Summary: | Tese (doutorado)-Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, 2010. === Submitted by Raquel Viana (tempestade_b@hotmail.com) on 2010-12-14T18:32:25Z
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2010_CristianFariasMartins.pdf: 1212064 bytes, checksum: 9101f9b9c4db7b2eef3e8423966c960f (MD5) === Esta tese analisa a “cultura bíblica” (Paul Ricoeur), enquanto conjunto de representações sociais essenciais à compreensão da condição humana em diferentes épocas e lugares. Para compreendermos os significados profundos adquiridos por essa “moldura de pensamento” (Erwing Goffman) nos dias atuais, propusemo-nos a analisar a Literatura de “Libertação” Pentecostal, produzida nas Américas, enquanto universo microsimbólico a partir do qual observamos, de maneira privilegiada, o processo de construção das identidades religiosas no mundo moderno-contemporâneo. Nesta pesquisa verificamos que a “cultura bíblica”, para além de uma essencialidade cultural, é um “campo de variações” discursivas (Fredrik Barth) que perpassa diferentes grupos religiosos de diferentes nações nas Américas e, quiçá, no mundo. O que pode ser verificado no fato dos atores religiosos estudados se perceberem como parte de uma mesma “comunidade” cristã, que é formada por grupos que nem sempre compartilham das mesmas maneiras de ler e interpretar o texto bíblico. Desse modo, a “cultura bíblica” é tão diversa quanto o é a própria humanidade, no que se refere as interpretações compreensivas que os indivíduos tem das realidades por eles vividas. Ademais, nos parece que quando pensamos na categoria social “libertação”, há uma “semelhança contingente”, - a qual precisa ser melhor estudada -, entre a sua presença nos discursos da Literatura Pentecostal, da Literatura Marginal e de outros campos de produção intelectual, filosófica e religiosa nas Américas, no que se refere ao fato deles perceberem a existência de uma entidade supra-humana (nomeada “sistema”, “diabo”, “colonialismo”, “dominação colonial”, etc.), que destrói, desumaniza e provoca a indignidade em milhares de seres humanos. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT === This thesis analyzes “biblical culture” (as understood by Paul Ricoeur) as an area of essential social representations to human condition in different historical periods and places. In order to understand today’s deep meanings of such “frames of thought” (in Erwing Goffman’s perspective), our purpose is to analyze, in a privileged manner, the Pentecostal “Release” literature produced in the Americas as a micro-symbolic universe from which we may observe the process of religious-identity building in the moderncontemporary world. In this research, we verify that “biblical culture” is a discursive “variation field” (as proposed by Frederik Barth) that surpasses cultural essences and runs across different religious groups, in different nations of the Americas, and, perhaps, of the whole world. We verify that religious actors in this study view themselves as parts of the same Christian “community”, formed by groups that do not always share the same ways of reading and interpreting The Bible. Therefore, we assume that as far as comprehensive interpretations individuals have of their own realities are concerned, “biblical culture” may be as diverse as humanity itself. Also, this study points to the fact that when we think of “release” as a social category, there is a “contingent resemblance” – which requires deeper research - between its presence in the discourses of Pentecostal Literature and in Marginal Literature and other fields of intellectual, philosophical and religious production in the Americas, in the sense that they recognize the existence of a supra-human entity (dubbed “system”, “devil”, “colonialism”, “colonial domination” etc.) that destroys, dehumanizes and forces indignity to millions of human beings.
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