Constipação intestinal em pacientes admitidos para reabilitação com lesão cerebral decorrente de acidente vascular cerebral

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências Médicas, 2011. === Submitted by Rafael Barcelos Santos (rafabarcelosdf@hotmail.com) on 2011-06-21T16:28:10Z No. of bitstreams: 1 2011_ Tânia Mara Nascimento de Miranda Engler.pdf: 1659348 bytes, checksum: 90d20557fb27152ae40ff696...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Engler, Tânia Mara Nascimento de Miranda
Other Authors: Mello, Paulo Andrade de
Language:Portuguese
Published: 2011
Subjects:
Online Access:http://repositorio.unb.br/handle/10482/8562
Description
Summary:Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências Médicas, 2011. === Submitted by Rafael Barcelos Santos (rafabarcelosdf@hotmail.com) on 2011-06-21T16:28:10Z No. of bitstreams: 1 2011_ Tânia Mara Nascimento de Miranda Engler.pdf: 1659348 bytes, checksum: 90d20557fb27152ae40ff6963979ae6f (MD5) === Approved for entry into archive by Raquel Viana(tempestade_b@hotmail.com) on 2011-06-21T17:13:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2011_ Tânia Mara Nascimento de Miranda Engler.pdf: 1659348 bytes, checksum: 90d20557fb27152ae40ff6963979ae6f (MD5) === Made available in DSpace on 2011-06-21T17:13:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2011_ Tânia Mara Nascimento de Miranda Engler.pdf: 1659348 bytes, checksum: 90d20557fb27152ae40ff6963979ae6f (MD5) === Introdução: A constipação intestinal é uma queixa comum entre pessoas com lesão cerebral decorrente de acidente vascular cerebral (AVC), com uma prevalência que varia, dependendo do tipo de estudo realizado e o estágio da lesão cerebral avaliado, porém essa prevalência ainda é superior àquela encontrada na população geral. Frequentemente as revisões médicas citam uma associação entre a constipação intestinal e o AVC, mas essa associação direta, clínica ou fisiopatológica não está clara, ressaltando que os estudos nesta área são limitados. As explicações mais comuns para a constipação nesta população estão relacionadas à idade, número de medicações utilizadas, desidratação e imobilidade. Em nossa experiência no programa de reabilitação neurológica do Hospital SARAH-Brasília, o paciente relata com frequência sintomas que geram desconforto na evacuação e diminuição da frequência evacuatória, o que em muitos casos prejudica a sua qualidade de vida e de seus familiares. Objetivos: Conhecer a prevalência da constipação intestinal entre os pacientes admitidos com AVC; sua correlação com fatores como características sócio-demográficas e clínicas, características da lesão cerebral; capacidade funcional, conhecer a prevalência do uso de laxantes; e, por fim, verificar os resultados de dois modelos de condutas, instituídas para a reeducação intestinal. Métodos: Estudo longitudinal, analítico, realizado com 98 pacientes internados em enfermaria de reabilitação entre dezembro de 2009 a maio de 2010. Resultados: A prevalência de constipação foi de 48,98%, não havendo correlação entre as variáveis gênero, escolaridade, idade, comprometimento motor e auxílio locomoção, alteração de linguagem, atividade física, dieta, com a presença de constipação intestinal. A prevalência do uso de laxantes na admissão foi 19,15%. Quanto à presença de constipação intestinal antes e depois do AVC, verifica-se um aumento significativo dessa depois da lesão. A chance de o paciente apresentar constipação é 3,5 vezes maior depois do AVC do que antes, considerando o IC 95% (1,43-9,25); quanto às características do AVC, foi observada uma associação entre as lesões bilaterais e a constipação intestinal (P= 0,0480); também observamos que a melhora na capacidade funcional foi um preditor de melhora na frequência do hábito intestinal; e, finalmente, que as condutas introduzidas representaram um papel na melhora do hábito intestinal. Conclusões: A constipação intestinal é um achado frequente após o AVC. A lesão cerebral pode ser um fator de risco para constipação intestinal, e a implementação de um programa de reeducação intestinal e funcional tem impacto positivo na melhora da frequência do hábito intestinal dos pacientes, dessa forma sendo necessárias em um programa de reabilitação. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT === Introduction: A common complaint amongst patients diagnosed with cerebral injuries, originated by a Cerebrovascular accident (CVA), is intestinal constipation. The prevalence of intestinal constipation may vary, depending on the study type and age of the evaluated cerebral injury, however this occurrence is still superior in (CVA) patients when compared to its appearance in the general public. Medical observation used to site an association between the intestinal constipation and CVA, but this direct association whether clinical or pathophysiologic, is unclear, due to the fact that studies in this area are limited. Most commonly accepted explanations for the constipation, in this specific population, are related to age, use of medications, dehydration and immobility. According to our experience with the program of neurological rehabilitation at SARAH hospital in Brasilia, the patient often mentions symptoms such as discomfort while evacuating and a reduction in the frequency of evacuations, which harmed his and his family member’s life quality. Objectives: Identify the prevalence of intestinal constipation amongst patients suffering from CVAs; its correlation to social-demographic and clinical characteristics; characteristics of the cerebral injuries, and their functional capacity. To identify the prevalence of laxative use; and finally, to verify the results of two models of procedure, instituted for intestinal re-education. Methods: A longitudinal, analytical study taking place in the hospitals rehabilitation infirmary with 98 hospitalized patients, and dating from December 2009 till May 2010. Results: The prevalence of constipation was about 48,98% showing no relation to variables such as genre, schooling, age, motor impairment, locomotion aid, speech impairment, physical activity and diet. The prevalence of laxative use when admitted was 19.15%. As to the presence of the intestinal constipation before and after the AVC, a significant increase after the injury is verified. The possibility of a patient having constipation after an AVC is 3,5 times larger than before, considering the CI 95% (1,43-9,25); as to AVC characteristics, an association between bilateral injuries and intestinal constipation was observed (P=0,0480); we also observed that the improvement in functional capacity was antecedent to the improvement in intestinal habit frequency; finally, the proposed therapeutics approaches resulted in the intestinal habit improvement. Conclusions: Intestinal constipation is a frequent finding after an AVC. Cerebral injury can present a risk factor for intestinal constipation, and the implementation of an intestinal and functional re-education program has a positive impact in the patients intestinal habit frequency, in way that is necessary in a rehabilitation program.