Summary: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional, 2017. === Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-08-11T16:57:53Z
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Previous issue date: 2017-10-09 === Eventos históricos, dados empíricos e a análise qualitativa assistida por computador de centenas de artigos publicados principalmente em veículos chineses e japoneses realizada nesta tese indicam que prevaleceram o pragmatismo e a escolha racional na relação entre Japão e China após a Segunda Guerra Mundial. Mudanças paradigmáticas ocorridas mesmo antes daquele conflito permitiram um engajamento sino-japonês que também foi condicionado por triangulações com outros países, em especial com os Estados Unidos e a ex-União Soviética. A pesquisa desenvolvida identificou questões estratégicas que poderiam ter evitado o aprofundamento da relação, como os armamentos nucleares em Okinawa; a Guerra do Vietnam e outros conflitos no Sudeste Asiático durante a Guerra Fria; a confrontação midiática e discursiva; os ataques ao militarismo e ao hegemonismo; as disputas envolvendo Taiwan e ilhas no mar da China. Mas prevaleceu a complementariedade de interesses e necessidades vitais para o desenvolvimento e crescimento econômico como no caso das indústrias siderúrgica e de petroquímica. As transformações estruturais e institucionais levadas a cabo na China, que trocou o modelo de economia comunista pela livre alocação de mercado, foram fundamentais para o engajamento do Japão, que já havia enfrentado suas próprias mudanças paradigmáticas a partir do século XIX. A diplomacia econômica e energética do Japão foi auxiliada por empréstimos concessionais em ienes que complementaram outros fluxos financeiros na relação comercial e de investimento na China. A corrente de comércio entre os dois países se tornou uma das principais do mundo e o PIB da China e do Japão estão entre os três maiores entre todos os países. O padrão de desenvolvimento japonês antes dos anos 90 também foi considerado como modelo na estratégia da China, que se tornou a nação com a maior corrente de comércio no mundo, um dos países que mais atraem investimento direto estrangeiro e o maior consumidor de energia do planeta. O pragmatismo reinante na relação sino-japonesa propiciou enormes ganhos econômicos mútuos, mas não eliminou desafios geopolíticos e ambientais enfrentados pelas duas maiores economias da Ásia. === Historical events, empirical data and the computer-assisted qualitative analysis of hundreds of articles published mainly in Chinese and Japanese newspapers done for this thesis indicate that pragmatism and rational choice prevailed in the relationship between Japan and China after World War II. Paradigmatic changes that occurred even before that conflict allowed for Sino-Japanese engagement, which was also conditioned by triangulations with other countries, especially the United States and the former Soviet Union. The research developed identified strategic issues that could have prevented further deepening of the relationship, such as the nuclear weapons in Okinawa; the Vietnam War and other conflicts in Southeast Asia during the Cold War; media and discursive confrontation; attacks on militarism and hegemony; the disputes involving Taiwan and Chinese Sea islands. But the complementarity of interests and vital necessities for the development and economic growth such as in the case of steel and petrochemical industries prevailed. The structural and institutional transformations carried out in China, which shifted from a communist economy to a free market allocation model, were crucial for the engagement of Japan, which had already faced its own paradigm shifts since the nineteenth century. Japan's economic and energy diplomacy was aided by concessional yen loans that complemented other financial flows in the trade and investment relationship in China. The current trade between the two countries has become one of the largest in the world, and the GDP of China and Japan are among the top three among all countries. The Japanese growth path before the 1990s was also considered as a model in China's development strategy, which is the nation with the largest current of trade in the world, one of the countries that most attract foreign direct investment, and the largest consumer of energy on the planet. The prevailing pragmatism in the Sino-Japanese relationship has resulted in enormous mutual economic gains, but it has not eliminated geopolitical and environmental challenges faced by the two largest economies in Asia.
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