"Projeto é como branco trabalha; as lideranças que se virem para aprender e nos ensinar" : experiências dos povos indígenas do alto rio Negro

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2006. === Submitted by Érika Rayanne Carvalho (carvalho.erika@ymail.com) on 2010-09-08T22:42:19Z No. of bitstreams: 1 2006_Gersem José dos...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Luciano, Gersem José dos Santos
Other Authors: Barretto Filho, Henyo Trindade
Language:Portuguese
Published: 2010
Subjects:
Online Access:http://repositorio.unb.br/handle/10482/5522
Description
Summary:Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2006. === Submitted by Érika Rayanne Carvalho (carvalho.erika@ymail.com) on 2010-09-08T22:42:19Z No. of bitstreams: 1 2006_Gersem José dos Santos Luciano.pdf: 3216778 bytes, checksum: 0a960ed39d873fbe1672cb7ddcfaa06a (MD5) === Approved for entry into archive by Carolina Campos(carolinacamposmaia@gmail.com) on 2010-09-29T15:20:53Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2006_Gersem José dos Santos Luciano.pdf: 3216778 bytes, checksum: 0a960ed39d873fbe1672cb7ddcfaa06a (MD5) === Made available in DSpace on 2010-09-29T15:20:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2006_Gersem José dos Santos Luciano.pdf: 3216778 bytes, checksum: 0a960ed39d873fbe1672cb7ddcfaa06a (MD5) Previous issue date: 2006-04-28 === Este trabalho é resultado de dois anos de inserção no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de Brasília, no nível de Mestrado. É uma tentativa de organizar as principais idéias e práticas vividas dentro e fora da academia, consciente dos limites que um trabalho escrito deste gênero impõe, por sua finitude, à riqueza experimentada. Analiso as experiências das lideranças indígenas do alto rio Negro e, em particular, das lideranças baniwas, com projetos de etnodesenvolvimento denominados por eles de projetos de alternativas econômicas, que articulam diferentes campos de forças institucionais e atores sociais como índios, antropólogos, missionários, indigenistas, agências do governo brasileiro, organizações não-governamentais e agências multilaterais. Constato que os projetos, malgrado estarem orientados pelas noções reformistas de desenvolvimento - desenvolvimento sustentável e etnodesenvolvimento ?, estão longe de ser, aos olhos dos povos indígenas, o tipo desejado de intervenção, do ponto de vista conceitual e metodológico. Não obstante, eles representam possibilidades e oportunidades reais de recuperação de auto-estima e visibilidade étnicas diante do mundo globalizado. Concluo que os projetos são uma forma de sair do confinamento cultural, econômico e político a que foram submetidos por séculos de devastadora dominação colonial, ao tempo em que representam também um processo de apropriação ativa e reativa dos instrumentos de poder do mundo globalizado em favor de seus direitos, desejos e projetos étnicos. _____________________________________________________________________________ ABSTRACT === This dissertation is the outcome of two years of association with the Graduate Program in Social Anthropology of the University of Brasília, at its Master’s course. It is a tentative organization of the main ideas, and pratices lived within and outside academia, conscious of the limits this genre of written finite work impose on a rich experience. I examine the experiences of the upper Negro River indigenous leaders, mainly of the Baniwa people, with ethnodevelopment projects, refered to by them as economic alternatives projects. These initiatives link diverse instituional power fields, and social actors, like indians, anthropologists, missionaries, indigenistas, gorvenment agencies and officials, non-governmental organizations, and multilateral institutions. I show that, though being guided by revised notions of development, like sustainable development, and ethnodevelopment, these projects are far from represeting the desired kind of intervention, from the perspective of the affected indigenous peoples. In spite of this, these projects represent actual possibilities, and opportunities to regain self-esteem, and ethnic visibility in a globalized world. I end up asserting that ethnodevelopment projects are a way of breaking away from the cultural, political, and economic confinement resultant from centuries of devastating cultural domination, alongside representing a process of active and reactive appropriation of the means of power of the globalized world in support of the ethnic rights, desires, and projects of the upper Negro River indigenous peoples.