O lugar do pedestre no Plano Piloto de Brasília
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2008. === Submitted by Fernanda Weschenfelder (nandaweschenfelder@gmail.com) on 2009-12-17T15:48:42Z No. of bitstreams: 1 2008_MarileneResendeMenezes_reduzida.pdf: 3779326 bytes, checksum: f70dbb0a36ed03fdead91...
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Pedestres Trânsito urbano Planejamento urbano - Brasília (DF) Malha Ortogonal Trânsito a pé Urbanismo Desenho urbano Menezes, Marilene Resende de O lugar do pedestre no Plano Piloto de Brasília |
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Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 2008. === Submitted by Fernanda Weschenfelder (nandaweschenfelder@gmail.com) on 2009-12-17T15:48:42Z
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Previous issue date: 2008-09-05 === Embora mundialmente reconhecido pela grandiosidade e aspectos humanísticos, nos primeiros anos de vida, o Plano Piloto de Brasília foi rotulado como uma cidade sem rua e avaliado como uma cidade feita para o automóvel. Sua arquitetura era criticada por causa da homogeneidade, do excesso de espaços vazios e da amplitude das vias centrais. No momento atual, quando a cidade está quase toda construída e a vegetação arbórea tomou conta dos espaços vazios, fechando os horizontes e sombreando os caminhos de pedestre, os sentimentos quanto à cidade mudaram. Cresceu o deleite por caminhar e usufruir dos espaços livres. Entretanto, por falta de definição do lugar do pedestre no contexto da cidade inteira, prevalecem as críticas quanto ao trânsito a pé e o desenvolvimento da construção civil consolida problemas e dificuldades para o pedestre. Este trabalho suporta-se na observação de que depois da concepção do PP, e da implantação do Plano Piloto com base em uma planta geral incompleta, porque não considera o trânsito de pedestres, nada foi feito para promover e propiciar a mobilidade a pé nesta diferente cidade. Este é o primeiro trabalho que estuda a proposta de Lucio Costa, em relação ao pedestre e a forma como se desenvolveu a mobilidade a pé na totalidade do contexto urbano desta cidade. O trabalho foi realizado com base em pesquisa empírica, através da observação direta e experimentação presencial dos caminhos de pedestre e na análise comparativa do Relatório do Plano Piloto e das plantas cadastrais da cidade; e com a reflexão sobre a evolução do cuidado com o trânsito de pedestres nas cidades ao longo dos tempos. O trabalho identifica, na estrutura morfológica do PP, como e onde se estabeleceu o lugar dos caminhos de pedestres na totalidade desta cidade. Observa que o lugar do pedestre no PP foi estabelecido em função da teorização urbanística que se desenvolveu ao longo da história da humanidade, norteada pelas experiências da vida em coletividade. Verificando que a falta de continuidade na produção da infra-estrutura para o trânsito a pé influenciou o desenvolvimento das críticas e rotulações sobre a morfologia do PP, mostra que a estrutura dos caminhos de pedestre nesta cidade é autônoma, separada e independente da estrutura veicular; concretiza uma utopia centenária que Lucio Costa também imaginou, mas não traduziu em desenhos. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT === In spite of the worldwide recognition for its grandness and humanistic aspects, Brasilia’s Pilot Plan (PP), in its early years, was labeled as a streetless city and was said to be a city made for automobiles. Its architecture was criticized for its homogeneity, its excess of empty spaces, and the size of its central avenues. Now that the city is nearly completely built and the empty spaces are filled with trees, shutting off the horizon and shading the pedestrian pathways, the feelings about the city have changed. There is growing delight in walking through and enjoying the free spaces, though criticism remains about the lack of definition of pedestrian spaces and that the development of civil construction consolidates the problems and difficulties for pedestrians. This study is based on the observation that after conceiving the PP and implementing it based on an incomplete general blueprint – since it did not take pedestrian transit into account – nothing was done to promote and provide pedestrian mobility in this very different city. This is the first study to examine Lucio Costa’s proposal regarding pedestrians and the way pedestrian mobility developed within the whole urban context of the city. The study was based on empirical research – through direct observation and first-hand experimentation of pedestrian walkways – and on the comparative analysis of the Pilot Plan Report and of registered blueprints of the city, and a reflection on the evolution of the concern with pedestrian transit in cities over time. The study identified, in the morphological structure of the PP, how and where the pedestrian walkways were established throughout the city, and found that pedestrian spaces in the PP were established through urban theorizing which developed throughout the history of humanity, guided by the experiences of collective life. It was found that the lack of continuity in the production of pedestrian infrastructure influenced the development of the criticisms and labeling about the morphology of the PP, showing that the structure of the pedestrian pathways in the city is autonomous, separate and independent from the automobile structure, and accomplishing a centennial utopia that Lucio Costa had also imagined but never drew. |
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Verificando que a falta de continuidade na produção da infra-estrutura para o trânsito a pé influenciou o desenvolvimento das críticas e rotulações sobre a morfologia do PP, mostra que a estrutura dos caminhos de pedestre nesta cidade é autônoma, separada e independente da estrutura veicular; concretiza uma utopia centenária que Lucio Costa também imaginou, mas não traduziu em desenhos. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT In spite of the worldwide recognition for its grandness and humanistic aspects, Brasilia’s Pilot Plan (PP), in its early years, was labeled as a streetless city and was said to be a city made for automobiles. Its architecture was criticized for its homogeneity, its excess of empty spaces, and the size of its central avenues. Now that the city is nearly completely built and the empty spaces are filled with trees, shutting off the horizon and shading the pedestrian pathways, the feelings about the city have changed. 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