos dados pelo Teste de Kolmorogov-Smirnov. O teste T para amostras pareadas foi utilizado para comparar as médias dos escores pré e pós das ações de educação em saúde. E o teste dos postos sinalizados de Wilcoxon de amostras relacionadas foi empregado visando a comparação das médias dos escores pré e pós por sexo e nível de escolaridade. O teste de McNemar foi empregado nos dados nominais pareados. O nível de significância α estabelecido para os testes estatísticos foi de 0,05 e o intervalo de confiança de 95%. Resultados: Observou-se ganho de conhecimento após a intervenção nas temáticas da alimentação saudável (4,43±2,06 / 5,07±2,26), drogas (3,95±2,63 / 5,21±2,78) e sexualidade (3,92±2,16 / 5,36±2,43) com diferença significativa (p<0,05). Em relação as mudanças comportamentais, foi possível verificar mudanças positivas apenas nos aspectos relacionados a atividade física e alimentação saudável, como a exposição em frente a tela, a prática dos exercícios de força, o consumo de leite e derivados e a diminuição do consumo de salgadinhos, doces e refrigerantes. Conclusão: Concluiu-se que o programa proposto foi efetivo em aumentar o conhecimento dos adolescentes sobre os assuntos relacionados à saúde, porém não foi efetivo em alterar todos os comportamentos avaliados. As ações de educação em saúde foram o ponto alto do estudo, pois possibilitaram diálogos, reflexões e trocas de experiências aos atores envolvidos. Acredita-se que pessoas devidamente empoderadas e com autonomia estão mais sujeitas a fazer escolhas que contribuam para a melhora da saúde e da qualidade de vida a longo prazo, podendo ser a escola um dos principais locais para essas mudanças de comportamento. responsáveis para esta mudança de comportamento. |
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