Summary: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, 2003. === Submitted by Larissa Ferreira dos Angelos (ferreirangelos@gmail.com) on 2009-10-19T17:45:00Z
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Previous issue date: 2003 === Esta pesquisa tem como objetivo a investigação da ocorrência da ironia no campo da clínica psicológica. Esta ocorrência pode dar-se basicamente de duas formas: como ironia instrumental e como ironia observável. Primeiramente é realizada uma análise do conceito de ironia, seus usos e sentidos. Posteriormente, alguns temas tais como o paradoxo, regra da abstinência e narcisismo surgem como pontos de correlação e do desenvolvimento de reflexões que competem à clínica, tanto no que se refere à técnica quanto à teoria. A ironia possui a virtude de gerar paradoxos. Existem determinadas técnicas, em clínica, que utilizam-se de paradoxos e elas são investigadas a partir das perspectivas e
referenciais teóricos adotados, tanto para a investigação da ironia quanto para a aplicação destas mesmas técnicas. A regra da abstinência, tal como originariamente é formuladas pela Psicanálise, é analisada na perspectiva de sua relação com a ironia kierkegaardiana. A concepção de Kierkegaard acerca da ironia a aproxima do que pode ser definido como abstinência e revelou-se extremamente útil para a inspiração de novas práticas e aplicações referentes à esta técnica. Por outro lado, as relações entre ironia e algumas técnicas não puderam prescindir da idéia de que, para se efetivar, o ato irônico demanda determinadas
condições psíquicas, as quais puderam ser formuladas na relação que se procurou
estabelecer entre ironia e narcisismo. Em seu último capítulo, este estudo concentrou-se na análise de uma intervenção clínica, em que a questão do espírito da ironia foi enfocada. É realizada uma análise dos
atos de fala implicados nesta intervenção e suas possíveis conexões com a dualidade entre interpretação e sugestão. Baseado em contribuições da Filosofia da Linguagem Ordinária, é demonstrado que esta dualidade não é dicotômica e assim fica deflagrada mais uma ironia. Ao interpretar e acreditar que com isto estamos isentos da sugestão, pode-se muitas vezes cair no outro extremo, o de produzir sugestões ainda mais poderosas e pouco controladas, uma vez que estão sendo veiculadas indiretamente. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT === This study investigates irony in the clinical psychology experience. There are two modes in which irony is expressed: as instrumental irony and as abservation irony.
Firstly, the concept of irony is analysed in terms of its uses and meanings. Then, some issues such as paradox, the abstinence rule and narcissism, appear as related matters that demand further investigation, in terms of technique and clinical theory.
Irony can generate paradoxes. There are certain techniques, in clinic, that make
use of paradoxes and they are investigated from the theoretical perspectives adopted for this study. It is analysed the relation between irony and the application of these
techniques. The abstinence rule, as it is defined by Psychoanalysis, is taken in its relation to Kierkegaard’s irony conception. Kierkegaard’s conception is close to the concept of abstinence and this was extremely useful for considering the possibilities of creating new applications of this technique (abstinence rule), inspired by irony. It was also emphasized that irony demands certain psychological abilities or conditions to work. This issue was investigated in regard to the relations between irony and narcissism. In the last chapter, a clinical procedure was analysed by focusing on the matter of irony. The speech acts involved and their connections to the clinical classification which separate interpretation and suggestion as two radically differente clinical procedures were analysed. Based on contributions of Ordinary Language Philosophy, it is demonstrated
this radical split, between interpretation and suggestion, does not exist. This was one more irony this study revealed. Sometimes when one interprets believing his procedure is free from suggestion, there is the risk of falling in to contradiction and making even more powerful and less manageable suggestions, because they are indirectly communicated.
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