Summary: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2016. === Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-12-05T12:52:36Z
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2016_GabrielValdezFoscaches.pdf: 1777652 bytes, checksum: 83dc3801fd996362fadd49606b1a159f (MD5) === Nesta pesquisa temos por escopo a análise de ideologias nas questões de prova de vestibular, mais especificamente a análise daquilo que chamaremos de “ideologia de adequação linguística”. Basicamente, podemos definir essa ideologia como um discurso – uma forma discriminatória de representar o mundo – que promove a exclusão linguística e social de grupos linguísticos desempoderados. Mostraremos em nossa pesquisa que nesse discurso a diferença linguística é representada de forma a escamotear a relação de dominação que existe entre os/as falantes da língua brasileira. Acreditamos que essa ideologia merece uma análise aprofundada por dois motivos: 1) o discurso de adequação linguística é sustentado por muitos/as linguistas; logo, trata-se de uma ideologia com autoridade científica; e 2) o discurso de adequação vem sendo disseminado em questões de prova de vestibular; logo, trata-se de um discurso legitimado por um poderoso instrumento de controle social. Tendo como recorte a ordem do discurso dos exames de vestibular, mostraremos como discurso de adequação linguística – que constitui uma forma ideológica de representar o mundo – é concretizado no gênero discursivo questão de prova de vestibular – que constitui uma forma de agir linguisticamente – e como ele pode ser inculcado nas identidades das pessoas – que constituem as formas de ser dos atores sociais. A fim de estudarmos a maneira particular como o discurso de adequação linguística se manifesta nas questões de prova de vestibular, adotaremos teorias que permitem uma sólida Análise de Discurso Textualmente Orientada: Linguística Sistêmico-Funcional, Teoria da Representação dos Atores Sociais e Teoria da Avaliatividade. Para sustentar a pesquisa em bases ontológicas e epistemológicas sólidas, adotaremos os pressupostos científicos do Realismo Crítico. Usando a teoria-metodologia da Análise de Discurso Crítica, mostraremos como a discriminação linguística pode ocorrer em questões de prova de vestibular sobre linguagem. Dessa forma, esperamos conscientizar as pessoas, especialmente os/as linguistas, sobre um novo discurso discriminatório acerca da linguagem que está se disseminando em nossa sociedade. __________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT === In this research, we show the analysis of ideologies in “vestibular” test questions, more specifically the analysis of what we will call “ideology of linguistic adequacy”. Basically, we can define this ideology as a type of discourse – a prejudicial way of representing the world – which promotes the linguistic and social exclusion of disempowered linguistic groups. We will show in our research that in such discourse the linguistic difference is represented in a way as to pilfer the dominative relation existent amongst Brazilian Portuguese speakers. We believe that this ideology deserves deep analysis for two reasons: 1) the linguistic adequacy discourse is sustained by many linguists; therefore, it is an ideology with scientific authority; and 2) the adequacy discourse has been widely used in “vestibular” tests; and therefore it is a speech that is legitimated by a powerful instrument of social control. Having as our specific topic the order of discourse of “vestibular” exams, we will show how the linguistic adequacy discourse – which constitutes an ideological way of representing the world – is concretized in the genre “vestibular questions” – which constitutes a way of acting linguistically – and how it can be engrained in people’s identities, which in turn constitute the ways of being of the social actors. With the purpose of studying the particular way that the linguistic adequacy discourse manifests in “vestibular” questions, we will adopt theories that allow a solid Textually Oriented Discourse Analysis: Systemic Functional Linguistics, Social Actors Representation Theory and Evaluation Theory. In order to hold the research onto solid epistemological and ontological bases, we will adopt the scientific assumptions of Critical Realism. Using the theory-methodology of Critical Discourse Analysis, we will show how linguistic prejudice may occur in “vestibular” questions about language. Thus, we aim to raise awareness in people, especially linguists, over a new prejudicial discourse about language that is being disseminated in our society.
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