As relações entre educação, comunicação e juventude rural a partir do dialogismo bakhtiniano e da lógica hipertextual

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2011. === Submitted by Camila Duarte (camiladias@bce.unb.br) on 2017-01-06T13:11:44Z No. of bitstreams: 1 2011_TatianaCastroMota.pdf: 1720663 bytes, checksum: 770df740d4f914ce5f961d73ce918...

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Bibliographic Details
Main Author: Mota, Tatiana Catro
Other Authors: Dias, Ângela Álvares Correia
Language:Portuguese
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://repositorio.unb.br/handle/10482/22111
Description
Summary:Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2011. === Submitted by Camila Duarte (camiladias@bce.unb.br) on 2017-01-06T13:11:44Z No. of bitstreams: 1 2011_TatianaCastroMota.pdf: 1720663 bytes, checksum: 770df740d4f914ce5f961d73ce9181d4 (MD5) === Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2017-01-09T11:06:23Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2011_TatianaCastroMota.pdf: 1720663 bytes, checksum: 770df740d4f914ce5f961d73ce9181d4 (MD5) === Made available in DSpace on 2017-01-09T11:06:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2011_TatianaCastroMota.pdf: 1720663 bytes, checksum: 770df740d4f914ce5f961d73ce9181d4 (MD5) === Este trabalho discute os espaços das tecnologias e suas linguagens no contexto escolar. Não associamos a tecnologia somente à modernidade e afastamo-nos de uma visão instrumental e tecnicista da educação, que enfatiza apenas os recursos tecnológicos e despreza a diversidade antropológica e os vínculos existentes entre mídia, educação e cultura, em favor da perspectiva sócio-cultural da tecnologia na educação. A partir da concepção hipertextual e dos conceitos de linguagem, dialogismo, polifonia e gêneros discursivos, presentes nas teorias de Mikhail Bakhtin, buscamos investigar como as diferentes linguagens e expressões contemporâneas, são apropriadas e re-significadas pelos jovens da região semi-árida do nordeste brasileiro, levando em consideração seu repertório cultural. A (s) juventude, (s), que ora é considerada “apenas uma palavra” (BOURDIEU, 1983), ora, “mais que uma palavra” (MARGULIS, 1998), está fortemente presente na discussão suscitada nesta dissertação. Diante da diversidade das culturas juvenis, compreendemos a (s) juventude(s) como um conceito heterogêneo e assim a trataremos no decorrer deste trabalho. Abordamos, mais especificamente, a juventude rural, por constituir o universo que optamos por analisar. Por acreditarmos que toda investigação acadêmica deve se reverter em proveito da sociedade, ou parte dela, consideramos relevante, para a consolidação de políticas públicas no meio rural nordestino, tornar visível a juventude do campo, muitas vezes preterida pela(s) juventude(s) urbana(s). Para atingirmos nossos objetivos realizamos, com jovens do sertão cearense, rodas de conversas e rodas que incluíam produções não-verbais– sobre a temática ‘juventude e suas relações com a escola e o universo rural’. Em nossos encontros com esses jovens, exploramos diversos gêneros discursivos, tais como a oralidade, vídeos, músicas, fotografias, dentre outros, visando instigá-los a identificar e discutir a multiplicidade de textos presentes no mundo, bem como incitá-los a produzir novos sentidos, novas significações, buscando formar uma rede de pontos de vistas. Concluímos que a escola, ao trabalhar com a diversidade de gêneros presentes em nosso cotidiano, revela-se, de fato, como um espaço de construção de novos conhecimentos. Ao usarmos a criatividade e a produção diversificada de narrativas imagéticas, orais e escritas, inserimos a realidade do aluno na sala de aula, quebramos com o modelo de transmissão hierárquico do conhecimento e, a partir da alteridade, da dialogia e do hipertexto, descobrimos quem é esse estudante que espera ansioso por uma prática pedagógica que envolva os conteúdos dos livros com o seu cotidiano, e que articule diferentes conhecimentos e linguagens. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT === This work discusses the spaces of technology and its languages in the school context. We do not associate technology only to modernity and keep ourselves distant from a technical and instrumental view of education, which emphasizes only the technological resources and neglects the anthropological diversity and the links between media, education and culture, in favor of the socio-cultural perspective of technology applied for education. By using the hypertext conception and the language concepts, dialogism, polyphony and discursive genres from the theory of Mikhail Bakhtin, we investigated how the different languages and expressions of contemporaneity are appropriated and re-signified by the semi-arid Brazilian northeast youth, taking their cultural repertoires into account. The youth (s), sometimes regarded as "just a word "(Bourdieu, 1983), sometimes as "more than a word '(Margules, 1998), it also makes part of the discussions in this work. Given the diversity of youth cultures, we do not understand youth (s) as a homogeneous concept. However, in this work we will study more specifically the countryside youth. It is relevant to make visible the Rural youth often neglected by urban youths, so that the consolidation of public policies in the rural northeast can be possible. To achieve our goals, we conducted rounds of conversations and also of nonverbal productions about the youth thematic and its relationship with the school and rural context. In these encounters with young people from the central region of Ceará, we explored a of discourses genres such as orality, video, music, photography among others. As they discussed a multiplicity of verbal and nonverbal texts, the participants were able to produce new meanings, new significations, so that they could compose a network of views. The school, while working with images and production of images, reveals itself as a camp for construction of new knowledge. By using the creativity and the production of imagery, oral and written narratives about life in rural areas, we insert the student’s reality into the classroom, we end up with the knowledge’s hierarchical model of transmission and, from the otherness, the dialogism and the hypertext, we discover who is this student waiting anxiously for a pedagogical practice that can involve the contents of books in his daily life, encompassing different backgrounds and languages.