Percepção de clientes sobre terapia familiar com equipe reflexiva

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2018. === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). === Por meio de um estudo de casos múltiplos, buscou-se descrever o uso de equipe reflex...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Bueno, Amanda Guedes
Other Authors: Silva, Isabela Machado da
Language:Portuguese
Published: 2019
Subjects:
Online Access:http://repositorio.unb.br/handle/10482/34160
Description
Summary:Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2018. === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). === Por meio de um estudo de casos múltiplos, buscou-se descrever o uso de equipe reflexiva em terapia familiar. Os membros de três famílias que se encontram em atendimento familiar com equipe reflexiva, em um serviço-escola localizado em Brasília, responderam a entrevistas individuais. Procedeu-se a uma análise temática e construíram-se quatro temas. (1) Compreensão sobre o funcionamento da equipe reflexiva: Os participantes destacaram a divisão da sessão em três momentos, tal como exposto na literatura: conversação entre terapeutas e clientes, intervenção da equipe e reflexão sobre a intervenção. (2) Processo Terapêutico com equipe reflexiva: As expectativas e o contato inicial dos familiares com a equipe foram negativos. No entanto, essas percepções sofreram modificações ao longo das sessões, o que parece sugerir que uma aliança foi desenvolvida não apenas com os coterapeutas, mas também com a equipe. O cuidado dos membros na forma de se expressar, sua empatia e o desenvolvimento de um contexto terapêutico percebido como seguro são fatores que se mostraram favorecedores da aliança terapêutica. Por outro lado, a pouca idade dos membros da equipe e o número de pessoas na sala surgiram como desafios a serem superados. (3) Contribuições do uso da equipe reflexiva: Os participantes relacionaram a contribuição da equipe à multiplicidade de perspectivas oferecidas. (4) Desafios no uso da equipe reflexiva e sugestões para sua superação: Entre os desafios específicos do uso da equipe, citaram-se as expectativas e o contato inicial, bem como o tempo escasso para as intervenções da equipe e a apresentação de reflexões consideradas inadequadas. Discutiu-se como fases centrífugas do ciclo de vida familiar e o tempo em terapia podem contribuir para o desenvolvimento da aliança terapêutica. Por fim, destaca-se a necessidade de flexibilização do uso da equipe diante da complexidade das questões que trazem as famílias à terapia. === Through a case study, we sought to describe the use of reflective team in family therapy. The members of three families that were in family therapy with reflective team, in a university clinic located in Brasília, responded to individual interviews. We conducted a thematic analysis and built four themes. (1) Understanding about the functioning of reflective team: participants noted the division of the sessions in three moments, as presented in the literature: conversation between therapists and clients, team intervention and reflection about the intervention. (2) Therapeutic Process with reflective team: expectations and initial contact with the team were perceived as negative. However, these perceptions have been transformed over the course of the sessions, which seems to suggest that an alliance was developed not only with the cotherapists but also with the team. A care of the members of the team for how they express their thoughts, their perceived empathy and the development of a therapeutic context perceived as safe are factors that have favored the therapeutic alliance. On the other hand, the young age of team members and the number of people in session have emerged as challenges to be overcome. (3) Contributions of the use of reflective team: the participants related the contribution of the team to the multiplicity of perspectives offered. (4) Challenges in the use of reflective team and suggestions for their overcoming: among the challenges specific to the use of the team, participants have cited the expectations and the initial contact, as well as the scarce time for the interventions of the team and the presentation of thoughts considered inadequate. We discussed how centrifugal stages of the family life cycle and the time in therapy can contribute to the development of therapeutic alliance. Finally, we highlight the need for flexibility in the use of the team given the complexity of the issues that bring families to therapy.