Summary: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2017. === Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2018-03-20T18:02:01Z
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Previous issue date: 2018-04-03 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). === Esta tese instaura a epistemologia da Etnoterminologia, estabelecendo os princípios teóricos e metodológicos que orientam essa nova área do conhecimento já inicialmente proposta em Costa (2013) e Costa & Gomes (2011, 2013a e 2013b). Nossa teoria é sustentada pela análise dos etnotermos presentes no Sistema de Cura e Cuidados do povo Mundurukú, que nos foi descrito por um grupo de especialistas, a saber: pajés, parteiras e puxadores. A Etnoterminologia, tal como a concebemos aqui, tem um compromisso com o registro acurado das representações do sistema de saberes de um povo, na língua daquele povo. Nossos objetivos estão alinhados com os princípios de manutenção e preservação da língua Mundurukú, bem como da valorização da cultura, dos especialistas e de seus discursos e saberes. Este trabalho conta com a fundamentação teórica em Terminologia: as Teorias Comunicativa da Terminologia (TCT) e das Portas (TP) de Cabré (1996, 1999, 2002), a Teoria Sociocognitiva da Terminologia (TST) de Temmerman (1997, 2000, 2004) e a Socioterminologia de Gaudin (1993) e Faulstich (1995); na Ecolinguística de Couto (2007) e na Etnolinguística de Gomes (2006); Rodrigues (1986); Underhill (2012). Expomos também o detalhamento das metodologias empregadas, a pesquisa etnográfica, as entrevistas abertas, as oficinas terminológicas (Gomes, c.p.) e a multimetodologia (Couto, 2007). Ao fim, embasados nesses aspectos, propomos a análise de dados etnoterminológicos. Concluímos que existe um discurso especializado em língua Mundurukú, e este está etnoterminologicamente representado nesta tese. Ao preservar o conhecimento terminológico, acaba-se por compartilhar parte significativa do saber de uma etnia, de uma cultura. === This dissertation defends the Ethnoterminology epistemology,, establishing theoretical and methodological principles that lead this new area of knowledge, previously proposed by Costa (2013) and Costa & Gomes (2011, 2013a and 2013b). Our theory is supported by the analysis of ethnoterms that are part of the Healing and Caring systems of the Mundurukú ethnicity. Such terms were descripted by specialists among the Mundurukú people: shamans, midwives and puxadores. Ethnoterminology, as assumed here, has a commitment with the accurate register of representations of the knowledge system of an ethnicity, in their own language. Our goals are aligned with the principles of preservation and maintenance of Mundurukú language, as well as the appreciation of culture, specialists among the Mundurukú and their speeches and knowledge. This dissertation examines the following theoretical terminology fundaments: the Communicative Theory of Terminology (CTT) and the Doors Theory (DT), both presented by Cabré (1996,1999, 2002); the Sociocognitive Theory of Terminology (STT) presented by Temmerman (1997, 2000, 2004) and the Socioterminogy presented by Gaudin (1993) and Faulstich (1995); the fundaments of Ecolinguistics proposed by Couto (2007) and Ethnolinguistics, proposed by Gomes (2006), Rodrigues (1986) and Underhill (2012). This work also details the applied metodologies, the ethnographic research, the opened interviews, the terminological workshops (Gomes) and multimethodology (Couto, 2007). Lastly, based on these aspects, this dissertation proposes the ethnoterminological data analysis. As a conclusion, there is a specialized speech in Mundurukú language, and this speech is ethnoterminologically represented in this dissertation. By preserving the terminological knowledge of an ethnicity, consequently we share a significant part of the knowlegde of an ethnicity, of a culture.
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