Summary: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, Université Nice Sophia Antipolis, 2017. === Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-10-19T20:40:49Z
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Previous issue date: 2017-10-31 === A partir das contribuições de S. Freud e Lacan, propomos uma investigação psicanalítica acerca dos estilos narrativos moderno e clássico, pensados, sobretudo, no âmbito da produção cinematográfica. Escolhemos como nascedouro de nossa travessia uma paragem composta pelas principais narrativas inventadas pelo ser falante, situadas nos confins míticos da ciência e religião. Encontramos no cerne de ambas uma ressonância viabilizada pelo caráter pulsional escópico e invocante, demarcando, para além da imagem e da linguagem, o empuxo do homem à equivocação. Assim, buscamos averiguar as injunções da fantasia como construção que não elimina, mas antes sim, equivoca a angústia de castração. Em função disso, encontramos as coordenadas de algo situado além do princípio do prazer, que nos servirá de base para a construção de um operador teórico formado partir da aglutinação significante das palavras francesas jeu e jouissance. Nossa palavra-valise – “la jeuïssance” – nos permitirá articular o gozo do sujeito de linguagem à produção narrativa. Serão evocadas as categorias de gozo engendradas triskel lacaniano, quais sejam: gozo do Outro, gozo do sentido e gozo fálico; articulado sob a lógica borromeana com as produções narrativas: moderna, clássico-artística e clássico-industrial. Com a montagem de nosso triskel, identificamos na figura do trompe-l’oeil a função de objeto pequeno a no campo narrativo. Finalmente, nos dedicaremos à aplicação deste operador tripartido em dois filmes inscritos nos arautos do moderno – Persona, I. Bergman; e do clássico-artístico – La vie d’Adèle. Por nossa travessia dos ínferos psicanalíticos, acreditamos ter encontrado na figura da jeuïssance um dispositivo para análise narrativa, composto estritamente de material psicanalítico. Assim, em qualquer produção narrativa do sujeito de linguagem, estejam elas enterradas na suposta terra-firme da ciência ou religião, bem como por sobre a areia movediça das artes, este tripé psicanalítico nos fará alcançar um campo para além do princípio do prazer. === This extended summary originates from the thesis "The screen of Charon: the crossing of the subject of language in the cinematographic narrative" carried out under collaboration between the universities of Brasília, Brazil, and Nice Sophia Antipolis, Fance. It is a synthesis of psychoanalytic investigation concerning two narrative styles: modern and classical. First and foremost, they are concerned with film production. In this report we discuss the issue of pleasure from the amalgam formed by the French words “jeu” (game, play) and “jouissance” (the act of experiencing pleasure). Thus, our “mot-valise” "jeuïssance" (“playsure”) will allow us to articulate the experience of pleasure undergone by the subject of language with the narrative production. The categories created in the Lacanian Triskel will be evoked, namely: the pleasure of the Other, the pleasure of meaning and the pleasure of the Phallic. They are articulated on a borromean logic with modern, classical and classical-industrial narrative productions. By creating our triskel, we identify, in the figure of the trompe-l'oeil, the function of the small object as the narrative field. By crossing the Lacanian inferos, we believe to have found in the figure of “playsure” a device for analyzing narration, composed exclusively of psychoanalytic material. Thus, in any narrative production of a subject of language, narratives are either buried in the supposed firm land of science or religion or in the moving sands of the arts. This psychoanalytic journey will take us far beyond the principle of pleasure. === Ce résumé étendu prend son origine a par tir dela thèse “L'écran de Charon: la traversée du sujet du language dans la narration cinématographique” réalisée en régime de cotutelle entre les universités de Brasília, Brésil, et Nice Sophia Antipolis, Fance. Il s'agit d'une synthèse de l'investigation psychanalytique concernant deux styles narratifs: moderne et classique. Ils sont pensés, avant tout, par raport la production cinématographique. Dans le présent rapport, nous discutons de la question de la jouissance à partir de l'amalgamme signifiant des mots français jeu et jouissance. Ainsi, notre mot-valise - “la jeuïssance” - nous permettra d'articuler la jouissance du sujet du language à la production narrative. Il sera évoqué les catégories engendrées dans le Triskel lacanien, à savoir: la jouissance de l'Autre, la jouissance du sens et la jouissance Phallique. Elles sont articulées sur la logique borroméenne avec les productions narratives moderne, classique et classique-industrielle. Avec un montage de notre triskel, nous identifions dans la figure du trompe-l'oeil la fonction de l'objet petit a du champs narratif. Pour notre traversée des inferos lacaniens, nous pensons avoir trouvé dans la figure de jeuïssance un dispositif pour analyser la narration, composé exclusivement de matériel psychanalytique. Ainsi, dans n'importe quelle production narrative du sujet de language, les narrations sont enterrées dans la supposée terre-ferme de la science ou de la religion, ou bien dans les sables mouvants des arts. Ce voyage psychanalytique nous fera atteindre un champs bien delà du principe du plaisir.
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