Summary: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Programa de Pós-graduação em Comunicação, 2017. === Submitted by Fabiana Santos (fabianacamargo@bce.unb.br) on 2018-10-04T18:52:31Z
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Previous issue date: 2018-10-08 === O presente trabalho versa sobre a desconhecida e popular arte dos quadrinhos, uma mídia onipresente nas culturas urbanas contemporâneas, nas cavernas do passado e do futuro, nos monumentos construídos sob os princípios que regem sua criação: o da sequência de imagens, da sobreposição e interpelação mútua de códigos visuais e verbais, da vazão expressiva das potências do onírico, da aventura das viagens (espaciais ou interiores), do humor, da tolice alienada e escapista à profundidade engajada. Em suma: este trabalho versa sobre nossas companheiras de primeira infância e de seus retornos nostálgicos, as histórias em quadrinhos. Ele o faz tentando articular essa multiplicidade de apresentações e possibilidades em duas categorias fundamentais, que se apresentam como opostos irreconciliáveis e irresistivelmente atraentes quando pensamos em quadrinhos: o polo da singularidade inigualável de seus efeitos e características, representado pela adesão às imagens de especificidade midiática, formulada desde Lessing até os dias atuais; e o polo da hibridez, da continuidade, do trânsito e tráfico de temas e técnicas entre as artes, que remonta ao dictum latino ars una species mille. Especificidade e hibridez são, portanto, as categorias analíticas a partir dos quais orbitam três núcleos de questões relativas à mídia e sua relação com as demais artes: (1) O que são os quadrinhos? Como diferenciá-los, nominá-los e lidar com sua resistência a classificações estanques? (2) Como eles funcionam? Quais são seus elementos constituintes? Como seus elementos se comportam em relação ao papel tradicional atribuído aos signos imagéticos e verbais? (3) Como eles funcionam em relação a outra mídia como o cinema? Como as abordagens do funcionamento da mídia se comportam em uma situação empírica de relação ocasionada pelas adaptações cinematográficas? O que se “perde” e que se “ganha” em uma adaptação? É possível (ou desejável) uma adaptação fiel de quadrinhos? Além de lançar luz e revelar problemas tradicionais e novos colocados pelos quadrinhos, esse trabalho procura demonstrar a persistência das duas imagens aludidas na concepção das artes e mídias. === The present work deals with the unknown yet popular art of comics, a ubiquitous media in contemporary urban cultures, in the caves of past and future, in the monuments built under the principles that govern its creation: image sequencing, mutual overlap and interpellation of visual and verbal codes, expressive flow of dreamlike powers, the adventure of travel (outer or inner), humor, alienated and escapist foolishness to engaged depth. In short: this work is about our early childhood companions and their nostalgic returns, the comic books. It does this by trying to articulate this multiplicity of presentations and possibilities into two fundamental categories, which present themselves as irreconcilable and irresistibly attractive opposites when we think of comics: the pole of unique singularity of its effects and characteristics, represented by adherence to images of media specificity, formulated from Lessing to the present day; and the pole of hybridity, continuity, transit and trafficking of themes and techniques between the arts, which goes back to the Latin dictum ars una species mille. Specificity and hybridity are, therefore, two analytical categories from which three nuclei of questions concerning the media and its relation to the other arts are approached: (1) What are the comics? How to distinguish them, name them, and deal with their resistance to hermetic classifications? (2) How do they work? What are its constituent elements? How do its elements behave in relation to the traditional role attributed to image and verbal signs? (3) How do they behave in relation to other media such as cinema? How do approaches to media mechanism behave in an empirical relationship situation brought about by film adaptations? What is "lost" and "won" in an adaptation? Is a faithful comic adaptation possible (or desirable)? In addition to shedding light and revealing traditional and new problems posed by the comics, this work seeks to demonstrate the persistence of the two representations alluded to in the conception of the arts and media.
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