Summary: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, 2009. === Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2010-03-22T14:14:34Z
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Previous issue date: 2009-01-30 === Este estudo, a partir da escola francesa da Análise do Discurso e de noções oriundas das Ciências Sociais e Educação Ambiental, descreve o funcionamento da Rede Brasileira de Educação Ambiental. A proposta deste trabalho é organizar uma cartografia subjetiva, que permita o mapeamento não-linear de alguns sentidos que circulam e que, em boa parte, organizam a memória discursiva da REBEA. A história da REBEA é contada a partir desta memória, cristalizando e colocando em evidência alguns sentidos e silenciando e apagando outros, que são fadados ao esquecimento. A cartografia é um mapeamento organizado a partir dos discursos produzidos em dois espaços distintos, mas que se entrecruzam e autodeterminam: a. o espaço de interlocução (EI) dos educadores ambientais entre seus pares, aqui representado pelos recortes discursivos produzidos pela REBEA em suas trocas de mensagens eletrônicas cotidianas - na lista aberta e na lista restrita aos facilitadores - onde cada educador reforça sua identidade e seu território individual, a partir de suas práticas e ser-no-mundo; e b. o espaço de formulação (EF) da REBEA onde ela veicula para fora da rede os consensos do grupo, discursos materializados nos documentos oficiais, produzidos coletivamente em seus encontros presenciais ou virtuais, visando fortalecer e dar visibilidade a território e identidade comuns. Pretendo organizar os recortes discursivos em redes de formulações que compõem estes discursos, suas filiações de sentido, explicitando a relação do sujeito com a memória discursiva. Assim, neste trabalho eu procuro responder as seguintes questões: 1. A partir de redes de formulação heterogêneas, como se constrói o sentido da noção de rede que é assumida no discurso da REBEA e passa a constituir sua memória discursiva? 2. Como são os processos decisórios e o que se decide coletivamente? Destaco e caracterizo as posições-sujeito que entendo como representativa da REBEA: a posição-sujeito dominante e a posição-sujeito dissidente. Cada posição-sujeito evidencia uma filiação de sentidos específica e identifico que essas filiações de sentido relacionam-se com uma das questões de pesquisa. Considero que também compõem a REBEA um grande número de enredados silenciosos ou silenciados que constituem a grande parte dos membros. Em comum, as três posições-sujeito relacionam-se com o silêncio, de diferentes formas. Relaciono a posição-sujeito dominante à primeira questão porque entendo que a noção de rede assumida pela REBEA tem sua origem no discurso da posição-sujeito dominante que controla os sentidos do dizer no Espaço de Formulação, sendo características a paráfrase e a repetição do mesmo. Para entender o que a REBEA decide coletivamente e como se dá este processo decisório é interessante observar o funcionamento discursivo da posição-sujeito dissidente, pois é nessa posição onde afloram a diferença e a polissemia. As respostas a essas questões permitem descrever e compreender quem são os sujeitos enredados e suas filiações de sentido e verificar se a sua experiência de gestão de redes sociais se apresenta como uma alternativa de emancipação social. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT === Starting from the French School of Discourse Analysis and some notions borrowed from Social Sciences and Environmental Education, this study attempts to describe the functioning of the Brazilian Environmental Education Network (REBEA). This work aims at organizing a subjective cartography that allows the non linear mapping of some senses that move within and, to a great extent, rearrange the REBEA`s discourse memory. REBEA`s history is told starting from this memory, crystallizing and putting in evidence some senses, silencing and deleting others which are ostracized. Thus, in this work we propose the reorganization of this mapping starting from the speeches produced in two distinct spaces which over cross and self-determine each other: a. the environmental educator and peers interlocution space (IS), represented here by the discursive cuttings produced by the REBEA in their daily exchange of electronic mails in the open list and in the restrictive list to facilitators- in which each educator reinforces his/her identity and individual territory, starting from their practices and from their to be and belong to the world; and b. the REBEA`s formulation space (FS), in which it drives outside the network the groups consensus, discourses materialized in the official documents collectively produced in their presencial or virtual meetings attempting to strengthen and turn visible common territory and identity. I try to organize the discursive cuttings into the formulation networks that form this discourse, the sensitive filiations that make explicit the subject relationship with the discursive memory. Thus, I make an attempt to answer the following questions: 1. starting from heterogeneous formulation networks, how is built the network meaning assumed by the REBEA passing to constitute its discursive memory?; 2. what are the decision making processes and what is collectively decided? Just for analysis, I highlight and characterize the REBEA`s subject-positions which I understand as representative: the dominant subject and the dissident subject positions. Each subject-position presents a specific senses affiliation and I notice that those sense affiliations are related with one of the research questions. I also consider that REBEA is composed of a large number of silent or buffered enrolled subjects which are the gross of their members. In general, the three subject-positions are related with silence in different forms. I correlate the dominant subject-position to the first question once I understand that the network concept assumed by REBEA has its origins in the discourse of the dominant subject-position that controls the meanings of the speech in the Formulation Space, being characteristic the paraphrase and the repetition of the same. As to understand how REBEA decides collectively and how is carried out that decision-making process it is interesting to observe the discursive functioning of the dissident subject-position, because is just in this position where the difference and polysemy bloom. Answers for these questions allow us to describe and understand who are the enrolled subjects and their sense filiations and to check whether or not their managing experience of social networks is presented as an alternative of social emancipation.
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